domingo, 29 de novembro de 2009

Estudo de francês - italiano

Foto de William Mendes: Torre Mole Antonelliana, Turim Itália, 2009.
(atualizado em 3/4/10)
FRANCÊS / ITALIANO
LE RELATIONS parentes I PARENTI

LE GRAND-PÈRE = IL NONNO
LE FRÈRE = IL FRATELLO
LA SOUER = LA SORELLA
LE PÈRE = IL PADRE
LA MÈRE = LA MADRE
LA GRAND-MÈRE = LA NONNA
LE FILS = IL FIGLIO
LA FILLE = LA FIGLIA

BEAU-PÈRE = sogro/a /padrasto/madrasta
I SUOCERI = sogros (parents in law)

LE MARI = IL MARITO
LA FEMME = LA MOGLIE

NOUS SOMMES MARIÉS = SONO SPOSATO/A

Estudo de francês, a partir de Raízes do Brasil



Refeição Cultural

Citação em francês do livro Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda. 

Portugal e a colonização das terras tropicais 

Pioneiros da conquista do trópico para a civilização, tiveram os portugueses, nessa proeza, sua maior missão histórica. E sem embargo de tudo quanto se possa alegar contra sua obra, forçoso é reconhecer que foram não somente os portadores efetivos como os portadores naturais dessa missão. Nenhum outro povo do Velho Mundo achou-se tão bem armado para se aventurar à exploração regular e intensa das terras próximas à linha equinocial, onde os homens depressa degeneram, segundo o conceito generalizado na era quinhentista, e onde – dizia um viajante francês do tempo – “LA CHALEUR (calor) SI VÉHÉMENT(E?) DE L’AIR LEUR TIRE (?) DEHORS (adv.: fora, exterior), LA CHALEUR NATURELLE, ET LA DISSIPE (adj.: distraído/a, v. dissipar-se), ET PAR AINSI (adv.: assim, dessa forma) SONT CHAULDS (?) SEULEMENT (adv.: só, apenas, somente) PAR DEHORS ET FROIDS (?) EN DEDANS (no interior)”, ao contrário do que sucede aos outros, os habitantes das terras frias, os quais “ONT (têm) LA CHALEUR NATURELLE SERRÉE (apertado?) ET CONSTRAINTE (contraído, constrangido?) DEDANS PAR LE FROID EXTÉRIEUR QUI LES REND AINSI ROBUSTES ET VAILLANS, CAR (conj. pois) LA FORCE ET FACULTÉ DE TOUTES LES PARTIES DU CORPS DÉPEND DE CETTE (pron. dem. esta, essa aquela) NATURELLE CHALEUR.”. 

(André Thevet, Les singularitez de la France Antarctique – Paris, 1879) 

COMENTÁRIO: Como se pode ver, não é fácil como o italiano, o espanhol e o inglês. UFA! Tem que ser teimoso... Entendi pouca coisa da citação. 

COMENTÁRIO 2: recebi hoje (2/2/10) a grata ajuda de um internauta que nos traduz e explica as citações acima. Que coisa fantástica isso, não é? Valeu!! 

José Marcos disse... 

Acho que a citação diz mais ou menos o seguinte: "o calor tão veemente (forte, intenso) do ar extrai (tira para fora) deles o calor natural e o dissipa; e dessa forma são quentes somente (só, apenas) por fora e frios por dentro (no interior)." 

Trata-se de uma afirmação de um viajante francês que acreditava que os homens que morassem nas terras quentes depressa se degenerariam por perderem o calor natural do interior de seus corpos mais rapidamente. 

A outra citação refere-se aos habitantes das terras frias: "têm o calor natural fechado e reprimido no interior pelo frio exterior que os torna assim robustos e valentes, porque a força e a faculdade de todas as partes do corpo dependem deste calor natural."

Treinamento São Silvestre (XIV)

Hoje saí para uma corrida até que boa. Fiz cerca de 6 km em 34' em uma tarde abafada. Agora é só correr umas 3 vezes essa distância e estarei pronto para a corrida daqui a um mês... (rsrs)

Noção de texto e variações linguísticas

Alguns excertos sobre a leitura de uns textos que focam o Texto, as variações linguísticas e a importância de saber adequar texto e contexto.

(AS PARTES DO TEXTO NÃO SÃO MINHAS, SÃO DA APOSTILA DA FUNAG, autores Francisco Savioli e José Luiz Fiorin)

Um texto possui coerência de sentido, ele é um tecido, não um aglomerado desconexo de fios. Todo texto está inserido em um contexto, explícito ou implícito.

Dois fatores de textualidade importantes são a COERÊNCIA E A COESÃO.

"Um texto será coerente, quando nele não houver nada ilógico, desconexo, contraditório, não solidário; quando suas partes mantiverem compatibilidade, continuidade de sentido umas em relação às outras".

A coerência tem estreita relação com a SEMÂNTICA. Já a coesão tem relação com a SINTAXE. Um texto pode não ter coesão e ter coerência em determinado contexto.

"A coesão, por sua vez, diz respeito à ligação das frases ou orações do texto, por elementos que garantem sua concatenação ou retomam o que foi dito"

Outras características do texto é ser "delimitado por dois brancos, isto é, por dois espaços de não sentido" e ser "produzido num dado tempo e num determinado espaço".

CONCLUSÕES:
"Um texto é um todo organizado de sentido, delimitado por dois brancos, que manifesta um ponto de vista social sobre uma dada questão.

Desse conceito de texto pode-se concluir que:
a) a leitura de um texto não pode basear-se em fragmentos isolados; produzir um texto não é amontoar frases sem qualquer relação entre elas;
b) a leitura de um texto deve, de um lado, levar em conta aquilo que ele diz, e, de outro, a relação entre o ponto de vista social que ele expressa e aquele em oposição ao qual se constitui; produzir um texto é adotar uma posição sobre um dado assunto e argumentar em favor dela".

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
A variação é inerente ao fenômeno linguístico. Todas as línguas têm variantes, até mesmo os idiomas antigos.

O uso de uma dada variante linguística confere uma identidade ao falante, porque o inclui num grupo social bem específico.

Há variações nos planos fônicos, morfológicos, sintáticos e lexicais.

DIATÓPICAS são as variações regionais.
Ex: "cueca" em portugal quer dizer "calcinha" em brasileiro; "bicha" que dizer "fila"; "camisola" quer dizer suéter.

DIASTRÁTICAS são as variações que marcam os grupos sociais.
É a questão da linguagem culta, popular, junenil, sindicalista etc.

DIAFÁSICA é a variação que se adapta às diversas situações de fala.
É a questão de saber adaptar a linguagem ao contexto. Não se deve falar em um bar da mesma maneira que se fala no Congresso Nacional e vice-versa.

SER POLIGLOTA NA PRÓPRIA LÍNGUA!

DIACRÔNICA é a variação da linguagem no tempo.
Uma linguagem da mesma língua é uma no século atual e outra em cada século anterior.

DIFERENÇAS ENTRE A MODALIDADE ESCRITA E FALADA

Na oralidade estão presentes o EU, TU, AQUI, AGORA. É a cena enunciativa. Situação de interlocução. Como isso não está presente no texto escrito, é necessário recriá-la na escrita.

Existem estratégias diversas na criação de texto oral. Já no escrito várias marcas presentes na conversação desaparecem. De quase todas as estratégias usadas na fala, somente a variante lexical é aceita no texto escrito formal. O restante seria considerado erro. O ideal é tratar o tema das variações como ADEQUADO/INADEQUADO mais do que como CERTO/ERRADO.

Na FALA temos como UNIDADES DE SENTIDO os TURNOS e os TÓPICOS.

Já na ESCRITA temos os PARÁGRAFOS e os CAPÍTULOS.

CONCLUSÃO:
"É preciso compreender o fenômeno da variação e entender que escrita e fala são duas modalidades diferentes da linguagem, para daí tirar duas conclusões a respeito da produção dos textos escritos:

1. a menos que o texto escrito queira simular a fala, não deve aparecer nele nenhuma característica do texto falado: frases truncadas, marcas da presença de um interlocutor, sinais do planejamento e da elaboração, etc;

2. os textos científicos, técnicos, jornalísticos só admitem a chamada norma culta; outros textos, para marcar a identidade de narrador ou de personagens, permitem o uso de outras variantes, desde que elas sejam adequadas à identidade que se quer construir (não se pode fazer um baiano falar como um gaúcho)".

Bibliografia:
SAVIOLI, Francisco e FIORIN, José Luiz. Manual do candidato - Português. IRBr/Funag, Brasília, 1995.

Línguas estrangeiras


Acho que o ideal é pensar positivamente em relação ao estudo de línguas. Por exemplo, hoje não sei quase nada de italiano e francês. Mas, sei alguma coisa, algumas palavras de italiano e francês, ou seja, o estado do momento é melhor que ontem. Tenho que aprender novas palavras e questões de linguagem a cada minuto vago para acumular nova informação.

Objetivos:

Ser poliglota, conhecer INGLÊS, ESPANHOL, FRANCÊS e ITALIANO.

Não tenho, nos dias que correm, muitos objetivos claros como este dos idiomas. Também preciso passar em um concurso para ter uma condição financeira e social nos próximos vinte anos. Tenho preferência pela CARREIRA DE DIPLOMATA, mas estou a anos-luz do necessário...

Diria que estes são os objetivos pessoais para ocupar-me fora dos horários de trabalho sindical. O estudo técnico e de conhecimentos gerais em cada minuto vago deve ser este.

Nós que aqui estamos por vós esperamos, de Marcelo Masagão, 1998

Capa do filme Nós que aqui estamos por vós esperamos
(atualizado em 11/04/10)

Assisti novamente a este filme hoje. Ele é baseado no livro “A era dos extremos” de Eric Hobsbawn. O filme me emociona sempre. Ele é todo expressão, sem palavras. E nem é preciso tê-las. Está tudo dito ali. Filme fantástico!! Recomendo a quem não o conhece e não o viu ainda.

Como ando meio sem palavras, segue um texto do professor Sevcenko, que fala sobre o filme.


"Nós que aqui estamos por vós esperamos" por Nicolau Sevcenko

Com base na história e na psicanálise, Marcelo Masagão compôs um complexo mosaico de memórias do século 20. Seu recurso à justaposição de imagens e seqüências fragmentadas, ao invés de uma narrativa contínua e linear, capturou o âmago mesmo desse tempo turbulento. A irrupção nele da cultura moderna indicava precisamente isso: a ruptura de todos os elos com o passado; o imperativo da supremacia tecnológica; a penetração ampla e profunda em todas as dimensões, macro e micro, da matéria, da vida e do universo; o anseio da aceleração, da intensidade, e da conectividade; a abolição dos limites do tempo e do espaço. O que mais marca este momento portanto, é justamente essa multiplicação de energias, a pluralidade das sensações e das experiências, o esfacelamento da consciência e a interação com os mais diversificados contextos.

A história se pulveriza numa miríade de registros e o inconsciente aflora, magnificado pela potência das novas fontes de estimulação sensorial, bem como pelo choque traumático das forças destrutivas deslaçadas sobre a humanidade.

Sensível e ponderado foi também o seu modo de jogar com as perspectivas de gentes simples e anônimas, nascidas no torvelinho das grandes transformações, dragadas pelas engrenagens dos gigantescos complexos industriais, as linhas de montagem, o lazer massificado, a publicidade, os apelos do consumo, as alegrias da dança e do corpo liberado, os rigores trágicos das crises e da guerra. Dando nome a essas criaturas minúsculas, ele ao mesmo tempo devolve o quinhão de humanidade que lhes foi negado, como destaca o modo pelo qual a dinâmica social opera através da modulação dos comportamentos, a rotinização do cotidiano e a galvanização das mentes.

Dentre a massa de personagens anônimos ressaltam alguns rostos e nomes famosos: artistas, cientistas, intelectuais, líderes políticos e espirituais. Eles funcionam como chaves que articulam tendências de ampla configuração em diferentes níveis da experiência social e cultural. Catalisando processos em andamento, eles ao mesmo tempo dão voz às minorias silenciosas, como sinalizam alternativas ou consolidam estados latentes de aspiração, conformação, revolta ou ressentimento. A história é tramada nessa imprevisível dialética entre pressões estruturais, decisões individuais, desejos, pavores e projeções subconscientes, tensões sociais e a polifonia de vozes que dão forma e expressão às conjunturas.

A singela fórmula " nós que aqui estamos, por vós esperamos ", gravada no portal do pequeno cemitério de província, é outro dos achados cintilantes deste filme. Por um lado, ela oferece um contraponto tocante às ambições grandiloqüentes do século 20 e de sua modernidade. Evoca a fragilidade e os estreitos limites da condição humana, os quais têm sido sistematicamente ignorados por poderes e ambições que atravessaram o período impondo demandas e sacrifícios exorbitantes. Por outro lado, apresentada no final do filme, a frase ressoa e opera como um feixe que conecta todos os fragmentos dispersos, nos transportando para dentro daquele mundo, como mais uma memória que irá se somar a esse painel dramático, ligada a cada detalhe dele por vínculos de solidariedade e compaixão. Os temas compulsivos e recursivos das músicas de Win Mertens funcionam como o nexo emotivo que, se instila ritmo e vibração às imagens, também nos põe em sintonia com os sonhos profundos que animaram nossos irmãos e irmãs nessa aventura histórica ainda mal entendida e certamente inacabada, mas que obras como essa nos ajudam a vislumbrar e a compreender melhor. Creio que é isso também que eles, lá na sombra discreta do cemitério, esperam de nós.

Nicolau Sevcenko
São Paulo, 22 de dezembro de 1999
Professor de História da Cultura USP-SP
Fonte: com Uol.com.br

Leitura: Raízes do Brasil, de Sérgio B. de Holanda



Refeição Cultural

Estou lendo o segundo capítulo. A linha interpretativa do autor é brilhante. 
Ao ler, você vai vendo a gênese de nosso povo e vai visualizando as características dos povos ibéricos em relação aos europeus. 

Como seria bom se os brasileiros tivessem a oportunidade de lerem já na adolescência os livros de nossos pensadores e ensaístas. Livros de Caio Prado Jr, Sérgio Buarque de Holanda, Darcy Ribeiro, Antonio Candido, Celso Furtado, Gilberto Freire, Raymundo Faoro, dentre outros. 

Eu sei que os livros estão aí em algumas bibliotecas e nos sebos e muitos ainda têm edições para aquisição em lojas e livrarias. Mas, falo de oportunidade verdadeira, ou seja, que as obras fizessem parte da bibliografia e das referências das escolas e das demais práticas de ensino, não como algo obrigatório e maçante (e nem isso ocorre) e sim com programas de incentivo à leitura de forma descontraída, com mídias modernas para aliviar o peso da leitura, seminários a respeito das obras, grupos de leitura, etc. 

Capítulo 2 

TRABALHO & AVENTURA 

- Portugal e a colonização das terras tropicais 
- Dois princípios que regulam diversamente as atividades dos homens 
- Plasticidade social dos portugueses 
- Civilização agrícola? 
- Carência de orgulho racial 
- O labéu associado aos trabalhos vis 
- Organização do artesanato; sua relativa debilidade na América portuguesa 
- Incapacidade de livre e duradoura associação 
- A "moral das senzalas" e sua influência 
- Malogro da experiência holandesa 

Há um texto do autor, anexo ao capítulo: Persistência da lavoura de tipo predatório 


Bibliografia: 

HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. Companhia das Letras, 26ª edição, 27ª reimpressão 2007.

Treinamento São Silvestre (XIII)

Infelizmente, estou com pouco tempo e, o que é pior, com indisposição para o treinamento físico. Por falta de ânimo para correr, apenas caminhei neste sábado por 60 minutos.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Leitura: Raízes do Brasil, de Sérgio B. de Holanda



Refeição Cultural

“E assim, enquanto povos protestantes preconizam e exaltam o esforço manual, as nações ibéricas colocam-se ainda largamente no ponto de vista da Antiguidade clássica. O que entre elas predomina é a concepção antiga de que o ócio importa mais que o negócio e de que a atividade produtora é, em si, menos valiosa que a contemplação e o amor.”


COMENTÁRIO: Após a leitura do prefácio de Antonio Candido, li o primeiro capítulo do ensaio de Holanda. Posso afirmar uma coisa com tranquilidade: o intelectual é ousado! Fiquei surpreso com a linha de argumentação dele. 

Mais uma vez, ao seguirmos lendo e tentando conhecer as teses e linhas de pensamento da intelligentsia brasileira, compreendemos os porquês daquilo que somos e de porque não chegamos ainda aonde achamos que merecemos estar. 

Quase sempre, nossa realidade e nossa situação presente é o resultado de nosso passado, de nossa gênese. Ah! E como é triste o fato de nossos jovens viverem numa espécie de “presente contínuo”, como diz Hobsbawn, e não se interessarem por conhecer o passado para compreender que o tecido do presente é o resultado da tecelagem do ontem, para o bem e para o mal. 

Às vezes, fica fácil até para compreender o porquê de nossa elite branca ser tão desgraçadamente egoísta e de pensamento medíocre. Às vezes, fica fácil até para compreender por que os cidadãos pobres e humildes paulistas votam nos candidatos da direita reacionária e conservadora, elite essa que segue adestrando a massa em escolas técnicas somente para que os futuros trabalhadores não estraguem suas máquinas industriais. 

O capítulo primeiro apresenta o seguinte temário, que fala por si mesmo:

FRONTEIRAS DA EUROPA 

- Mundo novo e velha civilização 
- Personalismo exagerado e suas consequências: tibieza do espírito de organização, da solidariedade, dos privilégios hereditários 
- Falta de coesão na vida social 
- A volta à tradição, um artifício 
- Sentimento de irracionalidade específica dos privilégios e das hierarquias 
- Em que sentido anteciparam os povos ibéricos a mentalidade moderna 
- O trabalho manual e mecânico, inimigo da personalidade 
- A obediência como fundamento de disciplina 

Bibliografia: 

HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. Companhia das Letras, 26ª edição, 27ª reimpressão 2007.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Rio Branco (Biografia), de Álvaro Lins


OIT, Turim - Itália, 2009. 
Foto de William Mendes.


Lendo o primeiro capítulo do livro de Álvaro Lins, ele nos diz que D. Pedro era contrário a ideias de anexação dos países do Prata ao território brasileiro.

"Os estadistas mais novos, como Paranhos, achavam, ao contrário, que a intervenção seria a única maneira de obter a paz entre o Brasil e os seus então turbulentos vizinhos da Argentina e Uruguai. Também este era o pensamento do jovem Imperador. A sua orientação está por inteiro nesta frase: 'Protesto contra qualquer ideia de anexação de território estrangeiro'. Completada com outra dirigida ao Ministro Quesada: 'Nenhuma mudança na geografia política da América do Sul' ".

ROSAS E A IDEIA DO VICE-REINADO DO PRATA

"Alteração da geografia política da América do Sul era sem dúvida o sonho imperialista de Rosas: a constituição do vice-reinado do Prata, com a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e a Bolívia".

BRASIL AO LADO DE MITRE E SARMIENTO

"O papel da diplomacia seria dispor os problemas e os quadros de tal modo que ficasse evidente que agíamos no sentido da libertação e da maior autonomia da Argentina e do Uruguai, e não da sua escravização. Consistiu a tática da diplomacia imperial em obter alianças poderosas dentro da própria Argentina. Ligado aos governadores de Entre-Rios e Corrientes contra o de Buenos Aires, o governo brasileiro não contribuía só para libertar a Argentina de um governo tirânico, mas também concorria para a sua unificação, para a sua unidade nacional. Lançava-a ao encontro de Mitre e Sarmiento".

LIMITES BRASIL-URUGUAI: UTI POSSIDETIS

"Só a 22 de abril de 1853 Paranhos conseguiu a assinatura do Acordo, complemento do Tratado de 15 de maio de 1852, pelo qual 'sendo o uti-possidetis a cláusula que deveria determinar o traço da linha divisória entre Chuí e São Miguel, essa linha devia correr entre os passos gerais dos mesmos arroios, descendo pela margem direita do São Miguel até a Lagoa Mirim, e que, por conseguinte, não tinha lugar o traço que pretendera o comissário oriental' ".


Bibliografia:

LINS, Álvaro. Rio Branco (Biografia). Editora Alta-Omega. Funag, 1995.


A geografia na história da Alemanha

Estudo da apostila do concurso de diplomata, material que adquiri do IRBr/Cespe UnB.

Conceito de espaço, por Milton Santos:

"O geógrafo Milton Santos define espaço como acumulação desigual de tempos. Nessa perspectiva, o espaço geográfico é coagulação do trabalho social, materialização de ideias e de ações das sociedades sobre a natureza. O espaço materializa diferentes tempos sociais; sua gênese e evolução constituem o objeto da geografia"

A GEOGRAFIA NA HISTÓRIA DA ALEMANHA

A questão fundamental para a Alemanha do século XIX é a Unidade Nacional.

Alguns temas situam bem a questão:

-a disparidade e a falta de articulação entre as várias regiões de fala alemã, cada uma organizando-se enquanto Estado autônomo e possuindo dinâmica social autônoma;
-a ausência de uma centralidade geográfica organizadora do espaço alemão, cujo único vínculo é a comunidade linguística;
-a existência de disputas fronteiriças com países não germânicos.

SOCIOLOGIA - CIÊNCIA AUTÔNOMA DA FRANÇA
"país onde, mais de que qualquer outro lugar, as lutas de classe sempre foram levadas à decisão final".

GEOGRAFIA - CIÊNCIA AUTÔNOMA DA ALEMANHA
"onde a questão espacial ou territorial se colocava no centro dos problemas da sociedade".

Importância de Humboldt e Ritter - apreço destes por Herder - proximidade com o movimento "sturm und Drang" - identidade cultural dos alemães pela língua.

Ritter = debate mais político = tradição teológica.
Humboltd = questão da identificação da unidade nacional pela língua = traços mais românticos.

ORDENAÇÃO CIENTÍFICA DA GEOGRAFIA
"Ritter realiza toda uma padronização conceitual que interessa, não apenas à Geografia (cuja primeira formulação sistemática de objeto e método foi obra sua), mas a qualquer descrição da Terra".

UNIFICAÇÃO E PROBLEMÁTICA ESPACIAL ALEMÃ
"[...] De todo modo, no que interessa diretamente à prática social alemã, as formulações desses autores servem para dar status de ciência ao debate da unificação, e principalmente de sua problemática espacial".

LEGITIMAÇÃO DA PROPOSTA EXPANSIONISTA

"A efetivação da unidade alemã em 1871 não redundou na superação da problemática espacial pela sociedade da nascente nação; ao contrário, vai reforçá-la e redefini-la pela inclusão de novos elementos [...] A Geografia vai ocupar papel destacado na legitimação da proposta expansionista [...] As questões do domínio do espaço, dos recursos naturais e sua relação com o desenvolvimento econômico, das fronteiras, das raças, entre outras, fluem diretamente da situação prática vivenciada pela sociedade alemã".

RATZEL - SEGUNDO REICH - BISMARCK

"Essa síntese ampliadora da discussão geográfica vem aflorar com a obra de Ratzel, publicada basicamente entre 1870 e 1900. Como se pode observar, este autor vivencia diretamente o período de constituição do Segundo Reich, a era bismarckiana".

Ratzel introduz o temário da Geografia do Homem. "O período bismarckiano se singulariza por um acirramento do nacionalismo e, associado a este, uma apresentação clara de um projeto imperial [...] Nesse processo foram recuperadas as teorias da tradição filosófica alemã que interessavan aos objetivos prussianos, porém tais teorias foram articuladas por uma influência dominante do positivismo"

CIENTIFICISMO: DAR UM CARÁTER DE NEUTRALIDADE

Foi buscado para a Geografia uma linguagem objetiva e formalista do cientificismo positivista. Isso para dar um caráter de "neutralidade" as ideias expansionistas alemãs.

"as formulações de interesse do projeto alemão deveriam cobrir-se com uma aura de universalidade".

TEORIZAÇÃO DA "NATURALIDADE EXPANSIONISTA" DOS POVOS

"A tematização do expansionismo é abertamente formulada por Ratzel, porém é discutida num plano universal, onde emerge a artimanha do argumento de sua justificação: a naturalização, a expansão posta como característica natural da história dos povos".

ESPAÇO VITAL
"Naturaliza-se a própria política exterior expansionista, como uso de uma concepção evolutiva da história, posta como tendo por motor a 'luta das nações'; nesse particular a Geografia desponta com excepcional peso ao discutir, por ex., a problemática do 'espaço vital'. Todos esses argumentos se articulam na ideologia nacionalista do 'destino alemão', da 'glorificação do Reich', da 'superioridade ariana'. Aqui, na finalidade de popularização, mistura-se o cientificismo legitimador com o destino romântico de elevada penetração popular".

CONCLUSÃO DO AUTOR
"Sintetizando o que foi apresentado, reafirma-se a ideia de que o afloramento do processo de sistematização da Geografia, especificamente na Alemanha, ocorreu em virtude das condições particulares de desenvolvimento das relações capitalistas nesse país, que colocavam a questão espacial (logo, o temário dessa disciplina) no centro do debate político. Tal importância advinda da fragmentação nacional vivenciada pelos alemães e do caráter tardio de sua unificação. A discussão geográfica no século XIX avançou alimentando e sendo alimentada, dentro desse processo de unificação, e foi obra de pensadores alemães. A justificativa dessas afirmações pede o concurso de uma análise mais detalhada dos principais representantes desse movimento genético da Geografia moderna: Humboldt, Ritter e Ratzel [...]".

Bibliografia:
MORAES, Antônio Carlos Robert. A Gênese da Geografia Moderna. HUCITEC/EDUSP, São Paulo, 1989, pp 66-75. IN: Manual do candidato - Geografia, de Regina Célia Araújo. Funag/IRBr, 1995.

O conceito de espaço geográfico, Milton Santos

Estudo da apostila do concurso de diplomata, material que adquiri do IRBr/Cespe UnB em 1995.



Conceito de espaço, por Milton Santos:



"O geógrafo Milton Santos define espaço como acumulação desigual de tempos. Nessa perspectiva, o espaço geográfico é coagulação do trabalho social, materialização de ideias e de ações das sociedades sobre a natureza. O espaço materializa diferentes tempos sociais; sua gênese e evolução constituem o objeto da geografia"

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Estudo de italiano

Foto de William Mendes: Torre Mole Antonelliana em Turim - Itália, 2009.
(atualizado em 3/4/10)
LORO
pron. pl. 1. eles, elas 2. os,as 3. lhes, a eles, a elas 4. os senhores, as senhoras 5. aos senhores, às senhoras.
pron. 1. seu, seus, sua, suas, deles, delas 2. dos senhores, das senhoras.

IL LORO fig. os seus bens, os bens deles/delas
I LORO fig. os seus (parentes), os parentes deles/delas

LORO
sujeito: LORO SONO VENUTI eles/elas vieram
O.D.: PAOLO VEDE LORO Paolo os/as vê
após prep./adv.:
SCRIVI A LORO escreva para eles/elas
PARLO COME LORO eu falo como eles/elas
O.I.: LA SEGRETARIA SCRISSE LORO a secretária escreveu para eles/elas

modo cortês: LORO SONO BRAVI PROFESSORI os senhores são bons professores

LUI
pron. m. sg. 1. ele 2. o, lo

sujeito: LUI È VENUTO ele veio
O.D.: MARIA VEDE LUI Maria o vê
após prep./adv.: SCRIVI A LUI escreva para/a ele
PARLO COME LUI eu falo como ele

Fonte:
MICHAELIS. Dicionário escolar italiano. Ed. Melhoramentos.

Estudo de inglês

Fundamentalism has one interesting insight. It perceives the science-based, libertarian, humanist culture of the modern era as being itself a kind of new religion - and its deadly enemy.

O fundamentalismo tem uma argúcia/perspicácia interessante. Ele percebe/nota a cultura da era moderna - cultura libertária, humanista e baseada na ciência - como sendo ela mesma uma espécie de nova religião - e sua inimiga mortal.

Insight: the power to understand and weigh up a problem.

Fonte:
Don Cuppitt. The sea of faith. London: British Broadcasting Corporation, 1985, p. 181 (adapted) Retirado da prova objetiva - primeira fase - do concurso de admissão à carreira de diplomata, do Instituto Rio Branco (8.03.09). Cespe/UnB.
Dicionário Oxford escolar. Oxford University Press.
Elt Pocket Dictionary. Edited by Ronald Rodout

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Estudo de francês - espanhol (e com música)


CURSO DE FRANCÊS español

SALUT holá, qué tal? cómo estás?
BONJOUR Buenos días
BONSOIR buenas noches
BONNE NUIT buenas noches
JE M’APPELLE WILLIAM me llamo William, yo soy…
ENCHANTÉ (encantado – yo hombre) ENCHANTÉE (encantada – yo mujer)

MONSIEUR señor MADAME señora MADEMOISELLE señorita

AU REVOIR hasta luego, hasta siempre
A BIENTÔT hasta luego, nos vemos (a presto)
A DEMAIN hasta mañana
MERCI BEAUCOUP gracias, muchas gracias

ALORS, À DEMAIN? Entonces, nos vemos mañana?
OUI, AU REVOIR. Si, (nos vemos) hasta luego.
AU REVOIR. A BIENTÔT. Hasta luego (a presto)


DANS MON ÎLE - CAETANO VELOSO

(composição: Henri Salvador)

DAN MON ÎLE
Na minha ilha \ dans = em

AH COMME ON EST BIEN
Ah como é bom!

DAN MON ÎLE
Na minha ilha

ON N'FAIT JAMAIS RIEN
Onde nunca se faz nada

ON SE DORE AU SOLEIL
Onde se adora ao sol

QUI NOUS CARESSE
que nos acaricia

ET L'ON PARESSE
e onde temos pregriça

SANS SONGER À DEMAIN
sem pensar no amanhã

DAN MON ÎLE
Na minha ilha

AH COMME IL FAIT DOUX
Ah como o tempo é ameno \ doux, douce = doce

BIEN TRANQUILLE
Bem tranquila

PRÈS DE MA DOUDOU
Perto do meu mar

SOUS LES GRANDS COCOTIERS QUI SE BALANCENT
debaixo dos grandes coqueiros que se balançam

EN SILENCE, NOUS RÊVONS DE NOUS
Em silêncio, nós sonhamos com nós mesmos

DANS MON ÎLE
Na minha ilha

UN PARFUM D'AMOUR SE FAUFILE
Um perfume de amor se esgueira

DÈS LA FIN DU JOUR
desde o fim do dia

ELLE ACCOURT ME TENDANT SES BRAS DOCILES
Ela se apoia, me esticando seus braços doces

DOUCES ET FRAGILES
doces e frágeis

DANS SES PLUS BEAUX ATOURS
Em volta do que há de mais belo

SES YEUX BRILLENT
Seus olhos brilhantes

ET SES CHEVEUX BRUNS
e seus cabelos castanhos

S'EPARPILLENT
se espalham

SUR LE SABLE FIN
sobre a fina areia

ET NOUS JOUONS AU JEU D'ADAM ET EVE
E nós brincamos de Adão e Eva

JEU FACILE
Brincadeira fácil

QU'ILS NOUS ONT APPRIS
Que nós aprendemos

CAR MON ÎLE C'EST LE PARADIS
Porque minha ilha é o paraíso.

Fonte: tradução de MiMim (Terra)

História do Brasil - Império

Leitura do manual do candidato - História do Brasil, do IRBr/Funag, de 1995.
Autores: Flávio de Campos e Miriam Dolhnikoff

Farei citações de frases do texto mescladas com observações minhas.

IMPÉRIO
O processo de independência

Entre o século XVIII e XIX começou a ocorrer um forte desgaste entre os interesses da colônia e da metrópole. Após a independência dos EUA, em 1776, passaram a existir focos emancipatórios por todo Continente Latino-Americano e Caribe.

DESGASTE DO PACTO COLONIAL (monopólio comercial metrópole - colônia)

"Para os grandes proprietários coloniais o sistema tornava-se cada vez mais, um obstáculo para o acúmulo de riquezas".

A cultura escravista monopolista exportadora estava incomodando vários segmentos na Colônia Brazil.

REVOLTAS DO PERÍODO
Inconfidência Mineira (1789): organizada por proprietários de terras e de lavras.

Conjuração Baiana (1798): também conhecida como Revolta dos Alfaiates, teve a participação de pequenos artesãos, militares de baixo escalão e setores urbanos marginalizados. Queriam ascensão social.

1808
Corte portuguesa vem para o Brasil. Abertura dos portos. FIM DO PACTO COLONIAL. Inglaterra é bastante favorecida.

"Inglaterra que obteve, em troca (do apoio à vinda da Corte para o Brasil), a assinatura de um tratado em 1810, estipulando taxas alfandegárias para os seus produtos inferiores àquelas pagas pelas mercadorias provenientes de outros países, inclusive de Portugal".

(DISMINUCIÓN DE LOS IMPUESTOS, LOS ARANCELES - LAS ADUANAS - PARA LOS PRODUCTOS INGLESES)

Cria-se um aparelho de Estado composto por comerciantes, proprietários rurais, traficantes de escravos e burocratas aglutinados ao redor da Corte no Rio de Janeiro.

REVOLUÇÃO DO PORTO, 1820
A revolta queria o fim do absolutismo e a instituição de uma monarquia constitucional. Queriam a volta do PACTO COLONIAL.

No Brasil, "proprietários de terra e traficantes de escravos optaram por fazer a Independência, única forma de impedir a recolonização".

D. Pedro aderiu à tese da Independência porque não queria perder o poder absolutista da monarquia. Foi uma "forma de resistir aos novos ventos liberais que sopravam na metrópole".

"De comum havia entre os dois grupos a consciência de que preservar a ordem escravista e a hegemonia política da elite do Centro-Sul requeria o fortalecimento do governo sediado no Rio de Janeiro"

DIVERGÊNCIA ENTRE D. PEDRO E ELITE COLONIAL
Os projetos da união entre a Corte e os proprietários coloniais a favor da Independência eram diferentes. D. Pedro queria instalar uma monarquia absolutista na América e os colonos queriam uma monarquia constitucional.

Venceu a peleja D. Pedro. "A Constituição seria outorgada pelo imperador em 1824, tendo por principal característica o alto grau de centralização do regime, graças à instituição do Poder Moderador".

EXCLUSÃO DAS CAMADAS POPULARES
Além de ter o poder de dissolver a Câmara dos Deputados (que continha gente da elite local), "a Constituição, entretanto, consagrava o item de interesse comum que havia consolidado a aliança em torno da Independência: a exclusão dos demais setores sociais. Através do artifício de distinguir os cidadãos entre ativos e não ativos, manteve-se o monopólio do jogo político para os grupos dominantes. Apenas eram cidadãos ativos aqueles que possuíam um determinado nível de renda e mesmo esses eram divididos segundo sua riqueza, conforme o grau de participação nas eleições".

D. PEDRO I ABDICA EM 1831
Após a Confederação do Equador, revolta em Pernambuco dirigida por grupos da elite de várias províncias do norte, a rebelião foi reprimida e seguiu-se a peleja na Câmara.

Em 1931 D. Pedro I abdica e a elite local assume o controle do aparelho de Estado.

Os autores concluem aquilo que já sabemos há tempos. Vale aqui o reforço de nossas ideias por estudiosos doutos.

"A emancipação política brasileira não foi, assim, o resultado da luta do conjunto da nação em torno de um projeto comum. Em primeiro lugar, tratou-se de movimento restrito aos setores dominantes em defesa de seus interesses concretos".

Bibliografia:
CAMPOS, Flávio de. DOLHNIKOFF, Miriam. História do Brasil. Manual do candidato. IRBr/FUNAG. Brasília 1995.

Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Holanda



Refeição Cultural

O volume não é denso como em Os donos do poder, de Raymundo Faoro. Mas acho que densa é a história e a referência, que já virou uma obrigação para aqueles que querem o conhecimento do Brasil. É isso que é denso, pesado e intimidador. Tentar conhecer e estudar o Brasil.

Li ontem e hoje o prefácio de Antonio Candido, escrito em 1967 - trinta anos depois do aparecimento do ensaio de Sérgio Buarque de Holanda. O professor Candido nos dá um apanhado geral do que será debatido em cada um dos capítulos. Boa apresentação. 

SINTAXE - Uma frase de Candido me chamou a atenção: "Há trinta anos atrás". Os gramáticos querem morrer ao ver tal redundância. Eu acho a coisa mais natural do mundo. É a língua rica do povo, é a Língua Brasileira.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Língua italiana - inglesa


Chiesa e Convento di Santa Maria
 al Monte dei Cappuccini, Torino - Italia, 2009

(Atualizado em 3/4/10)
CURSO DE ITALIANO

CIAO! Hi, how are you? bye bye
BUONA FORTUNA! Good luck!

BUON GIORNO! Good morning!
PIACERE! It’s nice to meet you!
COME SE CHIAMA? What’s your name?
BUONASERA. Good evening… good night.
ARRIVEDERCI, A PRESTO. Bye bye, so long.
A DOMANI. See you tomorrow.
GRAZIE. Thank you. Thanks.
ALLORA, A DOMANI? SÌ, ARRIVEDERCI A DOMANI... so, see you tomorrow? yes, see you.

I PARENTI: family.
LA SORELLA sister, IL NONNO grandfather, IL PADRE father, IL FRATELLO brother, LA NONNA grandmother, LA FIGLIA daughter, LA MADRE mother, IL FIGLIO son, IL MARITO husband, consort, LA MOGLIE wife, consort, LO ZIO uncle, LA ZIA uncle, IL CUGINO cousin, LA CUGINA cousin, I SUOCERI parents in law.

HO QUATTRO FIGLI i have four children. ABBIAMO DUE FIGLIE we have two girls. SONO SPOSATO we are married. HO UNA SORELLA i have one sister. HO DUE FRATELLI I have two brothers.

UNO one DUE two TRE three QUATTRO four CINQUE five SEI six SETTE seven OTTO eight NOVE nine DIECI ten.

MIO/MIA meu, minha
MIEI/MIE meus, minhas
TUO/TUA teu, tua, seu, sua (informal sing.)
TUOI/TUE teus, tuas, seus, suas (informal pl.)
SUO/SUA seu, sua (formal sing.)
SUOI/SUE seus, suas (formal pl.)

INGLÊS
Adj. + subst. = os adjetivos possessivos são sempre seguidos de substantivos (ou adj. + subst.)

ex: this is my cat and that is my beautiful dog.

pronomes = nunca são seguidos de substantivos.

ex: my dog is beautiful, but yours is more beautiful than mine.

ADJETIVES........PRONOUNS......OBJECT
MY........................MINE.................ME
YOUR...................YOURS..............YOU
HIS.......................HIS.....................HIM
HER......................HERS.................HER
ITS...................................................IT
OUR......................OURS................US
YOUR...................YOURS..............YOU
THEIR..................THEIRS............THEM

Concordância
Ex: they have to solve their problems and Mary has to solve hers.

EVERYBODY, EVERYONE, SOMEONE, ANYBODY, ANYONE, NOBODY, NO ONE
são acompanhados dos adjetivos ou pronomes possessivos no singular, masculino.

Ex: does everybody have his books here?

nas construções com a preposição OF podemos usar tanto os adjetivos como os pronomes possessivos.

Ex: A FRIEND OF MINE (ONE OF MY FRIEND) IS GOING TO HAVE LUNCH WITH ME.

Fonte: apostila Degrau Cultural

QUESTI SONO I MIE GENITORI.
these are my parents

LEI HA FIGLI? SÌ, HO DUE FIGLIE.
do you have children? yes, i have two girls (two daughters)

QUESTE SONO LE MIE FIGLIE. E LEI? NO, MA HO UN NIPOTE.
these are my two gilrs. what about you? no, but i have one nephew

HAI FRATELLI? (informal) HA FRATELLI? (formal)
do you have brothers?

QUESTO È MIO MARITO. QUESTA È MIA FIGLIA. QUELLA È SUA SORELLA.
this is my husband. this is my daughter. that is your sister.

Fonte: Publifolha

Infelicidades...

Quando penso que já me inteirei sobre todo o sofrimento e o ocorrido em família, com relação à morte de minha tia, descubro que meus pais e parentes continuam escondendo de mim tudo o que aconteceu.

Hoje fiquei sabendo que minha tia morreu magoada com meu pai. Meu pai deve estar sofrendo muito com isso. O problema ocorreu por causa de falta de condições financeiras. Questões de miserabilidade. A miséria, durante os dramas de família, pode trazer desavenças irreconciliáveis. Pelo que soube, é o que se passou em minha família de Minas.

A minha culpa nisso é ter passado parte da minha vida metido nesse negócio de luta coletiva (mas nunca fui apegado a dinheiro), de ficar brigando para mudar o mundo, assim como meu pai sempre fez. O resultado está aí: meu pai está cheio de problemas de saúde e não tem onde cair morto. Eu também tenho quarenta anos e sou caixa do Banco do Brasil (era, até o último dia de trabalho, pois o banco está ganhando a ação que interpus contra ele cobrando meu salário correto, pois desde meu primeiro dia de dirigente sindical estou recebendo como escriturário).

Me ferrei nisso também.

Esta minha família só se lasca mesmo!

Estou de saco cheio de tudo.

Quem disse que eu iria arranjar saco para estudar e fazer prova e dois trabalhos finais de semestre na Usp!? A porcaria de meu curso dançou de novo. Não vou e não tive condições de fazer nem prova nem trabalho.

Estou cansado!! Bem cansado! De tudo...

domingo, 22 de novembro de 2009

Refeição Cultural 39 - Dias de luto

Dias de luto – percepção da Depressão

Uberlândia, 16 de novembro de 2009, pós-enterro de minha querida tia Alice.

1. A fase é de luto. Eu estou me recordando do texto de Sigmund Freud sobre Luto e Melancolia. Pelo que andei cismando sobre as explicações do doutor, percebo que sou um melancólico - um ser com depressão - há uns trinta anos. A fase da pena no luto é normal e até necessária. É o momento de desligar-se do objeto libidinal externo. Lembrando-se que este objeto libidinal pode ser uma pessoa, um ideal, alguma coisa. Mas, o comportamento normal após o luto é a pessoa se apegar novamente a vida e ao viver.

2. Vi outro dia uma entrevista sobre a depressão, doença que acomete a milhões de pessoas no mundo, que falava de alguns sintomas característicos do mal. Tenho quase todos eles desde sempre. Muito rapidamente é possível lembrar-me de algumas crises que tive nestes trinta anos e ver claramente os sintomas presentes ali. Exponenciar problemas comuns como algo do fim do mundo, do seu mundo; perder o amor à própria vida constantemente e ter crises e explosões de ódio ou de tristeza profundos de tempos em tempos são alguns dos sintomas da depressão, presentes em minha pessoa. O fato é que eu sofro de depressão há três décadas.

3. Ao constatar que tenho depressão há tanto tempo e perceber que estou vivo e que sou um cidadão ativo e produtivo, vê-se que é possível driblar a doença e lidar com ela de várias formas. A maneira que sempre encontrei de lidar com minha depressão, involuntariamente por suposto, foi sempre estabelecer objetivos e ir em busca deles desde a adolescência. Na pobreza quis comprar uma bicicleta, um som, um tênis; depois quis arranjar um emprego em que sofresse menos que com o serviço braçal; quis ter uma moto; uma casa própria; e por aí vai. Por sorte e por esforço, cheguei aos quarenta anos com pai e mãe vivos; tenho um apa(e)rtamento de cooperativa; esposa (com um carro popular) e filho; tenho um bacharelado em Ciências Contábeis feito e outro em Letras eternamente inconcluso. Ah, tenho emprego fixo há dezessete anos em banco. Mas, estou muito infeliz, apesar de cumprir todas, todas!, as minhas obrigações sociais. É fato que não sou feliz.

4. Sobre a questão do Valer à Pena. “Tudo vale à pena, quando a alma não é pequena!”. Que bonito! Estou me perguntando o que vale à pena, pois quando olho para trás e vou procurando o valido à pena, fico cismando se valeu ou não à pena as opções feitas por mim nas encruzilhadas diárias que a vida nos apresenta. Como reconheço minha melancolia, devo ter claro que minha cisma é marcada, definida por isso também. Mas, estou olhando para trás e buscando compreensão até para achar maneiras de seguir para este amanhã indefinido de todos nós. O que vale à pena para mim no amanhã que sou responsável? O que vale à pena ainda?

5. Por exemplo, valeria à pena lutar por uma ocupação que rendesse um bom salário para poder cuidar da saúde e das necessidades dos meus queridos pais sexagenários? Eles não têm plano de saúde e não têm conseguido atendimento público e a qualquer hora morrem à míngua, como ocorreu com a minha tia Alice. Morreriam à míngua por eu não ter me preocupado em ganhar dinheiro e dar o conforto que eles precisam. Mas, veja o problema: se eu resolver passar em algum concurso, agora, para ganhar um bom salário, vou precisar de uns anos de preparação e pode ser que, quando eu passar, eles já tenham morrido. Que merda! Sempre fiz as opções erradas e nas horas erradas. Minha tia morreu em três meses com o mesmo câncer que tem há vinte anos o empresário e vicepresidente da república. E os dois casos, quando tratados no Brasil, têm os custos pagos pelo SUS, mas o José Alencar tem atendimento pago no começo e então usa o SUS. No caso dele, há vinte anos vale à pena combater e extirpar as partes com câncer. No caso da minha tia, uma varredora de rua, aposentada, da prefeitura de Uberlândia, não valia à pena tentar arrancar as partes com câncer. Foi fechar o abdome e deixar morrer em casa com tratamentos paliativos. O mundo é dividido assim. São assim as questões da referência na importância, no VALER À PENA.

6. Pensando a respeito de meu eterno e inconcluso Curso de Letras, novamente estou para abandonar, no momento de fechamento de semestre, as três matérias em que me matriculei. Somo o período que faltei mais o cansaço, mais o desânimo, mais a depressão e chego à conclusão que não vou nem fazer a prova de uma delas nem o trabalho final das outras duas. Não tem porquê fazê-lo. Eu não sei o suficiente sobre nenhuma delas para merecer passar. Eu não estou atrás de diploma – canudo – para enfeitar parede. Já tenho um e não uso para nada. Continuo sendo um não-técnico. Se um dia eu tivesse preparo para dar aula não seria o diploma de Bacharelado de Letras da USP que me habilitaria e sim um mestrado ou doutorado. A feitura de meu curso foi tão espaçada e sem sequência que, sinceramente, é como se eu não tivesse feito o Curso de Letras. Não sei gramática, não sei na ponta da língua sobre os conceitos básicos de nenhum movimento da literatura mundial e brasileira e não ajudaria ninguém a aprender mais do que se se buscasse no Google a informação necessária sobre o tema. Fracassei em meu projeto pensado no ano 2000 de sair do banco e ser professor. Não sei o suficiente para ser professor de nada. Só isso!

7. Passei a tarde na casa de minha avozinha, com meus dois tios e com minha mãezinha. Assim como minha mãe, que acordou às seis horas da manhã chorando muito por saudade do viver em companhia de minha tia falecida – cuidada com todo carinho por ela durante todo o período da doença-, minha avó também chora sempre que pára lembrando-se da filha que viveu com ela mais de sessenta anos. É tudo muito triste, tudo lembra nossa querida Alice!

8. A última cena que acompanhei, antes de pegar um táxi e ir para a rodoviária procurar passagem para voltar a São Paulo, foi um desabafo de minha mãe para os irmãos e vovó, do ocorrido dias antes da morte de minha tia (saída da casa de meus pais e volta para a casa de minha avó e tia). Foi humilhante assistir à minha mãe pedindo desculpas pelo fato de ter ocorrido uma desavença entre a família por estarem na casa de meus pais, cuidando de minha tia acamada, e meu pai andar preocupado com o aumento do consumo de água e energia. EXPLICO: como meus pais não têm condições mínimas de renda, vivem com um cadastro social para quase tudo. Para ter isenção da água, só podem consumir uma pequena quantidade no mês; para ter direito a algumas isenções na luz, só podem consumir certa quantidade de energia por mês; para ter direito ao Bolsa Família etc etc... Para mim, um filho de quarenta anos, ver àquela cena da minha mãe pedindo para a irmã não ficar chateada com meu pai, que não tinha culpa do ocorrido porque a situação de miséria deles é que levou à preocupação de perderem os benefícios sociais da miserabilidade, para mim foi uma dor profunda ver que eu não me preparei para cuidar de meus pais financeiramente. Me senti um fracassado total e egoísta por não ter pensado em ganhar dinheiro para viver nesta merda de sociedade capitalista. Chega!

9. Necrológio: Tia Alice, escrevi ontem no livrinho de lembranças em seu velório o quanto lhe amava e admirava. Ali, anotei que uma das coisas que sempre admirei na senhora foi ter e manter a curiosidade filosófica que a maioria dos jovens hoje já não possui. Admirável a senhora manter a curiosidade de saber sobre as coisas e de ter a humildade de sempre perguntar e ir atrás do conhecimento, mesmo em toda a sua simplicidade – simplicidade robusta em sabedoria. Outro dia a senhora estava me perguntando sobre o caso de Honduras, mesmo vivendo à custa de alimentação por sonda. Que fome de saber simples e bela! Como eram belas nossas tardes em família “filosofando sobre coisas do mundo”. Escrevi também que pessoas simples como a senhora é que nos incentivam de seguir lutando para mudar o mundo. Mas, confesso à senhora que, às vezes, eu me pego cansado e querendo partir para outra. Eu, por exemplo, represento uma categoria que ganha bem mais que a média da população brasileira e, muitas vezes, depois de toda a luta que organizamos, ainda nos ofendem. Quantas vezes já não ouvi de colegas, que ganham dez vezes o que ganho, me ofenderem e dizer que sou isso ou aquilo. Tia, sei que a senhora queria viver e viver de qualquer jeito e pensou nisso até anteontem. Pela manhã, queria estar curada para poder comer como todos da casa e, à tarde, seu corpo esfriou e a pressão caiu e o coração e pulmão lhe falharam. Eu só tenho que admirar pessoas apegadas à vida como a senhora. Tia Alice, obrigado por sua companhia nestes quarenta anos. Obrigado mesmo! Como escrevi ontem, a senhora viverá eternamente, ao menos enquanto eu viver, pois estará sempre em minha lembrança.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O sistema internacional de Estados: história e conceitos

(Atualizado em 13/6/10)

O texto a seguir não é meu. É uma leitura da apostila da Funag/ IRBr, de 1995, de Demétrio Magnoli (que particularmente desgosto bastante do tipo)

1. O estudo de relações internacionais

O ESTADO: seria um conceito mais equivalente ao período do Renascimento europeu. A Europa pós-medieval inventou o Estado, sob a forma das Monarquias absolutas.

Surgem as teorias sobre o Estado.

Maquiavel (1469-1527), autor d'O Príncipe, funcionário dos Medici de Florença, postulou a separação entre a moral e a política, como fundamento da razão de Estado. A política condensa o interesse nacional.

As ideias de Maquiavel estavam influenciadas pela divisão da nação italiana e foram basilares para o absolutismo.

Thomas Hobbes (1588-1679), autor do Leviatã, foi o principal teórico do absolutismo. Opunha contra o 'estado de natureza' de todos contra todos, a necessidade de um poder superior, absoluto e despótico, através de um contrato (entre a sociedade). O Leviatã seria o Estado, um monstro cruel que proteje os pequenos de serem devorados pelos grandes.

TRANSIÇÃO DO ABSOLUTISMO PARA O LIBERALISMO

Na Inglaterra, a limitação do poder monárquico se deu pela afirmação do Parlamento.

Na França, pela irrupção da Revolução Burguesa de 1789, que instaurou os fundamentos da soberania popular.

John Locke (1632-1704), autor de Dois tratados sobre o governo civil, retomou a ideia de limitação ao poder real. A liberdade original dos homens subsiste como contraponto do poder do soberano. Prevalece o direito à insurreição. Separa-se a sociedade civil da sociedade política.

O poder é circunscrito à esfera pública e não pode ser transmitido por herança ou propriedade territorial, só pode ser gerado por consentimento político.

Barão de Montesquieu (1689-1755), autor d'O Espírito das Leis, criou a teoria da separação dos poderes. O equilíbrio dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário é a base do Estado Liberal.

Substitui o poder divino dos reis pela democracia representativa.

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), autor Do contrato social, inverteu a noção de Hobbes. Onde Hobbes enxergou a guerra e a anarquia, Rousseau encontrou a felicidade e a harmonia da vida selvagem.

É a propriedade privada que introduz a violência e a escravidão.

Para superar o absolutismo é necessário um contrato legítimo fundado na soberania popular. Rousseau era contrário tanto ao absolutismo quanto à democracia representativa. Defende a participação direta e é precursor das utopias comunistas.

Com as Monarquias absolutistas, criam-se corpos estáveis de funcionários burocráticos e exércitos regulares e centralizados, que dissolvem os poderes feudais e criam fronteiras geográficas definidas e impostos para manter-se as novas cidades e Estados.

O Estado nacional surgiu da decadência do absolutismo e da sua substituição pelo liberalismo. Daí vem a ideia de soberania nacional. Com a eleição de representantes do povo, a soberania deslizou da figura do monarca para o conceito de nação. Despersonificação do poder. O poder divino deu lugar ao consenso popular.

Locke e Montesquieu fizeram do consenso a base do Estado e a razão de ser das suas engrenagens de poder. A nação tornava-se a fonte do poder e a esfera da política passava a refletir o consenso geral.

COMENTÁRIOS DA RELEITURA:
-ROUSSEAU = democracia direta = contrato social = soberania popular.

-1o.ESTADO TERRITORIAL = monarquias absolutas (substituindo feudos) e 2o. ESTADO NACIONAL = conceito de nação = soberania nacional.

-O PODER DIVINO DÁ LUGAR AO CONSENSO POPULAR


O estudo das relações entre os Estados é bem mais recente, pois as teorias políticas estudaram por muito tempo as relações internas nos Estados.

O objeto das relações internacionais teria três identificações diferentes, de acordo com as escolas Idealista, Realista e Radical.

Bibliografia:
MAGNOLI, Demétrio. Questões Internacionais Contemporâneas - manual do candidato. Funag, IRBr. Brasília, 1995.

Estudos de francês

Um dos grandes problemas que eu acho que existe para aprender a língua francesa por conta própria é a pronúncia do idioma.

Talvez seja mais fácil aprender a ler o francês.

Comecemos pelo artigo, que é definidor, em muitas línguas, de gênero e número.

L'ARTICLE DÉFINI

LE = o /L'
LA = a /L'

LES = plural comum

LE HASARD = o acaso LE HÉROS = o herói LE PÈRE = o pai
LA MÈRE = a mãe LA HAUTEUR = a altura
L'HÔPITAL (o hospital) / L'HIVER (o inverno)
L'ÉLÈVE / LES ÉLÈVES = o(s) aluno(s)
L'HOMME / LES HOMMES = o(s) homem (ns)
L'ÉGLISE / LES ÉGLISES = a(s) igreja(s)

Exceção à regra: LE ONZIÈME (o décimo primeiro) LE HUITIÈME (o oitavo)

Vocabulário:
Sindicato = SYNDICAT (trade union)
Sindicato de trabalhadores = SYNDICAT DES OUVRIERS (trade union)
Sindicato patronal = SYNDICAT PATRONAL (sindicate)

Alguns verbos:

ALLER = ir
ARRIVER = chegar
DÉCÉDER = falecer
DESCENDRE = descer
DEVENIR = tornar-se
ENTRER = entrar
MONTER = subir
MOURIR = morrer
NAÎTRE = nascer
PARTIR = ir embora
PASSER = passar
RENTRER = voltar, entrar de novo
RESTER = ficar, permanecer
RETOURNER = retornar
REVENIR = voltar
SORTIR = sair
TOMBER = cair
VENIR = vir

EDUCAÇÃO NA FRANÇA

ÉCOLE - pré-escola = PETITE \ MOYENNE \ GRANDE
ÉCOLE PRIMAIRE \ ÉLÉMENTAIRE = ensino fundamental I
COLLÈGE = fundamental II
LYCÉE = ensino médio

Necrológio para minha querida tia Alice

Tia Alice, escrevi ontem no livrinho de lembranças em seu velório o quanto lhe amava e admirava. Ali, anotei que uma das coisas que sempre admirei na senhora foi ter e manter a curiosidade filosófica que a maioria dos jovens hoje já não possui. Admirável a senhora manter a curiosidade de saber sobre as coisas e de ter a humildade de sempre perguntar e ir atrás do conhecimento, mesmo em toda a sua simplicidade – simplicidade robusta em sabedoria. Outro dia a senhora estava me perguntando sobre o caso de Honduras, mesmo vivendo à custa de alimentação por sonda. Que fome de saber simples e bela! Como eram belas nossas tardes em família “filosofando sobre coisas do mundo”. Escrevi também que pessoas simples como a senhora é que nos incentivam de seguir lutando para mudar o mundo. Mas, confesso à senhora que, às vezes, eu me pego cansado e querendo partir para outra. Eu, por exemplo, represento uma categoria que ganha bem mais que a média da população brasileira e, muitas vezes, depois de toda a luta que organizamos, ainda nos ofendem. Quantas vezes já não ouvi de colegas, que ganham dez vezes o que ganho, me ofenderem e dizer que sou isso ou aquilo. Tia, sei que a senhora queria viver e viver de qualquer jeito e pensou nisso até anteontem. Pela manhã, queria estar curada para poder comer como todos da casa e, à tarde, seu corpo esfriou e a pressão caiu e o coração e pulmão lhe falharam. Eu só tenho que admirar pessoas apegadas à vida como a senhora. Tia Alice, obrigado por sua companhia nestes quarenta anos. Obrigado mesmo! Como escrevi ontem, a senhora viverá eternamente, ao menos enquanto eu viver, pois estará sempre em minha lembrança.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Treinamento São Silvestre (XII)

No domingo, antes de receber a notícia do falecimento de minha tia querida, em Minas, eu havia corrido um pouco.

Havia feito 3 km em 15'30".

sábado, 14 de novembro de 2009

Treinamento São Silvestre (XI)

Hoje corri um pouco pensando em usar mais força no treino. Fiz 2km em 11' e caminhei mais 3 km. (parece pouco mas para mim é 1' a menos em 4 voltas na pista)

Como minha preparação física será totalmente irregular até o fim de dezembro, preciso ver se ativo mais força em meu organismo.

Vamos ver se amanhã corro ou caminho.

Refeição Cultural 38 - Simbolismo (VI)

A questão da saudade na literatura e nação portuguesa

Psicanálise mítica do destino português - Eduardo Lourenço, de 1978

Pela leitura que já pude fazer do texto, notei o quanto ele é complexo, daqueles de difícil leitura onde você volta ao parágrafo várias vezes. Entretanto, o texto é muito esclarecedor em relação a uma possibilidade de leitura do que seria a alma portuguesa, o viver português.

De maneira geral, o entendimento que tenho é de que o povo português conviveu sempre com uma ideia de si próprio, em relação à sua história e seu passado, mais idealizada do que real, de maneira que ele está sempre buscando construir um presente e futuro gloriosos de acordo com um passado nunca realizado.

A questão do Saudosismo Português viria desta matriz mental inserida no cotidiano da lusitaneidade.

A HISTÓRIA DE PORTUGAL - ROBINSONADAS

Uma autópsia da nação portuguesa revelaria "o irrealismo prodigioso da imagem que os Portugueses se fazem de si mesmos".

"As 'Histórias de Portugal', todas, se exceptuarmos o limitado mas radical e grandioso trabalho de Herculano, são modelos de 'robinsonadas': contam as aventuras celestes de um herói isolado num universo previamente deserto".

VISÃO MÍTICA DE PORTUGAL: OBRA DA PROVIDÊNCIA DIVINA

"A mistura fascinante de fanfarronice e humildade, de imprevidência moura e confiança sebastianista, de 'inconsciência alegre' e negro presságio, que constitui o fundo do carácter português, está ligada a esse acto sem história que é para tudo quanto nasce o tempo do seu nascimento. Através de mitologias diversas, de historiadores ou poetas, esse acto sempre apareceu, e com razão, como da ordem do injustificável, do incrível, do milagroso, ou num resumo de tudo isso, do providencial".

PORTUGAL FOI AOS MARES, ESPANHA FICOU COM A GLÓRIA

De certa maneira podemos ver a idade média como a Europa liquidando o feudalismo e criando o mundo moderno (capitalismo, protestantismo, ciência), Portugal ampliando o mundo conhecido e depois, com Colombo, a Espanha assumindo a fama.

OS LUSÍADAS - PASSADO GLORIOSO "MÍTICO"

O autor nos cita Os Lusíadas da seguinte maneira: "Da nossa intrínseca e gloriosa ficção Os Lusíadas são a ficção".

Sobre o período de 60 anos de convívio Portugal-Espanha, o que ficaria aos portugueses seria: "que nos descobríssemos às avessas, que sentíssemos na carne que éramos (também) um povo naturalmente destinado à subalternidade".

Depois dessa descoberta, de onde podemos dar como exemplo a eterna espera de um milagre redentor no sebastianismo, "tornou-se então claro que a consciência nacional (nos que a podiam ter) que a nossa razão de ser, a raiz de toda a esperança, era o termos sido. E dessa ex-vida são Os Lusíadas a prova do fogo".

PORTUGAL INVENTA O PASSADO E O FUTURO

"Orienta-se nessa época para um futuro de antemão utópico pela mediação primordial, obsessiva, do passado".

"Nunca se meditou a sério em actos tão significativos como os da invenção de falsos documentos pelos monges de Alcobaça para provar a nossa existência legal no passado, assim como, já depois da ressurreição, no labor incrível dos nossos juristas para justificar o nosso direito a um lugar ao sol entre os povos livres".

SÉCULO XIX PORTUGUÊS: ALGE DA ESQUIZOFRENIA

"Os começos do século XIX, momento em que o raio da História nos caiu em casa, na sossegada e sonambúlica casa portuguesa, farão desse processo uma estrutura que se manifesta sem falhas há cento e oitenta anos. Em nenhum tempo do seu percurso a existência nacional foi vivida em termos tão esquizofrênicos como no século XIX".

"Aberto com a fuga da família real para o Brasil, o século liberal termina com a liquidação física, se não moral, de uma monarquia a quem se fazia pagar, sobretudo, uma fragilidade nacional que era obra da nação inteira".

No século XIX alguns portugueses "puseram em causa, sob todos os planos, a sua imagem de povo com vocação autónoma, tanto no ponto de vista político como cultural (...) Interrogávamo-nos apenas pela boca de Antero (de Quental) e de parte da sua geração, para saber se éramos ainda viáveis, dada a, para eles, ofuscante decadência".

OBRA DE EÇA: MELANCOLIA AO COMPARAR EUROPA E PORTUGAL

A Europa da época "exemplo de civilização, cuja comparação connosco nos mergulhava em transes de melancolia cívica e cultural, tais como a obra de Eça os exemplificará para o nosso sempre".

FOCO NO IMPERIALISMO (O DO SÉCULO XVI E NÃO O DO XIX)

Com a ideia de Civilização que veio com a Revolução Industrial e com a Revolução Cultural do século XIX - cuja geração de Setenta portuguesa fez parte - "começou então a doer-nos não o estado de Portugal, as suas desgraças ou catástrofes políticas, mas a existência portuguesa, pressentida, descrita, glosada, como existência diminuída, arremedo grosseiro da existência civilizada, dinâmica, objecto de sarcasmos e ironias, filhos do amor desiludido que se lhe votava".

MAS, Portugal descobre a África, ao invés da revolução industrial. "A tentativa de recriar uma alma 'à século XVI' não foi longe".

SAUDOSISMO

"O fim do século XIX, por reacção ao criticismo devastador e imponente da década de Setenta, mass também como resposta à agressão do monstro civilizado (Inglaterra) verá eclodir a mais nefasta flor do amor pátrio, a do misticismo nacionalista, fuga estelar a um encontro com a nossa autêntica realidade, mas, ao mesmo tempo, expressão profunda sob a sua forma invertida, de uma carência absoluta que é necessário compensar desse modo".
(...)
"O Saudosismo (grifo meu) será, mais tarde, a tradução poético-ideológica desse nacionalismo místico, tradução genial que representa a mais profunda e sublime metamorfose da nossa realidade vivida e concebida como irreal".

PS: As partes em negrito nas citações pertencem ao autor do texto.

Bibliografia:
LOURENÇO, Eduardo. O labirinto da saudade - Psicanálise Mítica do Destino Português. 3a edição. Publicações Dom Quixote. Lisboa, 1988.

Refeição Cultural 38 - Simbolismo (V)

Lendo D. Duarte (Leal Conselheiro, 1431) e Sigmund Freud (início do século XX).

Em foco a saudade, o luto e a melancolia

"Do nojo, pesar, desprazer, aborrecimento e saudade


(a natureza psicológica da saudade)

E a suidade nom descende de cada hua destas partes, mes he huu sentido do coraçom, que vem da sensualidade (sensibilidade) e nom da razom, e faz sentir aas vezes os sentidos da tristeza e do nojo. E outros veem daquellas cousas que a homem praz que sejam, e alguus com tal lembrança, que traz prazer e nom pena. E em casos certos se mestura com tam grande nojo, que faz ficar em tristeza".

D. Duarte nos explica os sentimentos de saudades, dando alguns exemplos. Quando você pede para alguém viajar e fazer algo para ti, a falta deste alguém nesse período traz-lhe o sentimento de saudade, e não quer dizer que seja algo ruim, haja vista que a pessoa está em viagem por uma demanda sua.

Mas veja que não é uma ausência em definitivo. Não haverá a perda do objeto de apego para sempre (em tese), como ocorre no luto (nojo) ou como poderia haver na tristeza ou melancolia.

Lendo a explicação de Freud para a questão da perda do objeto libidinal, que pode acarretar o sentimento de luto e de melancolia (e vejo aqui até relação com a questão do exílio) percebemos que não ocorre o mesmo na questão da saudade citada no exemplo da ausência provisória por D. Duarte:

"Em que consiste, portanto, o trabalho que o luto realiza? Não me parece forçado apresentá-lo da forma que se segue. O teste da realidade revelou que o objeto amado não existe mais, passando a exigir que toda a libido seja retirada de suas ligações com aquele objeto".

COMENTARIO: vendo na Larousse o que é libido, diz lá: para Freud existe a libido do ego (narcísica) e a libido objetal, se investida em um objeto exterior. Quanto maior a libido objetal, menor a do ego e vice-versa.

Mais adiante, Freud nos explica que, seja mais ou menos penoso o processo de substituição da posição libidinal, o fato é que uma hora ele cessa:

"É notável que este penoso desprazer seja aceito por nós como algo natural. Contudo, o fato é que, quando o trabalho do luto se conclui, o ego fica outra vez livre e desinibido".

D. Duarde ao explicar que a saudade vem do coração e que é possível intervir com a razão em alguns casos, nos diz que não controlá-la pode nos trazer inconvenientes morais.

"De se aver algüas vezes com prazer e outras com nojo ou tristeza, esto se faz, segundo me parece, por quanto suidade propriamente he sentido que o coraçom filha por se achar partido da presença dalguã pessoa ou pessoas que muito per afeiçom ama, ou o espera cedo de seer".

A saudade vem do coração: "Digo afeiçom e deleitaçom, por que som sentimentos que ao coraçom perteencem, donde verdadeiramente nace a suidade, mais que da razom nem do siso".

Quando a razão consegue intervir e dominar a situação, a saudade pode ser prazerosa. Caso contrário "com esta suidade vem nojo ou tristeza mais que prazer".

E, por fim, os inconvenientes oriundos da saudade que não se tem controle e os conselhos que D. Duarte está fornecendo através de sua obra:

"E, por que sobr'esta lembrança que traz suidade muitos encorrem em pecado, tristeza e desordenança da voontade, lembrando-lhes por vista d'homeës e molheres casadas, cantigas, cheiros (ou per saltamento doutras fallas e cuidados), algüas pessoas com que ouverom algüas folganças quaaes nom deviam, ou poderom compridamente aver como desejavam e o leixaram de fazer, e por ello lhes vem desejo de tornar a tal estado e conversaçom, nom avendo reprendimento do mal que fezerom, mas ham desprazer do que nom comprirom - estes proveitosos avisamentos pensei declarar, da boa maneira que devemos teer em tal caso".

COMENTÁRIO: estou usando o sinal trema (¨) no lugar do til (~) em cima das vogais que vêm marcadas com o til na grafia do texto de 1431.

Bibliografia:
FREUD, Sigmund. Edição Standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Volume XIV (1914-1916). Imago Editora Ltda, Rio de Janeiro.
DOM DUARTE. Leal Conselheiro e Livro da ensinança de bem cavalgar toda sela. Colecção Literária 'Atlântida'. 1973, 2a edição.

Refeição Cultural 38 - Simbolismo (IV)

Lendo D. Duarte (Leal Conselheiro, 1431) e Sigmund Freud (início do século XX).

Em foco a saudade, o luto e a melancolia

"Do nojo, pesar, desprazer, aborrecimento e saudade

Antre nojo e tristeza eu faço tal deferença, por que a tristeza, per qual quer parte que venha, assi embarga sempre continuadamente o coraçom, que nom dá spaço de poder em al (outra coisa) bem pensar nem folgar. E o nojo he a tempos, assi como se vee na morte d'alguus parentes e amigos, onde, aquel tempo que per justa falla ou lembrança se sente, o sentimento he muito rijo. Porem taaes hi ha que, passado o dia, logo riim (riem), fallam, e despachadamente no que lhes praz pensom."

Vemos aqui uma conceituação muito interessante de D. Duarte para a palavra nojo como aquele sentimento de pena que séculos depois Freud iria identificar como um sentimento natural de pesar presente nos estados de luto. Sofrimento momentâneo e diferente daquela tristeza continuada que seria identificada como melancolia por Freud.

Identificamos a conceituação de luto por Freud como "afeto normal do luto" [O alemão 'Trauer', como o inglês 'mourning' (luto), pode significar tanto o afeto da dor como sua manifestação externa] (aqui temos uma nota presente na edição que estou usando dos textos de Freud).

Freud em seu estudo sobre luto e melancolia nos avisa que há várias formas somáticas e não psicogênicas de melancolia, mas que o estudo em questão tratará dos casos de natureza psicogênica indiscutivel.

Na época de D. Duarte, idade média, dizia-se que as pessoas estavam afetadas por um líquido interno denominado como humor merencório.

"O luto, de modo geral, é a reação à perda de um ente querido, à perda de alguma abstração que ocupou o lugar de um ente querido, como o país, a liberdade ou o ideal de alguém, e assim por diante. Em algumas pessoas, as mesmas influências produzem melancolia em vez de luto; por conseguinte, suspeitamos que essas pessoas possuem uma disposição patológica."

Freud considera o estado de luto como normal e até necessário, porém, passageiro. Já a melancolia é fruto de alguma tendência patológica da pessoa.

Vemos assim a mesma descrição feita por D. Duarte quatro séculos antes: "E o nojo he a tempos, assi como se vee na morte d'alguus parentes e amigos, onde, aquel tempo que per justa falla ou lembrança se sente, o sentimento he muito rijo. Porem taaes hi ha que, passado o dia, logo riim (riem), fallam, e despachadamente no que lhes praz pensom". Finaliza depois explicando que "E o nojo nom continuadamente se sente".

Freud descreve as características comuns do estado de luto e melancolia:

"Os traços mentais distintivos da melancolia são um desânimo profundamente penoso, a cessação de interesse pelo mundo externo, a perda da capacidade de amar, a inibição de toda e qualquer atividade, e uma diminuição dos sentimentos de auto-estima".

Todos estes sentimentos estão presentes no luto. A diferença entre eles é: "A perturbação da auto-estima está ausente no luto."

COMENTÁRIO: ao final das leituras talvez consiga compreender um pouco mais a minha melancolia ou meu luto por perdas de ideais ou sei lá o que... bom, ao final posso não ter parido um trabalho de literatura até porque preciso achar um liame entre este estudo e pelo menos o Saudosismo Português, sem falar no Simbolismo, mas quem sabe não descubra meu humor merencório.


Bibliografia:
FREUD, Sigmund. Edição Standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Volume XIV (1914-1916). Imago Editora Ltda, Rio de Janeiro.
DOM DUARTE. Leal Conselheiro e Livro da ensinança de bem cavalgar toda sela. Colecção Literária 'Atlântida'. 1973, 2a edição.

Refeição Cultural 38 - Simbolismo (III)

Parir um trabalho de Literatura Portuguesa

É amigos!, a questão é: parir um trabalho de Literatura Portuguesa ou desistir mais uma vez de terminar as matérias sempre começadas e nunca concluídas de meu sofrido percurso inútil de quase uma década na Universidade de São Paulo...

O que fiz mais uma vez neste semestre foi sindicalismo e não estudo de Letras.

Já não pretendo escolher um tema e fazer o trabalho final da matéria de Literatura Espanhola cujo tema interessantíssimo é a questão do exílio no temário dos autores do período da ditadura de Franco no pós Guerra Civil Espanhola.

Um tema possível a desenvolver no trabalho sobre o Simbolismo e a questão da Saudade e/ou Saudosismo seria uma leitura comparativa das definições de D. Duarte, infante e depois rei de Portugal e de Sigmund Freud, cientista, médico e psicanalista austríaco.

D. Duarte inova no século XV, em 1431, a língua romance, ou seja, a Língua Portuguesa em seu nascedouro, com uma obra que conceitua e interpreta os diversos sentimentos e questões d'alma, e inclusive, recomenda como evitá-las ou superá-las.

Quatro séculos depois, o psicanalista e cientista Sigmund Freud vai analisar a questão do luto e da melancolia de maneira mais correspondente aos avanços científicos e sociológicos do século XIX.

A obra de D. Duarte em questão é "Leal Conselheiro". Em seu Capítulo XXV - Do nojo, pesar, desprazer, avorrecimento e suydade - o autor nos explica as diferenças inerentes a cada sentimento.

Eu confesso que a leitura do capítulo é bastante interessante. Fiquei imaginando um jovem monarca filosofando sobre sentimentalidades e buscando interpretar os males d'alma da lusitaneidade. Quando lemos hoje, século XXI, os conceitos dados por ele ficamos estupefatos porque têm sentido ainda.

É isso! teria que ser sábio o suficiente para pôr em cinco folhas um ensaio convincente a respeito do assunto.

SERÁ?...