quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Rio Branco (Biografia), de Álvaro Lins


OIT, Turim - Itália, 2009. 
Foto de William Mendes.


Lendo o primeiro capítulo do livro de Álvaro Lins, ele nos diz que D. Pedro era contrário a ideias de anexação dos países do Prata ao território brasileiro.

"Os estadistas mais novos, como Paranhos, achavam, ao contrário, que a intervenção seria a única maneira de obter a paz entre o Brasil e os seus então turbulentos vizinhos da Argentina e Uruguai. Também este era o pensamento do jovem Imperador. A sua orientação está por inteiro nesta frase: 'Protesto contra qualquer ideia de anexação de território estrangeiro'. Completada com outra dirigida ao Ministro Quesada: 'Nenhuma mudança na geografia política da América do Sul' ".

ROSAS E A IDEIA DO VICE-REINADO DO PRATA

"Alteração da geografia política da América do Sul era sem dúvida o sonho imperialista de Rosas: a constituição do vice-reinado do Prata, com a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e a Bolívia".

BRASIL AO LADO DE MITRE E SARMIENTO

"O papel da diplomacia seria dispor os problemas e os quadros de tal modo que ficasse evidente que agíamos no sentido da libertação e da maior autonomia da Argentina e do Uruguai, e não da sua escravização. Consistiu a tática da diplomacia imperial em obter alianças poderosas dentro da própria Argentina. Ligado aos governadores de Entre-Rios e Corrientes contra o de Buenos Aires, o governo brasileiro não contribuía só para libertar a Argentina de um governo tirânico, mas também concorria para a sua unificação, para a sua unidade nacional. Lançava-a ao encontro de Mitre e Sarmiento".

LIMITES BRASIL-URUGUAI: UTI POSSIDETIS

"Só a 22 de abril de 1853 Paranhos conseguiu a assinatura do Acordo, complemento do Tratado de 15 de maio de 1852, pelo qual 'sendo o uti-possidetis a cláusula que deveria determinar o traço da linha divisória entre Chuí e São Miguel, essa linha devia correr entre os passos gerais dos mesmos arroios, descendo pela margem direita do São Miguel até a Lagoa Mirim, e que, por conseguinte, não tinha lugar o traço que pretendera o comissário oriental' ".


Bibliografia:

LINS, Álvaro. Rio Branco (Biografia). Editora Alta-Omega. Funag, 1995.


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