domingo, 24 de janeiro de 2010

Caminhada e dia de domingo: Jovens devem ler originais ou adaptações?


Minha família querida: pai, sobrinha, 
mãe e sobrinho em nov/09.

Caminhada longa pela manhã. Fez Sol - foi um intervalo em um fim de semana chuvoso. Viajei com o canto das cigarras e pássaros naqueles instantes. Andei uns 8 km.

Voltando para casa, voltei à realidade: palavras e pensamentos em vão!

Leitura da revista Carta Capital n.579 sobre a chiadeira dos conservadores em geral - igreja, militares, elite e grande mídia - sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos do governo federal, o PNDH 3.

Reli um pouco da obra Vidas Secas para analisar o quanto é absurdo a escola de meu filho mandar comprar clássicos "adaptados para jovens" ao invés de mandar os jovens lerem os próprios livros. (Quando comecei a ler este de Graciliano, havíamos pensado que também era para comprar uma adaptação dele. Depois descobrimos que era para comprar uma adaptação da Jane Austen - o que discordo da mesma forma)

A escola mandou comprar uma adaptação de Razão e Sensibilidade, de Jane Austen (ainda é lacuna cultural para mim, pois não li a obra, apesar de tê-la).


TEORIA LITERÁRIA

Eu não sou favorável a mandar jovens lerem adaptações de livros clássicos. Acho que seria melhor escolher livros com linguagens mais adequadas a cada idade do que ler clássicos reescritos por outros.




Aliás, quando afirmo isto, de ter idade certa para uma leitura qualquer, vou mais na linha do professor Hansen (USP) e contra a opinião do professor Antonio Candido (USP), que acredita que todo tipo de obra de arte, incluindo a literária, deve ser fornecida a qualquer tipo de pessoa, pois cada pessoa, cada jovem, pode estar mais ou menos preparado para várias linguagens literárias.

Essa moda de "adaptar" para facilitar o entendimento de jovens é um dos motivos da (des)educação de hoje estar criando seres automáticos e sem capacidade de pensamento reflexivo.

Como querem criar máquinas e robôs que pensem como gente se estão fazendo gente "pensar" como robôs - burros, vazios de emoção e que só servem para seguir instruções induzidas pelos comandos ("márquetim" e moda, no caso humano)?

Me preocupa ver os jovens que vão mandar no mundo de amanhã... Eu os vejo nas praças de alimentação e, às vezes, sinto repulsa... que nháca!


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