quinta-feira, 6 de maio de 2010

CHE e a ideia de amigo

"Ainda sou o mesmo solitário tentando encontrar um rumo [...] Mas agora tenho noção do meu dever histórico. Não tenho nem lar, nem esposa, nem filhos, nem pais, nem irmãos. Meus amigos são amigos desde que, politicamente, pensem da mesma maneira que eu. E, ainda assim, eu sou feliz"

(Che Guevara, em uma carta para a mãe quando já haviam conquistado o poder em Cuba pela revolução)

Esta citação me fez lembrar de um texto de reflexão pessoal que fiz certa vez onde pensava em conflitos por ter pessoas ou parentes que considerasse como amigos e que eram de posição política contrária à minha.

Tentei me convencer que eu estava errado em não considerar um amigo àquela pessoa que pensa o oposto a mim em política. Mas, é muito difícil.

Tinha um "amigo", ex-colega do Banco do Brasil, que me mandava uns emails dizendo o diabo da esquerda e que queria que os petistas e o presidente Lula se fodessem e que eram todos uns "pulhas"...

Engraçado! O cara está me chamando de pulha e eu vou fazer o que? Dizer que amigo pode ter posição política oposta à minha? Ser democrático é uma coisa, mas dizer que tem "amigos" que votam no seu inimigo, no seu adversário, adversário que, conforme a situação, quer ou tentará te eliminar fisicamente NÃO DÁ!

Não penso de forma tão intensa como a citação de CHE, mas concordo em parte com a ideia.


TAGS: ERNESTO CHE GUEVARA, AMIZADE

Bibliografia
REID-HENRY, Simon. Fidel e Che - Uma amizade revolucionária. Editora Globo, 2010.

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