sábado, 1 de junho de 2013

Faroeste Caboclo - O Filme... Emocionante!


Cartaz de divulgação do filme

É emocionante superar as expectativas quando vamos ao cinema ver um filme de uma estória famosa, que fez parte de nossa adolescência e, de certa forma, de nosso mundo real.

Ainda mais quando essa estória é uma das dezenas de estórias completas cantadas por Renato Russo e a Legião Urbana, tão nossa desde os anos oitenta até hoje, porque meu filho e todos os filhos dos anos noventa e do século XXI seguem ouvindo tudo da Legião.

Fui à estreia do filme neste feriado de Corpus Christi e gostei demais da adaptação! Fiquei com a garganta apertada algumas vezes durante o filme.

Aquelas bandas dos anos oitenta...
Aquela miséria em que vivi (que vivemos) nos anos oitenta...
Aquela falta de limite dos milico nos anos oitenta...

Cara, o ódio que a gente sente dessa violência gratuita contra pobres e trabalhadores e minorias é muito bem trabalhado no filme.

Aquela playboyzada que nos tratava como subgente... é outra coisa que me lembrou muito a infância e adolescência la nas terras onde cresci.

Engraçado, que não liguei a mínima para lacunas ou diferenças de interpretação em relação à letra da música. Filme é filme. É uma versão. São escolhas de roteiro e direção. E ficou muito bom!


SOLUÇÕES DO ROTEIRO

"Quando criança só pensava em ser bandido
Ainda mais quando com um tiro de soldado o pai morreu"


Muito boa a passagem da infância fragmentada em memória do personagem João de Santo Cristo já na Capital Federal. A interposição do presente da estória com o passado na infância ficou bem legal.


"Chegando em casa então ele chorou
E pro inferno ele foi pela segunda vez
Com Maria Lúcia Jeremias se casou
E um filho nela ele fez"



Maria Lúcia e Jeremias: Achei muito bem bolada a questão do porquê de Maria Lúcia ter ficado com o bad boy Jeremias.


"E Santo Cristo com a Winchester 22
Deu cinco tiros no bandido traidor
Maria Lúcia se arrependeu depois
E morreu junto com João, seu protetor"



O final é inesperado: surpreende, mesmo sendo conhecido! 

Por mais que o filme não seja a música 'ipsis litteris' (pois é uma adaptação), o final surpreende e emociona.


- Vou assistir novamente porque vale a pena. Recomendo!

Nota 10 pro diretor Renê Sampaio, pro roteiro e fotografia, pra Ísis Valverde (Maria Lúcia), pro Fabrício Boliveira (João de Santo Cristo), pro Felipe Abib (Jeremias).

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