sábado, 30 de novembro de 2013

Nós que aqui estamos, por vós esperamos... (Sensação...)


Capa do filme.

Sexta-feira.

Semana cansativa. 

Tristezas domésticas comuns a qualquer joão....

"Grandes personagens, pequenas histórias. Grandes histórias, pequenos personagens".

Escolhi ver esse filme novamente porque era um dos que refletia melhor o sentimento interno que me vai na mente (n'alma!). A trilha sonora inteira é qualquer coisa que aperta o peito, inunda os olhos, arrepia o corpo.

Pessoas comuns. O mundo e toda a história da sociedade humana são feitos de personagens que ficam para a história, e de personagens que levaram uma vida tão lacônica que praticamente foram poeira na existência do mundo.

No mundo temos bilhões de tias alices, de vovós cornélias, de vovós deolindas, de mamães dirces. Temos milhões de gercirs, williams... em quase todas as famílias do mundo temos do mais simplório até aqueles de natureza rude por não se sujeitarem ao status quo e às injustiças presentes. O filme aborda os joãos, os pedros, as marias, alices, cornélias, deolindas, dirces, gercirs, williams...

Mas é como diz uma citação do filme: numa guerra não se morre milhares de pessoas. Se morre uma pessoa que gostava de macarrão, que escrevia poesia, que era pai, que tinha namorada...

Certo joão que apertou milhões de parafusos de Ford T e nunca teve um. Pedros que construíram centenas de prédios e moradias e nunca tiveram uma pra suas famílias...

Fico pensando como foi que meus pais com recursos tão parcos em termos de educação formal e em relação à condição financeira, conseguiram me dar uma base ética e um caráter, bem como me guiar pelo caminho correto nos anos setenta e oitenta. Eles me levaram vivo até o fim da adolescência. Do jeito deles me fizeram ultrapassar o período mais fatal do humano em todos os tempos: a juventude.

Hoje, fico pensando tanta coisa sobre a criação de filhos, a criação dos filhos do mundo nos anos 2013... nos anos 1913... nos anos 2113...

O filme é atemporal, mesmo focando em imagens o século vinte, é atemporal por refletir a sociedade humana.

Sempre encontramos pessoas que ainda não assistiram ao filme. Assistam!

Na existência, tudo é uma espera, TUDO!

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