domingo, 31 de maio de 2015

Corridas - A saúde do Diretor de Saúde



Um ano à frente da Cassi.
Vamos correndo e lutando pela saúde
da entidade e nossa também.

Fechei o mês de maio com uma corrida de 10 km pelas ruas de Osasco (SP) neste domingo frio e de garoa.

Estou completando um ano de mandato na Cassi neste fim de semana. Minha vida teve uma mudança radical de 2014 para cá.

Passei a ter uma rotina de trabalho com um estresse maior ainda do que já tinha como dirigente nacional dos bancários.

Por entender a importância de minha tarefa durante este período de mandato na Cassi, tenho feito mudanças necessárias para tentar reequilibrar minha energia vital e minhas forças. 

Voltei a correr desde novembro do ano passado. No fim dos longos dias de trabalho e poucas horas de sono, quase parei de tomar cerveja e também optei por não cair prostrado no sofá ao chegar em casa, e decidi estabelecer uma rotina de colocar um tênis e sair para correr.

Sempre quis ser cadastrado na Estratégia Saúde da Família (ESF/CliniCassi), mas nunca deu certo quando vivia em Osasco com a família. Agora em Brasília, estamos cadastrados e já fiz dois exames de saúde no último ano.

Enfim, estou fazendo a minha parte porque isso é importante para minha família e para o trabalho que confiaram a mim.

Seguimos firmes encontrando energia para vencer os dias e lutar pelos projetos de saúde da classe trabalhadora que represento.

TREINAMENTO EM MAIO

1. Domingo 3 (DF).........................4,8 km / 30' com sol

2. Quarta 6 (DF)............................5,0 km / 30' noturna

3. Sábado 9 (DF)...........................3,0 km / 25' leve

4. Domingo 10 (DF).......................5,0 km / 29' baixei meu tempo

5. Terça 12 (DF)............................5,0 km / 28' baixei mais ainda meu tempo - show (noturna)

6. Domingo 17 (SP).......................4,0 km / 23'30" Pq. Continental

7. Quinta 21 (PE)...........................5,0 km / 32' Praia de Boa Viagem: noturna

8. Domingo 24 (DF).......................6,0 km / 37' de tarde

9. Segunda 25 (DF).......................5,0 km / 32' noturna

10. Domingo 31 (SP).....................10 km / 63' longão com muita subida, frio e garoa

O mês de maio foi diferente do anterior. Corri neste mês dez vezes, mas percursos menores. O longão deste domingo foi para não diminuir meus limites de distância. Neste mês corri em Brasília, Osasco e Recife.

Como foi um mês de muitas jornadas longas de trabalho e viagens, optei por não alongar as corridas. No entanto, fiquei muito feliz por fazer um percurso que estimo em 5k com o menor tempo dos últimos anos: 28'. Essa melhora tem sentido, porque no mês passado fiz um tempo muito bom para meu histórico na distância: foi na AABB SP.

No mês de abril corri sete vezes, mas fiz o maior longão do ano - 12 km em Uberlândia.

TREINAMENTO REALIZADO NO ÚLTIMO ANO

Novembro/2014 - 41,5 km em 9 corridas.

Dezembro/2014 - 62,5 km em 9 corridas, participei da 90ª Corrida de São Silvestre (15k).

Janeiro/2015 - 48,7 km em 9 corridas e participei da Night Run 10k do Costão do Santinho SC.

Fevereiro/2015 - 42,5 km em 8 corridas com um longão de 10k no fim do mês.

Março/15 - 51,59 km em 8 corridas, incluindo o 9º Circuito de Corridas AABB SP de 5,34k.

Abril/2015 - 46 km em 7 corridas, incluindo o longão de 12k em Uberlândia MG.

Maio/2015 - 52,8 km em 10 corridas, tendo feito uma 5k em 28' e um longão de 10k.

POR MINHA SAÚDE

Percorri correndo nos últimos 7 meses 345,59 km. No mínimo, isso me fez manter um pouco da condição cardio-respiratória e muscular nos membros inferiores, melhorei o sistema digestório e circulatório, mantive bons níveis de HDL no sangue e devo ter dormido um pouco melhor por isso. 

Se estou bem ou não de saúde, é coisa a se avaliar. Por exemplo, estou com o ombro esquerdo com muitas dores. Mas sem dúvidas, estaria pior se não fosse essa agenda de corridas que forcei acontecer até agora.

domingo, 24 de maio de 2015

Será que vamos voltar ao Estado de Natureza?



Desenhos... num momento, decidi ver como estava esse dom
que também tive em certo tempo em meu eu.

Refeição Cultural - Será que vamos voltar ao Estado de Natureza?

Fim de dia. Fim do domingo. Estou meio-que... o tempo necessário para descansar não foi suficiente. Cheguei ontem à noite do trabalho e vou madrugar para trabalhar. Mas... a vida é assim. Vou me concentrar em economizar energia porque a semana será longa até o fim do próximo sábado.

Corri pela tarde com temperatura de 24º e percebo a mudança do clima brasiliense em fim de maio; está ficando mais seco. Fiz um trote de 6k em 37'.

Reflexões a partir da observação da vida animal em estado natural

Faz algumas semanas que tenho assistido aos domingos programas abordando a vida na natureza. Isso me leva a reflexões constantes sobre a nossa vida humana neste momento em que estamos de nossa história.

A vida em estágio natural é uma eterna luta pela sobrevivência. Se mata para viver a todo instante. E sobrevivendo com água e comida, alguns seguem, outros viram comida do outro na cadeia alimentar. Nós humanos conceituamos a natureza de "bela" por suas cores, tons, animais, plantas, formações geológicas etc. Viver na natureza, sem regramento que limite ações, necessidades e desejos individuais, sem espírito de proteção e apoio coletivo em sua espécie, ou até em parceria com outras espécies, é muito difícil e com probabilidades bem menores.

Somos animais mamíferos. Simples assim. Como diz o documentário "Ilha das Flores" somos mamíferos bípedes, com polegar e telencéfalo altamente desenvolvido. Saímos do puro estado de natureza há alguns milhares de anos e paramos de viver como os animais vivem em meio à natureza selvagem.

A necessidade de proteção grupal, estabilidade, provisão de víveres e o desejo de amor e companhia nos fez construir espaços comuns e estabelecer regras e limites individuais para o bem coletivo. Desenvolvemos tecnologia ao longo de nossa história para nos ajudar a dominar o espaço e prover todas as necessidades que tínhamos e as que fomos criando.

Nessa história ao longo do tempo e por todo o globo terrestre sempre houve momentos de ruptura dos contratos sociais que definiam regras e limites. As rupturas levaram a guerras e extermínios entre nós da mesma espécie. Não podemos esquecer que nossa espécie humana também teve e segue tendo uma capacidade impressionante de extermínio de todas as demais espécies por onde quer que decidamos nos instalar. Nós destruímos e alteramos tudo ao nosso redor.

Construímos ao longo de nossa história, várias experiências positivas e negativas de sociedades com mais igualdades de direitos e com menos igualdades de direitos entre todos os participantes dessa sociedade.

Ao estudar nossa história humana, ser participante da sociedade contemporânea e olhar ao meu redor, fico assustado com o rumo que estamos tomando, nós animais mamíferos que somos. Vejo que nosso futuro está em risco e tenho uma leitura de que estamos caminhando para voltar ao Estado de Natureza, sem regras e limites definidos para termos segurança, provimento, amor e melhor perspectiva de paz.

Inteligência Artificial pode por em risco a raça humana?

Vi também um programa que mostra a preocupação de grandes mentes do ramo dizendo que há sim um risco de alcançarmos nas próximas décadas um salto tecnológico que pode fazer com que a Inteligência Artificial se torne independente de nossas ordens e autônoma enquanto espécie. Ela teria a capacidade de se estabelecer no planeta Terra exatamente como nós fizemos até hoje e nós nos tornaríamos apenas mais uma raça animal sem estar no domínio das coisas.

E a pergunta que parte dos cientistas está fazendo é qual a necessidade de se seguir nessas pesquisas? Eu não vejo nenhum sentido nisso, francamente.

Qualquer tecnologia pode ser usada para o bem e para o mal. Desde sempre. Mas ela pode ameaçar a existência humana e de outras espécies também.

Eu tenho a preferência por tentar me manter humano, utilizando meu cérebro e minha capacidade acumulada de me importar mais com a vida em coletividade e com a busca de amor e felicidade para o conjunto dos animais mamíferos humanos em suas comunidades. E logicamente isso só é possível para a raça humana se nos atentarmos também para a conservação do planeta que nos abriga e sua biodiversidade, que é um achado no cosmos, com uma multiplicidade de casualidades naturais que geraram as condições de vida como a conhecemos.

É isso!

William Mendes

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Diário - 130515


Brasília!

Madrugada de quarta-feira 13.

Mas vamos falar da terça-feira 12, que foi o dia da primeira mesa de negociação entre o Banco do Brasil e os representantes das entidades sindicais e associativas do funcionalismo para debater soluções para a sustentabilidade da Cassi - Caixa de Assistência, maior entidade de saúde no modelo de autogestão do país.

Como as partes definiram que os eleitos não estariam nesta primeira mesa, segui minha rotina de trabalho. Terça é dia de reunião da Diretoria Executiva da Cassi. Ou seja, saí de casa cedo e voltei cerca de 21h, seguindo a rotina de umas 12 horas de trabalho diário.

Eu teria ainda uma reunião com companheiros de trabalho e aliados a respeito da agenda da quarta-feira, quando realizaremos a Conferência de Saúde da Cassi no DF.

Me veio o convite: vamos conversar tomando uma cerveja e comendo alguma coisa? Meu organismo foi rápido na reflexão e na resposta. Me desculpei e preferi ir para casa descansar um pouco para a semana que ainda terá uma longa jornada com eventos públicos e viagens na quarta, quinta e sexta.

Enfim, cheguei quase 21:30h e o que decidi? Quedar no sofá ou sair para correr?

Coloquei um tênis, um calção e fui pra rua correr. Acho que estamos em um dia considerado frio para o pessoal de Brasília: 16º.

Corpo quebrado nos primeiros passos... fui aquecendo, as dores no corpo foram sumindo.

Fiz o circuito que calculo de uns 5k. Já fiz em até 36' o percurso. Nesta terça foi fan-tás-ti-co meu ritmo pós jornada de 12 horas de trabalho.

Fiz os 5k em 28'30". Acho que foi o meu melhor tempo para esse percurso em muitos, muitos anos.

Legal! Ainda mais considerando que comecei o mês de maio todo alquebrado fisicamente. Fiz um esforço tremendo para obter bom ritmo na corrida cada vez que fui pra rua.

Já corri 5 vezes nestes 12 dias do mês.

Estou me virando como posso para me fortalecer, não quebrar e ter estrutura para enfrentar a jornada física e psicológica que tenho tido desde que iniciei a nova missão de representação.

Vou dormir agora, quase duas da manhã e acordar às sete e meia para nossa Conferência de Saúde.

Mas tudo vai dar certo. Estamos no caminho com coração forte e firme nas convicções.

William Mendes

domingo, 3 de maio de 2015

Para sempre Alice - O risco de não sermos mais nós mesmos


Julianne Moore interpreta linguista com Alzheimer
no auge da carreira. Poster do filme (2014).

Refeição Cultural

Sinopse do filme:

A história aborda o surgimento precoce da doença de Alzheimer numa professora de linguística ainda no auge de sua carreira, aos 50 anos de idade, e os espectadores acompanham o drama que ela e a família vivem com o avanço da doença.

Comentário e reflexões

Ver esse filme me deixou muito reflexivo. Fiquei pensando sobre a vida e sobre a minha vida. 

Em relação à existência das pessoas, pensei o quanto nós somos frágeis e o quanto pode ser em vão, de certa forma, todos os nossos planejamentos, previsões e provisões para o amanhã. Por outro lado, não podemos abrir mão disso porque o que nos caracterizou como animais racionais tem muita relação com a questão do planejamento e da previsibilidade do amanhã para a comunidade e para seus indivíduos. Um dos males da atual fase do Capitalismo, a "flexível", é justamente a perda do conceito de "tempo longo" para as coisas. Richard Sennet aborda isso em seu ensaio "A corrosão do caráter".

Em relação à minha vida, ufa, fiquei durante todo o feriado pensando sobre o meu amanhã incerto e a quantidade de coisas que eu me programei para fazer em relação aos desejos de meu próprio ser. Aquilo que não tenho conseguido fazer ao longo das décadas de minha vida por ser um proletário que vive da venda da força de trabalho desde os onze, doze anos de idade. Como, por exemplo, as dezenas de livros que sonho em ler e os desafios de esporte e viagens.

Estou com 46 anos e sei que não farei nada até próximo dos 50 anos em relação aos meus desejos e realizações pessoais, além do trabalho que estou destacado a fazer que me consome a vida diária, semanal e integral. Mas cumpro minha missão com diligência e dedicação, pois sei da importância coletiva dela.

Ver o filme e lembrar das casualidades da vida me assustou. E se amanhã acontecer comigo algo do gênero e eu deixar de ser eu mesmo? O que vai ficar?

Nesta semana, durante minhas jornadas extensas de trabalho com nível de estresse nas alturas, acabei tendo algum colapso físico que me deixou uma madrugada toda mal fisicamente, com o meu corpo cobrando os excessos de dedicação ao trabalho e o estresse gerado e estive mais frágil fisicamente os dias seguintes. Agora estou só resfriado e me recuperando, mas sei que fui alertado.

Tenho uma certeza e uma clareza como a água de Bonito (MS). Sei que somos hoje o que sobrou de ontem, com toda a carga de investimentos em saúde e excessos contra o corpo e mente que fizemos, ou que nos fizeram, desde que fomos gerados. Esse corpo e mente, além das cargas genéticas, traz muita carga de trabalho pesado, hormônios mil por raivas, tristezas e outros jorros hormonais de sentimentos extremados.

A história da professora de linguística Alice Howland (Julianne Moore) me serviu para pensar por esses dias em como devo tentar fazer a minha parte em cuidar de mim mesmo porque a carga genética e os acúmulos e excessos que já trago de meu duro percurso existencial podem me pegar a qualquer momento.

Se no trabalho político, fazendo o melhor de mim até o limite, já senti a diferença absurda em relação ao apoio, companheirismo e envolvimento coletivo de quase todos que me colocaram nesta missão - porque o cenário é de dificuldades - imaginemos se eu quebrar no caminho, com quantas pessoas vou poder contar além de três ou quatro que hoje dependem de mim como esteio de família?

O filme teve neste espectador o efeito catártico que se espera da sétima arte.

Vale a pena ver.

William