domingo, 28 de agosto de 2016

Diário - 280816



O ipê amarelo com fundo azul do céu
é algo que nos acalenta.

Refeição Cultural

Está terminando o meu fim de semana. Como tenho necessitado de sábados e domingos para descansar um pouco... e quando vejo já acabaram os dois dias e eu ainda queria mais...

Tenho escrito muito nos últimos meses. Acho que nunca escrevi tanto em minha vida. E ao mesmo tempo, nunca tive tão pouco tempo livre. Estava refletindo a respeito disso. Entendo que temos que registrar o que está acontecendo em nossa vida, em nosso país, no mundo atual.

Vejam que privilégio que temos, nós leitores e apreciadores da história do mundo, ao lermos os diários do filólogo Victor Klemperer (ler no Blog AQUI), um judeu alemão que viveu, presenciou e anotou tudo que percebeu ao longo de toda a ascensão do Terceiro Reich, desde 1933 até o final da 2ª Guerra Mundial, estando dentro da Alemanha, sendo vítima desde as primeiras medidas nazifascistas contra os judeus e demais povos excluídos e perseguidos.

Ou então, pensem no quanto é importante podermos ler os diários de Anne Frank (ler no Blog AQUI), na mesma condição de vítima daquele regime e daquela época.

Eu entendo que todos nós temos que escrever muito e deixarmos nossas opiniões "subversivas" ou alternativas ao sistema de comunicação hegemônico que é totalitário e avassalador - os meios midiáticos golpistas (P.I.G.) -, sistema que molda e direciona até nossos amigos, conhecidos do trabalho e familiares a defenderem os interesses deles, donos do poder econômico e de comunicação de massas. Estamos vivendo tempos de retrocesso nos direitos humanos e há que se registrar isso através de nosso cotidiano.

Enfim, o que posso registrar de meu fim de semana?



Enfim, assisti ao conjunto de filmes da saga Mad Max.

Mundo Mad Max

Assisti ao 4º filme da série Mad Max, vendo pela primeira vez o filme lançado em 2015. Eu não conhecia ainda está sequência. Já fiz duas postagens refletindo sobre o contexto que o cenário da estória traz a respeito de um mundo devastado após guerras, onde o petróleo é uma das coisas mais importantes naquele mundo distópico (ler AQUI e AQUI).

O filme é repleto de ações e muita violência. Foi interessante assistir aos quatro filmes na ordem e de uma vez como fiz na semana passada e nesta.

Tem um momento no filme que eu poderia trazer para nossa realidade - um país sob Golpe de Estado e num mundo em crise global. Quando o andarilho Mad Max e os fugitivos chegam a um determinado ponto do deserto, em fuga e lutando pela sobrevivência contra o grupo majoritário, concluem que seguir adiante não é a melhor opção, fugindo de uma terra onde a vida é possível, mas que está dominada pelo grupo majoritário no poder, pelo sonho de uma terra que sequer sabem se existe. Decidem voltar e lutar pela terra que existe e que pode ser uma alternativa de futuro.

É de se pensar a respeito, já que provavelmente estaremos nós num país que nesta semana que entra pode efetivar o Golpe do Impeachment a uma presidenta sem crime e eleita pela maioria do voto popular. Com o fim da democracia, que fazer?


Lendo o 6º livro de José J. Veiga.

Leituras

Não consegui ler muito neste fim de semana. Peguei para ler mais um romance do escritor José J. Veiga. Estou determinado a ler toda a sua obra.

Já li neste ano, quase que na ordem cronológica de lançamento, Os cavalinhos de Platiplanto (1959), A hora dos ruminantes (1966), A máquina extraviada (1967), Sombras de reis barbudos (1972), O professor Burrim e as quatro calamidades (1978) e agora estou lendo Os pecados da tribo (1976).

Já adquiri praticamente toda a obra dele e ainda ganhei nesta semana, de presente dos colegas de trabalho em Rondônia, o próximo na fila para leitura - De jogos e festas (1980).

A leitura de José J. Veiga é extremamente atual, mesmo ele afirmando que não quis fazer vinculação de seus personagens e dos contextos em suas obras ao período de exceção do regime militar brasileiro, o clima e o cenário em seus contos, romances e novelas são impactantes ao nos colocar em reflexão profunda a respeito do estranho, do outro que chega e desfaz um mundo estável, do clima de opressão, etc.


Brincando de nominar as coisas:
Árvore bela com flores
escovinhas vermelhas.

Não corrida e não esporte por causa de contusão, mas sigo na observação das flores

Estou contundido desde a semana passada. Não estou podendo caminhar, correr e pedalar. É difícil para quem não pratica esporte entender o quanto a gente sofre por não poder chegar do trabalho ou no fim de semana e colocar um tênis para correr.


Bela árvore com escovinha vermelha.

Mas andando de pouquinho, ao menos vi umas flores, uma natureza que nos cativa, como a que temos aqui em Brasília. Vamos sarar logo e retomar as corridas...

Aí então nosso treinamento será com o foco na corrida de São Silvestre no final do ano e na manutenção da condição de saúde para enfrentar o estresse diário que vivo.


Flores escovinhas vermelhas.

Vamos à luta, e vamos seguir registrando muito tudo o que está ocorrendo no mundo e no nosso mundo. Somos atores políticos e seres sociais, a história não é feita de heróis, é feita de gente como todos nós e todos os dias.

William

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