sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Diário e reflexões - 281016



Flamboyant...
Simples e belo...

Estou em Brasília, Distrito Federal do Brasil.

Cheguei nesta sexta-feira de Maceió, Alagoas, onde estive trabalhando nos últimos dois dias. Confesso que estou cansadíssimo. Apesar de ter chegado antes das oito horas da noite, não tive a menor condição de andar ou correr por causa do prego que estou.

Sentei no sofá para dar um respiro. Saudades da família. Liguei para os meus pais lá em Minas Gerais, distantes de mim mais de 400 km. Depois liguei para minha esposa, que está a 1000 km de distância. Por fim, liguei para meu filho, mais de 700 km de distância e eu não o vejo há quase um mês. Esta tem sido minha vida há muitos anos, desde que assumi tarefas militantes no movimento dos trabalhadores. Lutar por um mundo melhor tem um alto custo pessoal, juro a vocês.

Estou precisando de umas férias... mas não terei descanso nem um respiro nos próximos meses. Semana que vem estarei em Belém do Pará, lutando pela causa da saúde e de nossa Caixa de Assistência, uma autogestão dos bancários do BB.

Não vou me alongar, estou deverás com o olho ardendo e com sono. Estou meio zumbi.


Flamboyant... ainda bem que existem as flores e a natureza...

Nesta semana, alternei momentos sociais de crença no ser humano, como ocorreu na minha agenda de trabalho junto à base social que represento; e momentos de nojo e total descrença no caráter e na ética do ser humano (no mundo intra-paredes), ao saber de certos comportamentos canalhas de pessoas que dão tapinhas nas suas costas em sua presença e tentam te destruir quando você não está presente. Que nojo disso!

Por fim, existem as flores, a beleza da natureza, o carinho de pessoas que respeitam a gente, existem as utopias para nos dar o caminho a seguir. Nós somos militantes e nossas lutas são causas que assumimos. Sigamos no front fazendo o bom combate e deixando as feridas secarem.

Tchau leitores amig@s.

William

Post Scriptum...

No silêncio do lar, não teve como não passar pela minha cabeça a busca do sentido de tudo isso... todo o esforço que fazemos em prol do coletivo, a doação pessoal... e fico lembrando da votação do povo paulista nas eleições de 2 de outubro deste ano, dando mais da metade dos votos válidos para aquele sujeito eleito (um bilionário que caga e anda para o povo e para a cidade) e o prefeito inovador Haddad recebeu 16% de votos. Depois do resultado desse fatídico dia para o povo paulistano, não paro de pensar no sentido de todo esforço que a gente faz em benefício dos trabalhadores para depois fazerem o que eles fizeram na cidade onde nasci...

Vemos e sentimos o gasto de nossa energia, nossa saúde, nosso tempo de vida (curto para tudo que gostaríamos de fazer) e fico pensando o sentido de tudo isso.

O capitalismo e a ideologia dos poucos donos de tudo acabam sempre vencendo porque é mais fácil ser ignorante, viver dopado com as drogas manipuladoras. É bem mais fácil pensar em si que nos outros... 

Nós escolhemos uma profissão de fé meio inglória.

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