sábado, 26 de maio de 2018

Não se deve condenar um inocente




Assisti novamente ao filme "12 homens e uma sentença", na versão de 1957 com Henry Fonda. Tenho me manifestado pouco publicamente, em face dos acontecimentos em que temos vivido nestes tempos difíceis. Mas quis dizer aos amigos leitores do blog que este filme é necessário nos tempos que correm.

Assisti ao filme em prantos. Na minha opinião, o filme "12 angry men" é um dos filmes mais indicados do mundo para levar cada telespectador à reflexão sobre justiça, igualdade de condições, sobre intolerância, sobre preconceitos e pré-julgamentos, sobre questionamentos às conclusões fáceis, sobre a responsabilidade de se condenar indevidamente uma pessoa, um ser humano.

O respeito aos direitos de uma pessoa, em qualquer condição que ela se encontre, seja ela do topo da pirâmide social, seja ela da base da pirâmide, tenha ela as opiniões que tiver sobre diversos temas, situe-se ela onde achar melhor no espectro político, enfim, cada um de nós é um ser humano, é uma história de vida, é uma possibilidade de presente e futuro.

Um garoto está no banco dos réus, acusado de ter assassinado o pai. Após os seis dias de julgamento no júri popular, doze homens devem se reunir numa sala e decidir se ele é culpado ou inocente. Como se trata da vida do rapaz, que pode ser absolvido ou condenado à cadeira elétrica, o juiz avisa que a decisão deve ser unânime, e que ele deve ser inocentado se houver dúvida razoável, e condenado se todos tiverem certeza de sua culpa.

Senti a necessidade de rever esse filme ao acordar neste sábado. Julgamentos e acusações, e condenações, viraram a tônica dos momentos que vivemos no Brasil. Pesos e medidas diferentes para casos semelhantes em avaliação também marcam os duros tempos. E isso está ocorrendo nos espaços públicos e privados, os tempos são de julgamentos, de condenações, de caça às bruxas, de destruição de reputações. De arbítrios.

Nós não podemos esmorecer, desanimar com toda essa crise ética e de valores que ronda nossos espaços sociais. Temos que acreditar no ser humano, na força da verdade, e lutar para que prevaleça o respeito e a justiça para todas as pessoas, todas. Se uma sociedade não acreditar mais na justiça e na solução pacífica das controvérsias, ela toda, a sociedade, irá ruir para o caos e todos perderão, independente do locus onde estejam.

Eu estou me esforçando para acreditar que é possível encontrar justiça nos homens e nas coisas dos homens. Fica difícil viver em sociedade se não acreditarmos na justiça, nas pessoas que decidem sobre a vida dos outros o tempo todo.

William (cidadão, bancário)

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Post Scriptum (9/06/19):

Quando revi este clássico que aborda a questão mais importante da justiça, que deve ser nunca condenar uma pessoa e tirar dela a liberdade se não houver a certeza da culpa, eu estava movido por forte emoção. 

Lula havia sido preso sem nunca cometer crime algum, em processos inventados pelos inimigos políticos por ele ser quem era. E o pior é que esse homem inocente segue preso até hoje. Dilma havia sido afastada e roubaram-lhe o mandato de presidenta do país, dado a ela por 54,5 milhões de brasileir@s em um processo vil, inventado e encaminhado por uma camarilha de corruptos que assumiram o poder e destruíram o país. Eu estava passando por um processo absurdo de assédio moral onde atuava em um mandato eletivo em nome dos trabalhadores, baseado em um processo vil montado contra mim, também inventado e sem provas materiais e sem que eu tivesse descumprido qualquer norma da entidade (processo movido por causa de uma carta anônima muito suspeita).

Neste domingo, dia 9 de junho de 2019, praticamente um ano depois desta postagem, o site The Intercept divulgou denúncias materiais sobre a condenação sem provas do presidente Lula, condenação e prisão a partir de um conluio do próprio juiz responsável pelo caso e os procuradores do ministério público, caso que nem era para ser em Curitiba, mas o conluio tinha o objetivo de impedir Lula e o PT de chegar ao poder após ser retirado por golpe ilegítimo contra a presidenta Dilma.

Será que agora o povo acorda? Será que as instituições honestas que embarcaram nessa manipulação para fraudar as eleições gerais no Brasil em 2018 vão se reposicionar e ficar ao lado da democracia e do povo e da verdade?

Vamos ver.

#LulaLivre
#LulaInocente
#NovasEleições

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