domingo, 28 de fevereiro de 2010

Limpando hemerotecas


Wmofox, desenho 2 (em parede).

Refeição Cultural


Estou em casa, em um domingo qualquer, limpando e expurgando meus nacos de cadernos de jornais.

Caderno de esportes do final de 2008, anunciando o hexacampeonato do São Paulo Futebol Clube: fala sério, para que guardar isso? Fora!

Caderno Ilustrada da Folha com capa de Tarsila do Amaral. O texto anuncia que saiu um catálogo da dita cuja. Não tem necessidade de guardar isso, pois existe um bom acesso ao tema em mundo virtual.

Lendo um texto no caderno Mundo, da Folha de 7.dez.2008, sobre Noam Chomsky, linguista que completou 80 anos em 2008 e que dizia não se iludir com a eleição de Barack Obama para a presidência dos EUA (hoje, podemos dizer que ele tem uma excelente leitura de contexto e conjuntura política).

Quem é o cara? “Nascido na Filadélfia e professor emérito do MIT, onde leciona há 53 anos, Chomsky é considerado o pai da linguística moderna. De acordo com sua teoria, chamada gramática transformacional, toda sentença inteligível contém não só suas regras gramaticais peculiares como o que batiza de ‘estruturas profundas’, uma gramática universal que serve a todas as línguas”.

Chomsky diz ser mais importantes as eleições de Evo Morales e Lula da Silva, na Bolívia e Brasil respectivamente, que a de Obama nos EUA. Diz também que a democracia americana é muito mais uma construção não-democrática, “um tipo de ditadura por escolha”, via marketing, do que uma democracia real, que conte com a “participação” do povo e não com a encenação de uma peça teatral, onde o povo só assista ao espetáculo.

Li uma entrevista de novembro de 2008, no caderno Mais da Folha, com o “medievalista” Hilário Franco Jr. sobre a ascensão do São Paulo Futebol Clube e do futuro do futebol. A teoria dele é de que o futebol é o retrato da sua sociedade. Aqui no Brasil, nós torcedores não teríamos a arrogância de uma nação vitoriosa ou imperialista como têm os torcedores ingleses ou argentinos.

Para mim, o mais "hilário" de tudo é o jornal ou o próprio dito-cujo chamar o "Hilário" de “medievalista”. É... tipo assim, bem pós-moderno e... medieval ao mesmo tempo!

É isso! Aprendi que guardar papeis para outra hora é algo ao menos hilário!

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