Conto: Obscenidades para uma dona-de-casa
Ontem, vi na tevê uma matéria de jornal sobre pais indignados com a secretaria da educação (da porcaria do governo tucano do estado de São Paulo) por algumas escolas estaduais adotarem em sua bibliografia o livro "Os cem melhores contos brasileiros do século", organizado por Italo Moriconi.
Haveria no livro um conto impróprio para os adolescentes por conter expressões eróticas e palavras de baixo calão. Se trata do conto "Obscenidades para uma dona-de-casa" de Ignácio de Loyola Brandão.
Hoje pela manhã, peguei o livro e li duas vezes o conto de Brandão, conto que eu não conhecia. Gostei!
Fiquei pensando no absurdo de tentar-se censurar obras de literatura em pleno século XXI. Neste caso, eu estou com a secretaria da educação do estado e apóio a inclusão do livro na bibliografia.
Não é possível alguém querer censurar a expressão de quem pensa diferente de si mesmo em qualquer tema como literatura, religião, opinião política etc.
Atenção: não confundir o direito humano à liberdade de expressão com o direito "privado" atual da liberdade de imprensa de alguns grupos!
É óbvio que não estou com isso concordando com a libertinagem da grande mídia, ou seja, com os poucos donos de toda a estrutura midiática do país de impor somente o massacre (des)informativo deles - normalmente confundindo "liberdade de expressão dos indivíduos" com "liberdade de imprensa" - pois essa mídia comercial tem liberdade até demais e não permite aos cidadãos comuns explicitarem as suas versões das coisas em seus jornalões, revistas e tevês.
MAS, FIQUEMOS ATENTOS AO ETERNO RISCO DE CENSURA À LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
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