segunda-feira, 30 de agosto de 2010

FLC0383 - Literatura Portuguesa IV

Aula do professor Helder de 20/8/10.

Tópicos abordados na classe:

- Trovas do século XVI
- Bandarra
- D. Sebastião desaparece no final do século XVI (Batalha de Alcácer-Quibir em 1578)
- Associação com o mito do Encoberto
- Fim da autonomia portuguesa 1580-1640
- Pe. Antonio Vieira (XVII) retorna com o mito do sebastianismo/messianismo
- Ideia do Quinto Império = recuperação da glória portuguesa do passado
- Saudosismo = aquele olhar para o passado para projetar futuro melhor ou igual
- Marquês de Pombal = após Iluminismo fica mais difícil o mito do sebastianismo
- Invasões napoleônicas e vinda da família real para o Brasil

Mesmo sendo difícil o retorno do mito do sebastianismo e messianismo, ele retorna através da literatura e arte com vários autores como Fernando Pessoa em "Mensagem", Almeida Garret, António Nobre etc.

No século XX, Portugal tenta voltar à hegemonia do passado, mas como já vinha ocorrendo nos séculos anteriores, a tentativa se dá sempre pelo campo da cultura e não da economia.

A obra "Mensagem" de Fernando Pessoa seria como que uma solução cultural para o momento político e econômico caótico por que passava Portugal com a ditadura salazarista.

(em sala de aula, houve opiniões de que o projeto cultural português tem cunho imperialista)

O professor comentou a questão comparando um trecho do livro "A nau de Ícaro" de Eduardo Lourenço com a linha de pensamento de Gilberto Freire, pois ambos tratam aos brasileiros - povo e língua - como  "gente meiga e doce".

Eduardo Lourenço estaria falando sobre "colonialismo linguístico".

A ideia geral debatida em classe é de que os portugueses seriam muito ciosos em afirmarem sua hegemonia, ao menos em relação à cultura e à língua.

COMENTÁRIO: até pode ser isso, mas penso que os portugueses têm mais é que manter a tradição de grande apreço e defesa de sua língua e cultura.


IDEIA DO ENCOBERTO

O messias, aquele que chega e salva.

Em "Mensagem" existe o modelo centralizador do império; a espera na vinda do encoberto, aquele que chega e salva.

A aula seguiu falando do NEO-REALISMO português em texto de Carlos Reis.

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