quarta-feira, 18 de agosto de 2010

FLM0617 - Literatura Espanhola: Século XVI

Como perdi a primeira e segunda aula da professora Maria Augusta, recorri ao meu blog para recuperar as aulas que tive em 2009.

No programa deste ano equivale aos dias 04 e 11/08.

(a interpretação conceitual é de minha responsabilidade)

Os séculos XVI e XVII espanhóis são conhecidos como o período ou século de ouro.

Muita coisa cabe dentro desse período. A verdade é que a produção literária espanhola desse período jamais se repetiu em volume e qualidade.

Em geral, o período do século XVI que entra nesse conceito de século de ouro é mais a segunda metade dele.

Naquela época eram incipientes as distinções entre história e literatura.

Panorama do século XVI

Devemos ficar atentos para não cometermos anacronismos ao tentar ler o passado com a visão, o olhar que temos do presente.

Um bom exemplo disso é a leitura da obra de Cervantes – dom Quixote. Ela foi lida de uma forma até o século XVIII e de outra após os românticos do século XIX e XX (aqui, como um herói).

Cervantes pensou em ironizar as novelas de cavalaria da época com um louco. Um louco curioso, mas um louco.

Leitor crítico

Um aluno de letras deve saber ler dentro do contexto histórico de cada obra.

(comentário: aqui, citei para a professora e para os colegas, um excelente texto sobre o leitor crítico em relação ao leitor ingênuo)

Os conceitos de composição literária foram variando ao longo do tempo. No século XVI era importante a questão da imitação.

LEMBRETE

É importante perder o preconceito ao ler os textos do passado

Histórico do século XV espanhol

Em 1479 se casam Isabel e Fernando, os reis católicos. Começa uma forte política de expansão territorial espanhola.

1492 - um ano marcante para a Espanha Católica

-Cristóvão Colombo chega à América
-Os espanhóis conquistam Granada, última ocupação árabe na Península Ibérica
-A primeira gramática da língua espanhola é publicada por Nebrija-Primeira expulsão dos judeus

O crescimento do poderio espanhol é absoluto. Com o casamento de Juana com Felipe de Áustria, segue a política expansionista (Juana, a louca - filha dos reis católicos – citada no poema de Bandeira).

Agora a Espanha continha toda a Península Ibérica mais Flanders (Bélgica e Holanda) além da Áustria.

O século XVI espanhol foi governado por praticamente dois reis: Carlos V (da Áustria) ou Carlos I (da Espanha) entre 1516-1556 e depois por Felipe II entre 1556-1598.

A reforma protestante também trouxe impactos ao início do século XVI. A Contrarreforma foi bem violenta na Espanha. Basta lembrarmos a Santa Inquisição, que perseguia principalmente judeus e árabes por não terem pureza de sangue, ou seja, não eram “católicos de los cuatro costados” (dos 4 avós).

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