Mandei hoje uma carta fraterna ao grande Mino Carta, uma de minhas referências como pessoa e militante por um mundo melhor. Ele fazia na semana passada uma crítica aos modernos instrumentos informáticos e de mídia e incluiu a Wikipédia. (concordo com ele em tudo, menos sobre a Wikipédia)
"Estamos a dar os primeiros passos de uma época escura, de progressiva decadência? Haverá quem contraponha aos sinais negativos os avanços cientìficos e tecnológicos, alegação discutível, sobretudo em relação a estes. Eu me permito ter medo dos computadores, temo que me engulam com sua bocarra e passo ao largo. E que dizer da Wikipédia e que tais, e das centenas de milhões, talvez bilhões de seres humanos já deglutidos? Quanto aos progressos da ciência, quem hoje está em condições de se incomodar se o homem se encaminha a isolar a antimatéria?"
Olá Mino Carta! Sou mais um de seus milhares de admiradores.
Como defensor da ideia do copyleft e da livre e gratuita distribuição de conhecimento, fiquei surpreso quando você fez críticas à Wikipédia no editorial da revista CartaCapital n.625. Também sou avesso a essa onda dominadora e avassaladora do mundo interligado e informático, mas depois que descobri o conceito da Wikipédia - What I Know Is... - fiquei encantado.
O capitalismo busca se apropriar de tudo, inclusive do conhecimento, e atualmente se utiliza disso para excluir cada vez mais aqueles que não possuem o vil metal.
Acredito na educação e na revolução cultural e pra isso quero partilhar o que sei e gostaria de ter acesso gratuito ao magnífico conhecimento já produzido pelo Homem. Lembro-me de uma palestra do professor Ladislau Dowbor, onde ele explicava que diferentemente das coisas materiais, o conhecimento que cada um tem pode ser partilhado, pois o próprio segue com ele e os demais o multiplicam.
Em meu blog, dou preferência de fonte à Wikipédia e não à Ed. Abril, Globo, e mais meia-dúzia de editoras que dominam e cobram por todo o conhecimento (copyright).
Abraços de seu admirador, William Mendes, blog Refeitório Cultural.
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