domingo, 26 de fevereiro de 2012

"1984" - George Orwell, de 1949


Minha edição é de 1978, comprei em um sebo paulista.


LEITURA DA OBRA

(releitura em andamento...)


“GUERRA É PAZ

LIBERDADE É ESCRAVIDÃO

IGNORÂNCIA É FORÇA”


A leitura da obra de George Orwell, escrita em 1949, pode ser lida e adaptada para os dias atuais simplesmente substituindo-se a personagem principal do totalitarismo, o Partido SOCialista INGlês na ficção - o INGSOC, pelo Partido da Imprensa Golpista mundial – PIG*, atual ferramenta ideológica do sistema capitalista totalitário que atua com dominação total dos veículos de comunicação de massa apagando o passado, deturpando e inventando o presente e destruindo o futuro da liberdade humana.

Aliás, o PIG mundial – O GRANDE IRMÃO - está destruindo a liberdade humana em nome da “liberdade” humana (de alguns)!


“QUEM CONTROLA O PASSADO,

CONTROLA O FUTURO;

QUEM CONTROLA O PRESENTE,

CONTROLA O PASSADO.”



CAPÍTULO 1

“Era um dia frio e ensolarado de abril, e os relógios batiam treze horas. Winston Smith, o queixo fincado no peito numa tentativa de fugir ao vento impiedoso, esgueirou-se rápido pelas portas de vidro da Mansão Vitória; não porém com rapidez suficiente para evitar que o acompanhasse uma onda de pó áspero...”


SEMANA DO ÓDIO (TÃO MODERNO!)

“(...) Fazia parte da campanha de economia, preparatória da Semana do Ódio (...) Em cada patamar, diante da porta do elevador, o cartaz da cara enorme o fitava da parede. Era uma dessas figuras cujos olhos seguem a gente por toda parte. O grande irmão zela por ti, dizia a legenda.”


VIGILÂNCIA ININTERRUPTA (NO SÉCULO XXI É CONSENTIDA)

“(...) O aparelho (chamava-se teletela) podia ter o volume reduzido, mas era impossível desligá-lo de vez...


COMENTÁRIO: hoje, as pessoas não desligam a teletela (facebook e telefones móveis) nem estando no vaso sanitário, nem dormindo ou fazendo sexo.


“(...) Ao nível da rua outro cartaz, rasgado num canto, drapejava ao vento, ora cobrindo ora descobrindo a palavra INGSOC (...) Era a Patrulha da Polícia, espiando pelas janelas do povo. Mas as patrulhas não tinham importância. Só importava a Polícia do Pensamento.”


“O Ministério da Verdade – ou Miniver, em Novilíngua – era completamente diferente de qualquer outro objeto visível. Era uma enorme pirâmide de alvíssimo cimento branco, erguendo-se terraço sobre terraço, trezentos metros sobre o solo. De onde estava Winston conseguiu ler, em letras elegantes colocadas na fachada, os três lemas do Partido:”

“GUERRA É PAZ

LIBERDADE É ESCRAVIDÃO

IGNORÂNCIA É FORÇA”


“Eram quase onze horas e no Departamento de Registro, onde Winston trabalhava, já arrastavam cadeiras dos cubículos e as arrumavam no centro do salão, diante da grande teletela, preparando-se para os Dois Minutos de Ódio...


“(...) Devia ter uns vinte e sete anos, e era de aparência audaciosa, com cabelo negro e espesso, rosto sardento e movimentos rápidos, atléticos. Uma estreita faixa escarlate, emblema da Liga Juvenil Anti-Sexo, dava várias voltas à sua cintura, o suficiente para realçar as curvas das ancas. Winston antipatizara com ela desde o primeiro momento. E sabia porquê. Era por causa da atmosfera de campos de hóquei, chuveiro frio, piqueniques e grande linha moral que conseguia inspirar. Ele antipatizava com todas as mulheres, principalmente com as moças e bonitas. Eram sempre as mulheres, e principalmente as moças, os militantes mais fervorosos do Partido, os devoradores de palavras de ordem, os espiões amadores e os especulas dos desvios...


“Como de hábito, a face de Emmanuel Goldstein, o Inimigo do Povo, surgira na tela. Aqui e ali houve assovios entre o público. A mulherzinha de cabelo cor de areia emitiu um uivo misto de medo e repugnância. Goldstein era o renegado e traidor que um dia, muitos anos atrás (exatamente quantos ninguém se lembrava), fora uma das figuras de proa do Partido, quase no mesmo plano que o próprio Grande Irmão, tendo depois se dedicado a atividades contra-revolucionárias, sendo por isso condenado à morte, da qual escapara, desaparecendo misteriosamente. O programa dos Dois Minutos de Ódio variava de dia a dia, sem que porém Goldstein deixasse de ser o personagem central cotidiano. Era o traidor original, o primeiro a conspurcar a pureza do Partido...”


NA TELA DA SESSÃO DOS DOIS MINUTOS DE ÓDIO...

“(...) Goldstein lançava o costumeiro ataque peçonhento às doutrinas do Partido – um ataque tão exagerado e perverso que uma criança poderia refutá-lo (...) Insultava o Grande Irmão, denunciava a ditadura do Partido, exigia a imediata conclusão da paz com a Eurásia, advogava a liberdade de palavra, a liberdade de imprensa, a liberdade de reunião, a liberdade de pensamento, gritava histericamente que a revolução fora traída...”


“(...) ver ou mesmo pensar em Goldstein produzia automaticamente medo e raiva. Era o objeto de ódio mais constante que a Eurásia ou a Lestásia porquanto, quando a Oceania estava em guerra com uma dessas potências, em geral estava em paz com a outra. O estranho, todavia, é que embora Goldstein fosse odiado e desprezado por todo mundo, embora todos os dias, e milhares de vezes por dia, nas tribunas, teletelas, jornais, livros, suas teorias fossem refutadas, esmagadas, ridicularizadas, apresentadas aos olhos de todos como lixo à-toa... e apesar de tudo isso, sua influência nunca parecia diminuir (...) Era comandante de um vasto exército de sombras, uma rede subterrânea de conspiradores dedicados à derrocada do Estado. Supunha-se que se chamava a Fraternidade. Murmurava-se também a respeito de um livro terrível, um compêndio de todas as heresias, escrito por Goldstein...”


IMPOSSÍVEL NÃO SE CONTAMINAR COM O ÓDIO

“(...) O horrível dos Dois Minutos de Ódio era que embora ninguém fosse obrigado a participar, era impossível deixar de se reunir aos outros. Em trinta segundos deixava de ser preciso fingir. Parecia percorrer todo o grupo, como uma corrente elétrica, um horrível êxtase de medo e vindita, um desejo de matar, de torturar, de amassar rostos com um malho, transformando o indivíduo, contra a sua vontade, num lunático a uivar e fazer caretas...”


CRIMIDÉIA

“(...) A Polícia do Pensamento o apanharia do mesmo modo. Cometera – e teria cometido, nem que não levasse a pena ao papel – o crime essencial, que em si continha todos os outros. Crimidéia, chamava-se. O crimidéia não era coisa que pudesse ocultar...


SER VAPORIZADO


“(...) As pessoas simplesmente desapareciam, sempre durante a noite. O nome do cidadão era removido dos registros, suprimida toda menção dele, negada sua existência anterior, e depois esquecido. Era-se abolido, aniquilado, vaporizado era o termo corriqueiro.”




CAPÍTULO 2

“Quando pôs a mão no trinco viu que deixara o diário aberto na mesa. ABAIXO O GRANDE IRMÃO lia-se em toda a página, em letras quase visíveis da porta, de tão grandes. Cometera um erro incrivelmente estúpido. Percebeu, entretanto, que mesmo no seu pânico não quisera sujar o belo papel creme fechando o caderno sobre a tinta fresca”


“Era a sra. Parsons, esposa de um vizinho do mesmo andar. (“Sra. era termo um tanto antipatizado pelo Partido – o correto era chamar todo mundo de ‘camarada’ – mas com certas mulheres era usado instintivamente.) Teria uns trinta anos, mas parecia muito mais velha. Dava a impressão de ter poeira nas rugas.”


IDEOCRIMINOSOS

“- És um traidor! – berrou o menino. – És um ideocriminiso! És um espião eurasiano!. Eu te mato, te vaporizo, te mando para as minas de sal!”


ENFORCAMENTOS ERAM ESPETÁCULOS POPULARES

“Deviam ser enforcados aquela noite, no Parque, uns prisioneiros eurasianos, criminosos de guerra. Isso acontecia uma vez por mês e era um grande espetáculo popular. As crianças sempre exigiam que as levassem.”


HERÓIS INFANTIS QUE DENUNCIAM OS PAIS

“Era quase normal que as pessoas de mais de trinta tivessem medo aos próprios filhos. E com fartos motivos, pois rara era a semana em que o Times não publicasse um tópico contando como um pequeno salafrário – ‘herói infantil’ era a expressão usada – ouvira alguma observação comprometedora e denunciara os pais à Polícia do Pensamento”


O DIÁRIO SECRETO DE WINSTON

“(...) Ele voltou à mesa, molhou a pena e escreveu:

Ao futuro ou ao passado, a uma época em que o pensamento seja livre, em que os homens sejam diferentes uns dos outros e que não vivam sós – a uma época em que a verdade existir e o que foi feito não puder ser desfeito:
Cumprimento da era da uniformidade, da era da solidão, da era do Grande Irmão, da era do duplipensar!

Ele já estava morto, refletiu. Pareceu-lhe que só agora, depois de começar a formular suas ideias, dera o passo decisivo. As consequências de cada ato são incluídas no próprio ato. Escreveu:
          
          Crimidéia não acarreta a morte: crimidéia É a morte.



CAPÍTULO 3

“Winston sonhava com sua mãe. Devia ter uns dez ou onze anos quando sua mãe desaparecera. Era alta, estatuesca, meio calada, de movimentos vagarosos e magnífico cabelo claro. Do pai lembrava-se mais vagamente. Era moreno e magro, vestia sempre roupas escuras, bem postas (Winston lembrava-se vivamente das solas finas dos sapatos do pai), e usava óculos. Os dois deviam, evidentemente, ter sido tragados num dos grandes expurgos de 1950-60.”


“QUEM CONTROLA O PASSADO,

CONTROLA O FUTURO;

QUEM CONTROLA O PRESENTE,

CONTROLA O PASSADO.”


“O Partido dizia que a Oceania jamais fora aliada da Eurásia, Ele, Winston Smith, sabia que a Oceania fora aliada da Eurásia não havia senão quatro anos. Onde, porém, existia esse conhecimento? Apenas em sua consciência, o que em todo caso devia ser logo aniquilado. E se todos os outros aceitassem a mentira imposta pelo Partido – se todos os anais dissessem a mesma coisa – então a mentira se transformava em história, em verdade. ‘Quem controla o passado’, dizia o lema do Partido, ‘controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado’. E no entanto o passado, conquanto de natureza alterável, nunca fora alterado. O que agora era verdade era verdade do sempre ao sempre. Era bem simples. Bastava apenas uma série infinda de vitórias sobre a memória. ‘Controle da realidade’, chamava-se. Ou, em novilíngua, ‘duplipensar’.”


O CONTROLE DA REALIDADE

“Winston deixou cair os braços e lentamente tornou a encher os pulmões de ar. Seu espírito mergulhou no mundo labiríntico do duplipensar. Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras  cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da democracia e que o Partido era o guardião da democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra ‘duplipensar’ era necessário usar o duplipensar.”


CAPÍTULO 4

BURACOS DA MEMÓRIA

Qualquer papel ou documento encontrado pelo chão ou os exemplares utilizados no departamento de registro para refazer o passado escrito em jornais, revistas, livros ou em qualquer outra forma de registro documental deveriam ser incinerados nos buracos da memória.

“Dia a dia e quase minuto a minuto o passado era atualizado (...) Toda a história era um palimpsesto...”

“(...) e daí a mentira selecionada passaria aos anais permanentes, tornando-se verdade”


EXPURGOS HUMANOS

“(...) labutava dia após dia, não fazendo outra coisa senão procurar e suprimir da imprensa os nomes de pessoas vaporizadas, e portanto consideradas inexistentes”

“Os grandes expurgos, envolvendo milhares de pessoas, com julgamentos públicos (...) não ocorriam senão de dois em dois anos. O mais comum era as pessoas caídas na antipatia do Partido sumirem simplesmente, e nunca mais se ouvir falar delas”


COMUNICAÇÃO DE MASSAS PARA ENTORPECER PROLETARIADO

“Neles (departamentos especializados) eram produzidos jornalecos ordinários que continham pouca coisa mais que notícias de esporte, polícia e astrologia, sensacionais noveletas de cinco centavos, filmes transbordando de sexo...”

IMPESSOA – novilíngua para pessoas expurgadas: “já era, não existia, nunca existira”.


CAPÍTULO 5

NOVILÍNGUA

“- É lindo destruir palavras. Naturalmente, o maior desperdício é nos verbos e adjetivos, mas há centenas de substantivos que podem perfeitamente ser eliminados (...) Cada palavra contém em si o contrário. ‘Bom’, por exemplo. Se temos a palavra ‘bom’, para que precisamos de ‘mau’? ‘Imbom’, faz o mesmo efeito...”

“- Não vês que todo o objetivo da Novilíngua é estreitar a gama do pensamento? No fim, tornaremos a crimidéia literalmente impossível, porque não haverá palavras para expressá-la...”

“(...) A revolução se completará quando a língua for perfeita. Novilíngua é Ingsoc e Ingsoc é Novilíngua...”

“Como será possível dizer ‘liberdade é escravidão’, se for abolido o conceito de liberdade? Todo o mecanismo do pensamento será diferente. Com efeito, não haverá pensamento, como hoje o entendemos. Ortodoxia quer dizer não pensar... não precisar pensar. Ortodoxia é inconsciência.”


ORTODOXIA É IGUAL A INGSOC

 “Fosse o que fosse, podia-se ter a certeza de que cada palavra era pura ortodoxia, puro Ingsoc.”


FACECRIME

“Era terrivelmente perigoso deixar os pensamentos vaguearem num lugar público, ou no campo de visão duma teletela. A menor coisa poderia denunciá-lo. Um tique nervoso, um olhar inconsciente de ansiedade, o hábito de falar sozinho – tudo que sugerisse anormalidade, ou algo de oculto.”


CAPÍTULO 6

O SEXO NO MUNDO DE “1984”

“(...) nenhuma mulher do Partido usava perfume, nem se podia imaginar que fizesse tal coisa. Só os proles usavam perfume. Para ele, aquele cheiro trazia à mente o ato sexual”

“Tacitamente, o Partido se inclinava até a incentivar a prostituição, para dar saída a instintos que não podiam ser totalmente suprimidos...”


INSEMART

“O objetivo do Partido não era simplesmente impedir que homens e mulheres criassem lealdades difíceis de controlar. Seu propósito real, não declarado, era roubar todo o prazer ao ato sexual...”

“Todos os casamentos entre membros do Partido tinham de ser aprovados por um comitê nomeado para esse fim...”

“Todas as crianças deveriam nascer por inseminação artificial (insemart) e educadas em instituições públicas...”


(outras postagens virão sobre a sequência da obra...)

Bibliografia:
ORWELL, George. 1984. Companhia Editora Nacional, tradução de Wilson Velloso, 1978. 11ª edição. 


Post Scriptum:

Em 10/9/13, compartilhei essa postagem no Facebook com o seguinte comentário:

"LITERATURA E POLÍTICA: Olá amig@s, eu gosto muito de ler e resenhar e ou destacar trechos de obras em meu blog de cultura. Dá um trabalhão, mas é minha maneira de contribuir na rede mundial com o conceito WIKI - What I Know Is (o que eu sei é...)
Essa obra de Orwell critica o totalitarismo. O tema é sempre atual e importante. Serve para questionar regimes à direita e à esquerda. Abraços e boa leitura aos que encararem o post."

3 comentários:

  1. Precisa todo ano passar Big Brother na Televisão para a gente entender o conceito do Grande Irmão? Não, né? Acho que 10 anos deu para os brasileiros entenderem o conceito e concordar ou discordar através das suas atitudes.

    Acho que no caso do Brasil o pessoal já entendeu os recados. Agora, não sei Argentina e o resto da America Latina. Não sei o México. A Holanda parece que até agora não entendeu ou fingem que não entendem.

    Já entendi. Falem para quem faz esse programa Big Brother que todo mundo já entendeu já. Já entendemos que é 1984, que é o Big Brother o Grande Irmão controlador que simboliza o anticristo (na visão dos Gospels o TAL é o anticristo). Mas, enfim, todo mundo já entendeu já o que quer dizer, quem é quem. Pelo menos, eu acho que já.

    E quanto ao Pedro Bial o ego do presente do George Orwell, pelo menos no Brasil, apesar de todo empenho não conseguiu fazer ainda que o pessoal entendesse do que se trata. É tão claro. Esse programa é para vender propaganda para exportadores da nação. Até criança já entende e já cansou.

    Tipo, pessoal de um Big Brother toma um cafezinho já está dando recado que a riqueza da região é café e que eles importam cafe.

    Cada um tem um produto especial da sua Terra e fazem a propaganda.

    Por exemplo, na edição que tinha um cara chamado Diego Alemão (e assisti), ele tomava caipirinha, ou seja uma bebida típica do Brasil que se usa cachaça e limão. É recado assim para quem chega no local: Olha aí, os produtos típicos desse tempo e região é cachaça e limão. Daí, os investidores em férias já sabem em que investir. Até um mero estudante de marketing já percebe o conceito.

    Fácil. Uma participarte comendo um chocolate dá recado que a riqueza da região é tal produto.

    É uma maneira diferente de atuação da bolsa de valores. Não é tão diferente das propagandas convencionais e novelas. É até mais barato para as emissoras porque não precisam contratar atores com bom currículo que são mais caros. Qualquer pessoa bonita, que fotografe bem pode entrar ali desde que faça propaganda do produto da região ou do político que vai se eleger ou do assunto da questão.

    Eles ficam conversando de várias coisas, não há pauta definida. Mas, eles servem de amostra para os investidores estrangeiros por amostragem dos hábitos de consumos da maioria das pessoas da região.

    Mas, no caso do Big Brother sinto falta de gente falando de cultura. Fazendo propaganda da cultura da região como música. É tudo muito globalizado.

    Não se vê nenhum dos participantes cantando. Não vê instrumentos musicais e nem animais de estimação num programa desses.

    É isso aí.

    O conceito é fácil. Não vejo nenhuma dificuldade de entender esse conceito. As pessoas que assistem vai construindo o ego e identificação com tais participantes para dar o prêmio.

    Alguns representando partidos políticos, times de futebol, empresas, igreja ou religião. É fácil entender. Acho só chato a disputa que acaba acontecendo. Mas, é a realidade. E infelizmente as pessoas que assistem esse tipo de programa sentem prazer em ver a briga deles.

    Pode até ser engraçado, mas se fosse a pessoa que estivesse no local, tenho certeza absoluta que não iria gostar. Falta empatia no caso do Brasil.

    Simone SOPHIA

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  2. Olá! Com todo respeito a seu comentário sobre a obra 1984.
    Curioso é que em momento algum você relaciona 1984 aos estados totalitários socialistas.Parece-me que Orwell lutou na Guerra Civil Espanhola e ficou horrorizado com a crueldade dos comunistas.Eram muito piores que os franquistas. Tornou-se um dissidente da esquerda e escreveu o livro como uma critica ao regime soviético e seus métodos de controles que abarcavam praticamente todas as áreas da vida humana.1984 de Orwell e o Admirável Mundo Novo de Huxley são essenciais para se entender os planos de sovietização do mundo.
    Grato por sua atenção. Tenha uma ótima semana.

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  3. Olá Luis Carlos, como vai? Espero que esteja bem e agradeço seu comentário.

    Os comentários que fiz nestes primeiros seis capítulos são mais voltados a comparar as metáforas da obra com o poder totalitário da grande imprensa mundial - poucas famílias/corporações que definem a pauta do que se vai falar, repetir e ter atenção no mundo.

    Não entrei nesse viés que você cita. Mas não tenho problema algum de dizer o que penso: totalitarismo é uma desgraça! Toda ditadura é uma praga para a humanidade. E estou falando de uma em meus comentários: a da concentração dos meios de comunicação na mão de poucos, e isso na era da rede mundial de computadores e na chamada era da "informação".

    Se em 2012, quando fiz a postagem, eu já tinha isso claro, imagine agora em 2015 com o papel golpista, parcial, manipulador da mídia comercial brasileira atuando contra um governo democraticamente eleito para interromper seu mandato.

    Essa mídia de meia dúzia de famílias golpeia de forma desleal e cínica os governos do PT desde a sua ascensão ao poder presidencial em 2003 e influenciando em suas derrotas nas eleições presidenciais deste 1989.

    De forma rápida, é isso o que penso.

    Abraços e boa semana pra ti também.

    William Mendes

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