Foto de William Mendes. |
REFLEXÕES SOBRE JAMES JOYCE E A
IRLANDA
E sobre as leituras que não fiz...
não farei...
Desde adolescente, tenho certa fascinação pela Irlanda e por questões inerentes ao país.
Sou um
felizardo por já ter lido Ulisses e Dublinenses de James
Joyce. Sempre gostei das músicas da banda U2 (até aí, todo mundo gosta) e
também curto The Cranberries.
Mas se
fosse para escolher uma música tema para minha existência seria:
I still
haven’t found what i’m looking for... U2
Após assistir
ao filme Inimigo Íntimo de 1997, dirigido por Alan Pakula (um filme
sobre o IRA – Exército Republicano Irlandês) e reler um pouco dos livros do
Joyce hoje pela manhã, fui para a rede mundial pesquisar um pouco mais sobre o
país na Wikipedia.
Fiz um
comentário específico sobre o filme e a questão do terrorismo.
LACUNA CULTURAL
Cara,
descobri que não sei nada sobre a Irlanda e os irlandeses.
Só para
ficar na literatura, o país tem quatro ganhadores do prêmio Nobel e eu nunca me
dei conta disso e, pior, nunca li nenhum deles: George Bernard Shaw, W. B. Yeats, Samuel Beckett e Seamus Heaney.
Não é só essa a minha lacuna cultural em literatura irlandesa. Tenho a tristeza de
informar que não li uma das obras mais famosas de um irlandês: Jonathan Swift e
As
Viagens de Gulliver.
Para concluir
a lacuna literária, não li nada também de Oscar Wilde.
Para não
ficar na pequeneza e enfiar a cabeça no chão, li as duas importantes obras de
Joyce.
CONFISSÕES DOS DESEJOS
NÃO-REALIZADOS
Pois é,
entrei na segunda metade matemática de minha existência. Ela pode se
interromper a qualquer instante, mas pelas tabelas de mortalidade brasileira,
eu teria umas décadas pela frente ainda.
Pela vida
que levo hoje, morrerei sem ler as grandes obras literárias que desejo ler faz muito tempo.
Não me
venham falar que eu poderia ler trabalhando braçal desde a adolescência,
trabalhando e estudando à noite na vida adulta ou depois que fiz duas
faculdades trabalhando também. Uma faculdade, aliás, de Letras.
O rumo que
minha vida tomou não me permite ler por prazer horas por dia e sobreviver dessa
atividade.
E aí, que
fazer da segunda metade da minha existência? Morrer por aí sem realizar nada
que queria? Sem ter lido as obras de Marcel Proust, as de Balzac, as obras
filosóficas completas da idade média pra cá, as obras completas de grandes
autores brasileiros e portugueses, russos, latino-americanos, americanos...
Toda vez
que me lembro que não tenho tempo para ler com calma e reflexão, com planejamento
no semestre para devorar obras, me dá um vazio na perspectiva de sobrevida...
Chega! Vou preparar-me
agora para fazer uma excelente mesa de negociação amanhã com o Banco do Brasil
e estudar e pesquisar referências e argumentos.
Post Scriptum:
Em relação a fazer o mínimo do que se gosta, ao menos corri hoje. A caminhada e corrida de final de semana foram as primeiras atividades após a recuperação dos meus pés arrebentados da Romaria de 85 km da semana anterior.
Olá William,
ResponderExcluirComo vai? Esses dias acessei seu blog e li seu relato sobre sua caminhada. Blog interessante e de temas pertinentes. Sobre os irlandeses, já li Joyce também, mas apenas o seu livro 'pré-Ulisses' (retrato do artista quando jovem). O Ulisses me aguarda na prateleira... mas não sei se o lerei um dia, rs.
Sobre o U2, gosto também dessa música, principalmente de uma exibição deles antiga, ao vivo (link: http://www.youtube.com/watch?v=HHZrXTY8oS4)
Foi um prazer lhe conhecer e conversarmos sobre cidade, cidadão e cidadania. Um abraço e que tenha uma boa semana.
Olá Henrique! Como lhe disse, gostei de suas poesias.
ResponderExcluirEm relação à Joyce, o Retrato do artista quando jovem me espera lá na prateleira de casa também.(rs)
Nossa conversa revigorou minha caminhada. Foi um prazer conhecê-lo também.
Abraço fraterno, William