terça-feira, 5 de março de 2013

Com morte de Chávez, mundo perde grande líder comprometido com o povo




É com lágrimas nos olhos que registro aqui o falecimento do grande líder latino-americano Hugo Chávez. Estou muito triste e deprimido. A luta da esquerda carece de pessoas apaixonadas por mudanças reais contra o capitalismo. Comandante, obrigado pela inspiração!


Com grande pesar, a Central Única dos Trabalhadores lamenta a morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que faleceu nesta terça-feira (5), aos 58 anos, vítima de complicações causadas por um câncer na região pélvica.

Da mesma forma que lutou para ver sua pátria livre de governos saqueadores, que a destinavam a uma realidade de elites enriquecidas pelo petróleo e uma população majoritariamente miserável, o comandante Chávez enfrentou a doença para continuar a liderar seu povo.

Seu legado e o recado de que é possível acreditar num mundo justo e igualitário permanecem. Certamente, a América Latina que queremos, socialista, solidária, integrada, não avançaria como avançou nos últimos anos não fosse a contribuição do homem que sempre teve como referência Simón Bolívar, responsável por expulsar os espanhóis da Venezuela.

Em seu governo, Chávez demonstrou que é possível crescer combatendo a miséria e privilegiando o povo: os venezuelanos abaixo da linha da pobreza eram quase metade da população e passaram para 27,8% durante seu governo. A taxa de mortalidade infantil diminuiu de 27 por mil para 14 por mil. O acesso à água potável subiu de 80% a 92% da população e o consumo de alimentos cresceu 170%.

A taxa de escolaridade cresceu de 40% para 60% e, de acordo com a Unesco, o país também ficou livre do analfabetismo.

Como em qualquer revolução, o comandante bolivariano colecionou desafetos conservadores, especialmente a velha mídia, inclusive brasileira, que sempre o considerava um ditador. Os meios de comunicação não citavam, contudo, que Chávez participou de 14 eleições e referendos, saindo vencedor em todas elas.

A última, em outubro de 2012, com 54,42% dos votos. Mas, dessa vez, o líder bolivariano sequer pode ascender ao cargo que ocupava desde 1999 e assumiria pela terceira vez.

A morte de Hugo Chávez nos deixa mais carentes de líderes que sonham e praticam o que pregam. Acreditamos, porém, que sua jornada inspirará muitos outros sonhadores.

Obrigado, comandante! 

"Por Cristo, o maior socialista da história, por todos os feridos, por todo o amor, por todas as esperanças que serão realizadas por essa maravilhosa Constituição, mesmo que custe minha vida. Pátria, socialismo ou morte!" 


(Chávez, ao iniciar novo mandato presidencial, em 2007)


Direção Executiva da CUT


Fonte: CUT

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