segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Correndo pelas ruas: da maneira errada, mas pelos motivos certos!


(Atualizado em 6/04/16)




Refeição Cultural


“I Just felt like running…” (Apenas quis correr…) 

Forrest Gump



Estamos chegando ao fim do ano de 2013. Daqui a poucos dias estarei na largada da 89ª Corrida de São Silvestre, uma das mais tradicionais corridas de rua do Brasil. Serão 15 km de muitas subidas e descidas, porque a altimetria da prova é horrível.

Eu participo desta prova desde 2007. Será minha 6ª participação porque não corri em 2011 por protesto de mudarem o local de chegada daquele ano para o Parque Ibirapuera e não na Avenida Paulista.

De todas as minhas participações, esta será a que estou menos preparado fisicamente. Meu ano de trabalho e militância me consumiu em tempo integral de maneira que quase não consegui fazer atividades físicas. Que merda reconhecer isso!

Mesmo assim, preciso participar desta prova. Quero estar lá e quero ir até o fim dela, nem que seja me arrastando.



Apenas quis correr...



Uma das cenas mais profundas do filme Forrest Gump (EUA, 1994) é a parte em que ele sai correndo pelos Estados Unidos por 3 anos, 2 meses, 14 dias e 16 horas. Ele alegou a todos que simplesmente corria porque deu vontade, sem motivo aparente.

Quem é apaixonado pelo filme como eu, sabe que ele corria por sua mãe falecida, por seu falecido amigo Bubba, pelo seu amigo tenente Dan, e, principalmente, por Jenny, que havia acabado de chegar com jeito de quem ia ficar e o deixou novamente. Por tudo isso, Forrest corria. Correu para lidar com tudo isso, digerir o passado e pra seguir adiante.


E durante todo aquele tempo, em todas aquelas paisagens por onde ele passou, eles estavam com ele. Jenny estava lá...

Eu faço minha romaria de 80 km em Uberlândia todo ano para fazer a mesma coisa, para digerir as coisas e para buscar um sentido de seguir adiante. Correr também tem esse sentido.

...



Precisando muito correr...


Minha nossa! Como estou precisando correr! E meu corpo terá que me aguentar...

- A morte trágica daquela garota na semana passada...

(como está sendo difícil compreender ou aceitar)

- O caminho da encruzilhada que tenho que escolher...

(na vida ora escolhemos, ora somos escolhidos)

- As perdas profundas que nunca nos deixaram...

(vivemos com a sombra de ontem e o olhar no amanhã)

- A medição do que está valendo a pena...

(é tão difícil ter sabedoria pra medir isso)

- As vidas que dependem de você...

(na juventude, alimentamos a falsa ideia do que é ser livre)

- Seus vínculos com esta vida...

- As escolhas do porque lutar...


Preciso correr e caminhar muito por tudo isso!


Neste domingo de sol, corri 45 minutos. No meio da semana passada corri meia hora. Pelo estudo que estou fazendo de meu corpo e minha condição física, terei que aguentar correr por quase duas horas em um trote super lento, na casa dos 7 minutos o quilômetro. Não será fácil para meus tendões, músculos, e para a energia que há em minhas baterias celulares (tenho que combater a deprê, reverter a energia...).

Preciso dar um tempo nas coisas por esses dias...



Post Scriptum (6/04/16):

Essa foto abaixo é do dia 25 de dezembro, Natal de 2013.


Eu e a Noni. É lógico que o cabelinho meu
 tá até escondendo ela...

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