quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Corro porque preciso do coração forte e resistente





Refeição Cultural

E então cheguei nesta quarta-feira 11 do trabalho às 20 horas e, cansadaço, saí para correr nas ruas e alamedas de Brasília. Havia feito o mesmo na segunda-feira 9. É que as coisas estão duras, diria que os tempos são de tempestades e fortes ventanias. Eu serei mais duro ainda e resistente como os finos troncos e caules que vergam, e não quebram. Resistem às piores tempestades e ventanias.

Nos minutos que paro e quedo a pensar na conjuntura e nas frentes de batalha em que estou, fico a pensar nas estratégias para não quebrar e seguir nos desafios como um guerreiro que não larga a missão nunca, nunca.

Hoje, ao sair para correr uma meia hora, ou 5 km, fiquei pensando na vida profissional, política e pessoal. 

Ao refletir sobre uma das frentes de batalha em que estou sendo atacado por forças antes aliadas, reforcei minha decisão de dias antes e não vou perder meu tempo disputando uma terra em que o solo empederniu, mesmo tendo sido adubado e arado, porém a erva daninha germinou, fortaleceu e dominou o solo.

Fiquei pensando na época em que meu querido pai, brigador contra coisas erradas, não resistiu a tantas batalhas por justiça e quedou com forte depressão e custou a sarar. Melhorou.

Eu já tenho dois grandes campos a arar, adubar, plantar, combater as diversas ervas daninhas, e ver germinar a semente que plantamos e ser incansável no cuidado para ver os frutos ou pelo menos as árvores crescendo.

Minha família está precisando de mim e eu fiquei mais longe ainda por causa de minha tarefa profissional. E minha tarefa profissional não deixará de ser meu foco e objetivo em dia nenhum de minha vida.

Quando a corrida é leve, dá para pensar. Refleti também e matutei o quanto é absurda a falta de competência e, quiça inteligência, nos espaços sociais e profissionais da atualidade.

A impressão clara é que estamos numa época "estranha, com gente esquisita..." (como diria a Legião Urbana).

Enfim, na segunda-feira, também tive um longo dia de trabalho, mas o resultado foi muito positivo porque estivemos em um debate nacional sobre a entidade de saúde onde sou gestor eleito pelos trabalhadores e mesmo estando em um fórum com mais de cem pessoas de dezenas de entidades associativas dos mais diversos campos de pensamento, acho que o resultado foi alcançado: municiar com informações as pessoas e entidades que lá estiveram e defender nossas propostas, princípios e agregar pessoas para os projetos de saúde. (ler sobre encontro que debateu Cassi AQUI)

Saí deste encontro nacional tão exaurido que busquei minha energia guerreira ao chegar a minha casa, coloquei calção e tênis e fui para a rua salvar minha pele e meu coração. Corri 4,5 km em 26 minutos.

Estou buscando no fundo de minhas memórias meus ensinamentos dos anos convividos com a arte marcial Kung Fu. Foram anos de convívio com mestres que nos preparavam para resistir, para não lutar fisicamente com as pessoas, para sermos fortes interiormente, na mente e no espírito e para termos ética e caráter.

Cada dia, busco mais esse equilíbrio para tentar levar equilíbrio ao meu entorno.

Vamos dormir que a quinta-feira 12 será de muito trabalho...

William

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