Este blog é para reflexões literárias, filosóficas e do mundo do saber. É também para postar minhas aulas da USP. Quero partilhar tudo que aprendi com os mestres de meu curso de letras.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
O mundo da burocracia versus o mundo real
Refeição Cultural
Durante toda a minha vida de militante de causas sociais, tive que enfrentar as paredes de madeira, concreto, pedra, metal e o escambau!
Existe um mundo real, cheio de necessidades, onde está o povo faminto de comida, de cultura, de oportunidades, de direitos e de justiça. Eu sou desse mundo real: roupa, cheiro, gostos, ar que respiro.
Existem as sociedades organizadas, os leviatãs - sistemas de convivência humana -, onde alguns animais humanos imperam por herança, força, costume e outras merdas do gênero e dominam tudo, mandam em tudo, estão acima de leis feitas para aquele povo do mundo real, a plebe (que merda é a lei?).
Criam-se esses sistemas de convivência coletiva para darem certa segurança e estabilidade aos animais humanos. Em algum momento da história, a iniquidade domina e impera. A revolta vem. O que era para evitar a barbárie, cria a barbárie.
Ao final, parece que todo processo humano, bem ou mal intencionado, vai terminar no caos, na barbárie.
Aquele povo ao qual eu pertenço do mundo real, cheio de necessidade, será a vítima primeira desse caos.
O que vale a pena ser feito?
Eu não vou deixar de enfrentar as burocracias feitas para impedir melhorias no mundo real de onde venho e ao qual pertenço. Ao menos enquanto não for representante de mim mesmo e sim da coletividade que represento.
Custe o que custar.
William
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