terça-feira, 7 de junho de 2016

Diário - 070616





Refeição Cultural - nós mamíferos humanos somos iguais

Noite de terça-feira na Capital Federal do Brasil. Já bateram onze horas e o dia está terminando. Dia de trabalho que me estressou um pouco. Mas acabou.

Cheguei em casa, trabalhei mais uma hora e saí para correr depois das oito horas. Corri quase 5k em meia hora em trote bem leve. Estava precisando. Ontem saí para andar tarde da noite, depois das 23h. No sábado e domingo corri também.

Além das corridas, estou aplicando um remédio como teste natural para baixar a pressão: ouvir um pouco de música. As músicas que marcaram um tempo de minha vida - anos oitenta e noventa. Hoje, estou indo de Bryan Ferry, Tears for Fears, Bon Jovi, Van Halen, Bruce Springsteen, Duran Duran, Talk Talk e várias outras pop da mesma época (só velharia... boa)

Será que as pessoas têm consciência do quanto o cansaço, estresse, a pressão e o assédio, o ódio e a raiva, o medo e a ansiedade, a depressão e demais sentimentos humanos afetam negativamente o nosso corpo? Não é difícil imaginar milhões de sinapses, os jorros de hormônios entrando em nossa corrente sanguínea, o coração acelerado, a pressão arterial alterada nos corpos em choque de emoções.

Estudei por dois anos (1997/98) matérias médicas e da biologia que mudaram minha visão de mundo e do ser humano quando fiz Educação Física. Não pude concluir o curso, mas meu conceito e forma de ver os animais mamíferos humanos mudou muito. Aprendi a respeitar mais as pessoas, todas as pessoas, por entender o quanto uma vida é importante.

Ao estudar anatomia em corpos humanos, fisiologia, cinesiologia do movimento, nutrição e bioquímica, sistema muscular, digestório, circulatório, respiratório, ao pegar em cérebros humanos - essa maravilha da natureza animal -, enfim, ao passar dois anos estudando a natureza animal humana, me tornei uma pessoa com um pouco mais de controle que antes, quando explodia à toa contra qualquer provocação ou imbecilidade humana. 

É impossível não fazer referência a outra experiência sociológica que me ajudou muito a ser uma pessoa com mais paciência e tolerância (mesmo tendo meus limites). Minha outra aprendizagem foi o movimento sindical e estudantil. Devo ao sindicalismo cutista a minha formação política, meu empenho nas construções e representações coletivas, formação que complementa a que tivemos de nossos pais.

Pra terminar esse instante, e no sentido inverso do quanto respeito as possibilidades infinitas que cada ser humano apresenta, eu não considero nada, absolutamente nada status, poder, roupas, porcarias do "ter" que no mundo atual valem mais do que o "ser". 

Todo humano, seja ele rico ou pobre, de qualquer etnia, orientação sexual, com algum grau de deficiência ou qualquer concepção de fé ou não fé, gênero masculino ou feminino ou com perfis sociais estereotipados (bonito/feio, gordo/magro blá blá blá), todo humano tem remela nos olhos, faz pum, defeca (porque come), transpira, tem odores etc. Tenho ojeriza a essa coisa pobre da gente "rica" que chamam etiqueta, moda, educação burguesa nhé nhé nhé. (mas respeito quem curte isso... contanto que não me meçam pela régua deles) 

Todos nós precisamos nos respeitar mais, porque somos humanos, sentimos dor, alegria, tristeza, fome, adoecemos, precisamos de carinho, afago, de um oi, um obrigado, um sorriso gratuito, um abraço apertado.

O mundo está doente. As pessoas estão doentes. Mas podemos fazer algo diferente todo dia, é só acordar e sair com desejo de fazer algo bom para o mundo, para a sociedade, para as pessoas, porque isso será bom para nós também.

Vamos dormir.

William
Um cidadão

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