Este blog é para reflexões literárias, filosóficas e do mundo do saber. É também para postar minhas aulas da USP. Quero partilhar tudo que aprendi com os mestres de meu curso de letras.
domingo, 11 de setembro de 2016
Fim de semana em família
Refeição Cultural
Acabando o fim de semana.
Dei um tempo em computador e não entrei em internet os dois dias.
Curtimos o fim de semana com o filhão em casa e com meus dois sobrinhos. Foi bom.
Assistimos filmes, eu li um pouco, fiz caminhadas, ouvimos música, conversamos olhos nos olhos.
Já que me contundi no mês de agosto, ainda não estou arriscando correr. Já estou fazendo umas caminhadas e em breve retomo as corridas.
Ao rever pela quarta ou quinta vez o filme do sueco Peter Cohen, Arquitetura da Destruição (1989), ficamos sempre pensativos a respeito do mundo, da sociedade e do quanto faz falta as pessoas não conhecerem história.
Também revi pela terceira ou quarta vez A Onda (2008), filme alemão que aborda a mesma temática do totalitarismo, nazismo, autocracia, fascismo. Mundos distópicos. O que aconteceu no Brasil, hoje sob Golpe de Estado, foi uma onda que vi nascer, descrevi e previ que poderia acontecer e aconteceu. Agora é o caos.
Estamos vivendo momentos importantes e decisivos na entidade de saúde de autogestão em que sou gestor eleito pelos associados. Reler Edward Said (1935-2003) e refletir sobre suas Conferências Reith (em 1993), reproduzidas no livro Representações do Intelectual, é necessário porque tenho o compromisso intelectual de dizer o que penso e alertar sobre as perspectivas de futuro para a Cassi nas decisões que serão tomadas pelos trabalhadores que represento nas próximas semanas.
Queria ler algo mais ameno, para relaxar, mas os dias não estão nem para peixe, nem para José J. Veiga...
É isso. Foi bom ter o filho em casa e os sobrinhos. E alguns instantes sem contato com o mundo em caos, em golpe, sem valores e sem noções.
Enquanto eu dei um tempo no mundo, para ficar com meu filho, esposa e sobrinhos, a polícia de repressão da Tucanolândia, em SP, realizou mais um show de barbárie agredindo nas ruas a população lutando pela volta da democracia.
Já estamos em estado de exceção, como disse a vocês. Não há mais lei. Não há mais democracia. O Estado agora é agressor e, daqui a pouco, será um Estado criminoso, vão acabar morrendo pessoas por exercerem suas liberdades de expressão...
William
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