sábado, 5 de agosto de 2017

Que nos inspire "O Encouraçado Potemkin"



A edição que tenho do filme traz um encarte
com mais de 60 páginas de informações.

Refeição Cultural

Ao assistir ao impactante filme de Sergei Eisenstein, de 1925, consegui ao menos alimentar certa esperança no amanhã em meio ao caos e destruição de nosso querido País por parte dos golpistas que tomaram de assalto o Estado brasileiro, após não aceitarem a decisão do povo nas eleições presidenciais de 2014.

A história da revolta dos marinheiros russos do Encouraçado Potemkin em 1905, por causa dos maus tratos e pela injustiça contra o povo por parte do Império Czarista, nos dá um alento para acreditar que os povos explorados podem a qualquer momento darem um basta e partirem para o enfrentamento aos governos ímpios e vis e tomarem para si os poderes do Estado e os bens privados desses poucos humanos componentes de cleptocracias instaladas no poder como ocorreu no Brasil a partir do golpe parlamentar-jurídico-midiático, liderado por alguns empresários donos dos meios de comunicação.

Eisenstein consegue nos deixar impressionados com o uso de imagens, expressões faciais chocantes, contraste de luzes, e com o efeito musical que acompanha todo o filme mudo em preto e branco (música de Edmund Meisel).

A cena do massacre do povo nas escadarias de Odessa, por parte da força policial do Império, nos lembra de tantos outros massacres dos povos por parte dos poderes totalitários, imperialistas e das modernas formas capitalistas dos senhores do império econômico-financeiro (o 1%) que estão matando o mundo, a vida, os países, as culturas, os povos. A cena do carrinho de bebê descendo desgovernado pelas escadarias é uma das mais clássicas da história do cinema.

Esses desgraçados que deram o golpe em nosso País estão até o momento livres, soltos e encaminhando o desmonte do patrimônio público brasileiro, doando nossas riquezas, desmontando as nossas empresas públicas e as empresas de capital nacional, extinguindo toda a proteção social e os direitos humanos - políticos, trabalhistas, previdenciários, culturais, de saúde, os empregos etc - de mais de 200 milhões de pessoas e, por amortecimento e pusilanimidade, o povo ainda não reagiu à altura e com correlação de forças de maneira que reverta o golpe e retome os avanços sociais que vinham ocorrendo para a maioria do povo brasileiro.

Francamente, gostaria de viver para ver esses golpistas serem retirados da máquina estatal que tomaram por conluio de segmentos da Casa Grande e seus lacaios e capitães do mato pagos a grande soldo.

William

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