domingo, 7 de julho de 2019

070719 - Diário e reflexões - Corrida 10k no Eixão



Ipês roxos na altura da 114/214 Sul, DF.

Refeição Cultural

"A gente sai de Brasília, mas Brasília não sai da gente" (ditado popular)


Enquanto em nosso Mundo de Oz paulistano (Osasco) fazia frio e o dia estava nublado neste domingo (uns 8º), eu havia colocado calção e tênis e me dirigia para o Eixão no Plano Piloto de Brasília para fazer meu longão de fim de semana. 

O cenário foi de sol e temperatura de 23º e ipês, muitos ipês roxos colorindo o nosso caminho. Brasília é a cidade dos ipês. Primeiro vêm os roxos, depois vêm os amarelos, brancos e rosas. São cerca de 200 mil árvores, segundo a Novacap, órgão que cuida da estrutura distrital.

Morei em Brasília por quatro anos e seria impossível não estabelecer uma relação entre nós, Brasília e eu. Foram anos muito intensos os vividos na Capital do Brasil. Foram anos de trabalho ininterrupto em defesa dos direitos em saúde dos trabalhadores da comunidade BB. Foram anos em que vimos um golpe de Estado derrubar o governo e estabelecer-se o caos e a destruição do país.

Apesar dos anos intensos vividos em Brasília, a relação que estabeleci com a cidade foi fraterna, foi dócil, foi de porto seguro. Brasília concentra o poder do país, que, via de regra, infelizmente depõe contra a cidade por causa dos efeitos da má política. Porém, nem só de política é feita a cidade planejada no meio do Planalto Central.

Brasília é coisa boa, é o céu azul, é a natureza com flores em todas as estações, são pássaros e mais pássaros; Brasília é o cerrado. É o por do sol deslumbrante. É o cheiro de mato ao abrir a janela e respirar fundo. Brasília é também o cidadão brasiliense que acolhe a gente no movimento sindical e social. Temos amigos e pessoas queridas em Brasília. Sou grato por isso.


Neste Eixão e nas alamedas da 110 Sul, fiz da corrida o suporte
para o equilíbrio de minha pressão arterial e de minha saúde.
Sem a corrida não suportaria a pressão que vivi por 4 anos.
 

A sensação de prazer da corrida só conhece quem corre

O ano não tem sido fácil em relação à condição de saúde para praticar minhas corridas. Como vinha sentindo dores desde o ano passado, fiz alguns exames e descobri que tenho que lidar com desgastes nos ossos e cartilagens na região do quadril e lombar. Amig@s, já lido com dores permanentes por causa do nervo ciático e outras desde agora. Que virá adiante?

A recomendação seria para que eu evitasse exercícios de impacto como corrida. É um dilema na vida. Difícil isso. Eu sonho em correr uma maratona (42k) e nunca corri uma porque nunca tive tempo para treinar por causa do trabalho e militância. Cheguei a correr uma meia maratona (21k) e várias São Silvestre (15k).

Eu faço caminhadas de introspecção (romarias) há décadas e elas têm um papel importante em minha psique. Que fazer? Sem contar que minha pressão arterial só abaixa com corrida, não adianta andar, não adianta pedalar. Nadar já exige uma estrutura para tal. Não gostaria de resolver isso com remédio de uso contínuo.

Minha decisão é a de seguir correndo. Aumentei o percurso das corridas nas últimas semanas, correndo entre 7 e 8 quilômetros no fim de semana e hoje corri meus primeiros 10k do ano, justo no Eixão de tantas corridas que desopilavam meu fígado do estresse da gestão na Cassi. Foi legal!

A visita a bela Brasília florida pelos ipês roxos foi para acompanhar meu filhão, que veio rever alguns amigos. Unimos o útil ao agradável, fiz companhia para o filho, visitei os amigos do movimento sindical no Congresso Distrital na sexta e sábado e fechei a estadia com a corrida no Eixão florido.

Até a próxima, Brasília! Volto ao Eixão qualquer dia desses!

William

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