sábado, 6 de junho de 2020

060620 (d.C.) - Diário e reflexões



Onde está Willy? Acho que não é difícil identificar...
(Foto de Rita Mota, 6/6/14)

Vermelho!


Hoje é sábado, mais um dia do novo mundo depois da pandemia de Covid-19 (d.C.).

Registrar é preciso. A espécie humana é a única que registra coisas de forma consciente. Dentre os bilhões de animais humanos que já habitaram esta terra por alguns instantes, parte deles registrou algo que viu, sentiu, viveu. Ao lambuzar a mão com algo e marcar paredes em cavernas, os humanos estavam registrando de forma voluntária e isso foi o início dos registros humanos.

A foto que ilustra esta postagem é um registro. Feita por alguém num determinado instante, num determinado lugar no mundo. Neste caso, a companheira Rita Mota postou em sua rede social a abertura do 25º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (há exatos 6 anos). O registro me permite lembrar hoje que naquele momento da foto eu estava coordenando um congresso de trabalhadores do maior banco público do país. 

O registro me permite lembrar do vermelho, a cor que vesti durante minha vida de representação da classe trabalhadora. O registro da foto chama a atenção. Entre 2003 e 2018, vermelhas foram as camisas que usei do sindicato, da confederação, da central sindical; vermelhas foram as camisas com Che, Lula, Dilma; vermelhas foram as camisas da formação política e sindical; vermelhas foram as camisas que confeccionei como diretor de saúde dos bancários do BB. 

Ouvi certa vez que o vermelho simboliza o sangue derramado pelos trabalhadores e escravos, pelos povos explorados e subjugados pelos ricos e por seus lacaios (sejam eles brucutus violentos, sejam eles burocratas e ideólogos); gente vampira, que vive de sugar o sangue dos outros, como ocorre nos sistemas produtivos escravocrata e capitalista. Todas as cores são nossas porque somos natureza, mas vermelho é a minha cor preferida porque sou de esquerda, sou do lado do trabalhador e do povo, e tudo na vida racional e consciente tem significações. Não apoio e não estou do lado dos exploradores.

Estamos em meio às pandemias que causam tragédias humanas. A pandemia do vírus Covid-19 já contabiliza 6.766.997 casos confirmados no mundo, tendo falecido 395.459 pessoas (Jonhs Hopkins University). O número é maior que isso, porque o Brasil, um país jabuticaba, está com os dados desatualizados nos informativos mundiais. De quinta para sexta-feira, o Brasil registrou um aumento de mais de 30 mil casos, mas o regime de exceção sob o qual estamos, sinaliza que vai começar a mexer nos registros oficiais. Que coisa! Até ontem, os registros apontavam 645.771 casos confirmados e 35.026 brasileiros que perderam suas vidas. Boa parte das mortes era evitável, mas o genocídio é fruto de ações políticas. Um país jabuticaba! Não tem nada parecido no mundo.

Só para registrar sem muito me alongar, pois vai que um amigo, um familiar, um conhecido leia, estamos respeitando a quarentena e o isolamento social sugerido pelas autoridades de saúde e, na medida do possível, desde março só saímos de casa para aquisição de víveres, ou algo de extrema necessidade. Eu saio para correr no estacionamento do condomínio, desço e subo pelas escadas e não passo perto de ninguém durante o exercício. É vital para minha sobrevivência. Estou lendo para fortalecer minha mente, e também estudando coisas de cultura para aprender algo em cada dia desta única e frágil existência que temos.

Só para constar, quando digo "pandemias" e não somente a do novo coronavírus é porque uma das pandemias mais trágicas que enfrentamos é a pandemia do bolsonarismo, um vírus de demência cerebral causado pelo ódio e pela ignorância, vírus inoculado pelos meios de comunicação empresarial no Brasil durante mais de uma década, algo intencional e à base de doses diárias de mentiras (fake news) contra os governos populares que melhoraram a vida do povo brasileiro entre 2003 e 2014, governos do PT. Fazer o pobre ascender de vida e ser mais feliz foi fatal para a democracia permitida ao país, as elites estragaram tudo e isso deu no que deu, governos de fraudes, de ódio, mentiras, de morte e violência, gente lesa-pátria e que ataca diariamente a classe trabalhadora.

Todo ato tem consequência...

Chega de registro por hoje.

William

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