quinta-feira, 12 de setembro de 2024

A Comédia Humana - Honoré de Balzac (3)



Refeição Cultural 

"(...) Teremos a ocasião de mostrar que nem por isso A comédia humana, este grandioso fresco da sociedade da Restauração, ficaria manchada de parcialidade, pois o gênio do autor felizmente sobrepujou as tendências de seu espírito. Mas o homem nunca se libertaria desse deplorável esnobismo que lhe faria buscar as rodas aristocráticas, estragando-lhe a felicidade." (p. 36)


É muito interessante conhecer a biografia de figura tão singular da literatura universal do século XIX.

Paulo Rónai vai aos poucos nos apresentando não só as características do escritor francês Honoré de Balzac, como a sociedade francesa das primeiras décadas do século XIX. 

"As tendências monarquistas de Balzac originadas em seu esnobismo (lembre-se o caso da partícula 'de'!) devem ter sido fortalecidas pela atmosfera geral da época, em que era moda entre os jovens literatos ser favorável à Restauração - da qual precisamente o futuro apóstolo republicano, Victor Hugo, era o poeta oficial -, pelo exemplo de certos amigos e, principalmente, de certas amigas..." (p. 35)

O biógrafo nesta parte que li nos apresenta alguns casos amorosos do jovem Balzac. Dois deles, com mulheres mais velhas que ele. A principal delas, a sra. de Berny - a "Dilecta" -, e também a duquesa de Abrantes.

Por fim, a última curiosidade, Balzac publicou em escala "industrial" romances ruins sob pseudônimos, ele tentava se sustentar através da literatura. 

"(...) é que não punha seu nome em nenhum deles, mas publicava-os sob pseudônimos - Lord R'hoone (anagrama de Honoré), Horace de Saint-Aubin etc. - ou anonimamente. Mais tarde, embora necessidades de dinheiro o tenham forçado a negociar outra vez os direitos dessas obras, não as quis jamais reconhecer expressamente." (p. 31)

É isso! Legal essa preparação para mergulhar em A Comédia Humana

William 


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