Refeição Cultural
Janeiro de 2025
Aniversário 66 da Revolução Cubana
1° de janeiro de 2025. Quarta-feira.
"EL OTRO
Nosotros, los sobrevivientes,
¿A quiénes debemos la sobrevida?
¿Quién se murió por mí en la ergástula?
¿Quién recibió la bala mía,
La para mí, en su corazón?
¿Sobre qué muerto estoy yo vivo,
Sus huesos quedando en los míos,
Los ojos que le arrancaron, viendo
Por la mirada de mi cara,
Y la mano que no es su mano,
Que no es ya tampoco la mía,
Escribiendo palabras rotas
Donde él no está, en la sobrevida?"
(Enero 1ro, 1959. Roberto Fernández Retamar. Poeta y ensayista)
Estive em Cuba nos últimos dois anos: em 2023, para participar do 1° de maio e, em 2024, para participar da Feira do Livro de Havana. Foram semanas de muita aprendizagem e refeições culturais diárias.
Da primeira viagem, trouxe mais de uma dezena de livros. Estou lendo eles aos poucos.
A segunda viagem foi um complemento da primeira, em relação à experiência cultural.
Trouxe menos livros na última vez e também estou lendo alguns deles na medida do possível.
O livro citado abaixo tem boa parte de seus textos baseados no clássico de Fidel Castro "A história me absolverá" e também em matérias jornalísticas da "Revista Bohemia" e outras publicações importantes do país.
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¿POR QUÉ LA REVOLUCIÓN CUBANA?
Na Feira do Livro de Havana, um livro de imagens me chamou a atenção, uma edição bonita, um material que no Brasil custaria muito caro.
Comprei o livro por um valor simbólico, alguns reais: "¿Por qué la Revolución Cubana? - La verdadera historia de la dictadura de Fulgencio Batista" (2021).
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ALICIA ALONSO
Tem uma parte no livro que nos conta a postura firme da bailarina Alicia Alonso nos anos cinquenta, período da ditadura de Batista, ao enfrentar o regime que atuava como todo regime fascista atua, ou seja, para acabar com todas as formas de cultura do povo cubano.
Alicia enfrentou com postura firme o ditador e seus militares brucutus. Ela teve que se exilar do país, voltando assim que a Revolução triunfou em 1959.
Por isso, REVOLUÇÃO!
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ANTES DA REVOLUÇÃO, CUBA ERA UM PAÍS-CASSINO
Ao longo de décadas, durante toda a primeira metade do século 20, os Estados Unidos e a elite cubana transformaram Cuba num cassino a céu aberto.
Enquanto a miséria atingia 90% da população do país, a máfia controlava os jogos na ilha, e a propina era distribuída de forma sistemática, chegando até o palácio presidencial.
O desemprego era absurdo, e o desespero e a fome faziam o povo sonhar com um prêmio que nunca viria para todos em jogos de azar. O jogo sugava os recursos da população em favor da máfia e dos políticos.
Por isso, REVOLUÇÃO!
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UM POVO SEM ACESSO A EDUCAÇÃO
Antes da Revolução Cubana, mais de 550 mil crianças de 6 a 14 anos não tinham acesso às escolas, quase a metade do total no país, segundo o censo de 1953.
"... Lo inconcebible es que el treinta por ciento de nuestros campesinos no sepa firmar, y el noventa y nueve por ciento no sepa historia de Cuba" (Fidel Castro, La historia me absolverá)
Por isso, REVOLUÇÃO!
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APÓS TRIUNFO DA REVOLUÇÃO, MUDANÇAS BENEFICIAM O POVO
1959 foi um ano de grandes mudanças em benefício do povo cubano.
Uma parte muito legal no livro é a que vai descrevendo mês a mês, conquista a conquista, os decretos e leis que vão sendo editados com as mudanças e reformas institucionais para garantir direitos ao povo cubano.
É assim a Reforma Agrária, a política de erradicação do analfabetismo, a redução dos preços dos alimentos e dos aluguéis etc.
Dezenas de quartéis do antigo regime repressor de Batista se transformam em escolas e universidades como, por exemplo, o Quartel Moncada.
"Imposible derribar un gobierno que convierte las fortalezas en escuelas" (Fidel Castro)
Por isso, REVOLUÇÃO!
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Viva a Revolução Cubana! Viva o povo cubano!
Comemoremos esta data tão importante para nós que sonhamos com um mundo livre do capitalismo e seus efeitos nefastos.
Viva o 1° de janeiro de 1959, o dia da libertação do povo cubano.
William Mendes
Bibliografia:
¿Por qué la Revolución Cubana? La verdadera historia de la dictadura de Fulgencio Batista. Selección, organización de textos y fotografías de Lic. Juan Carlos Rodríguez Cruz. Editorial Capitán San Luis. La Habana, 2021.
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