segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Thomas Mann e reflexões sobre tortura e assassinato estatal


Falando em idade média no post, vejam que
linda foto tirei desta igreja antiga no centro
de Florença, Itália, o berço do Renascimento.


Refeição Cultural

Li mais um capítulo de A Montanha Mágica, de Mann. Leitura extremamente densa. Se trata de um embate filosófico entre o humanista Settembrini e o jesuíta Naphta.

O embate discute vários temas como, por exemplo, a tortura enquanto instrumento oficial - legal - usado durante a idade média para obter a confissão em julgamentos, e também sobre a pena de morte. Os temas são bastante polêmicos.

Lembro-me que fui adepto dessa ideia de olho por olho, dente por dente, enquanto política de Estado e que mudei de opinião depois que entrei para o movimento sindical.

Quando fiz um artigo falando a respeito da pena de morte, li alguns argumentos do professor Hélio Bicudo que balizaram o que tenho como convicção hoje: o Estado não deve assassinar.

Ninguém pode tirar o meu direito pessoal e subjetivo de revidar e vingar, mas ao fazer isso terei que arcar com as penalidades legais impostas pela sociedade.

DA PENA DE MORTE AOS SEIOS DE DUÍLIA

Reli um conto de Aníbal Machado - Viagem aos seios de Duília. Fica a pergunta: é melhor guardar a imagem de um passado ou instante como saudosa lembrança ou é melhor arriscar-se a buscar um instante que não volta mais e também acabar com aquele alimento da ilusão saudosa?

Para aquele que tem no passado o alimento do prazer é de se pensar...

É isso!

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Post Scriptum:

O ódio que senti na última vez em que fui assaltado me fez regredir aos tempos de adolescência. Não melhorei muito, não. Se eu pudesse, teria matado aquele bando de ladrões que estava na passarela de trem da CPTM assaltando pobres e trabalhadores. Aqueles desgraçados não mereceriam viver. (09/12/09)

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