Este blog é para reflexões literárias, filosóficas e do mundo do saber. É também para postar minhas aulas da USP. Quero partilhar tudo que aprendi com os mestres de meu curso de letras.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
84ª São Silvestre - 2008
Missão cumprida!
Meta atingida!
Consegui correr a São Silvestre e terminar a prova, coisa que não tinha certeza de realizar pelo estresse deste semestre.
Melhor ainda: fiz um tempo menor que a prova do ano passado.
Corri em 99' os 15 km. (ano passado havia corrido em 105')
Subi a Brigadeiro correndo feito gente grande, deixando o povo para trás (rsrsrs)!
É isso!
Agora é fazer os 900 Km do caminho de Santiago de Compostela...
Agora é conseguir completar uma meia-maratona...
Agora é completar a 85ª São Silvestre em 95'...
Apesar de achar uma bobagem esse negócio de datas, felizes dias a partir de janeiro de 2009...
Post Scriptum (26/9/15):
Nossa! Ao reler a postagem tantos anos depois, vejo como é antigo meu desejo de correr uma meia maratona. Estou treinando para tentar correr a minha primeira prova nestes últimos dois meses em 2015 e faltam poucos dias para a Meia Maratona de Florianópolis (11/10/15). Não estou 100% certo de correr tudo bem porque meu Tendão de Aquiles do pé direito está muito sensível. Mas sou um bicho persistente e vamos ver o que vai dar.
Percebi que é antigo também o contexto dos semestres de trabalho serem muito intensos e prejudicarem qualquer tentativa de treinos mais regulares...
Post Scriptum (18/10/15):
Pois é... fui para Santa Catarina sem saber ao certo se faria ou não a prova da meia maratona e foi uma emoção muito grande correr a prova inteira e completá-la em 150' (leia aqui).
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Domingos Paschoal Cegalla - In: Aliás - Estadão
Voz ativa
Aos 88 anos, o pioneiro da gramática brasileira quer mais ousadia na reforma ortográfica
Mônica Manir - O Estado de S.Paulo
Marcos D'Paula/AE
In medio virtus. Em outras palavras, nem muito ao mar nem muito à terra. Eis a cordilheira sobre a qual se instala Domingos Paschoal Cegalla, gramático que atravessou quase cinco gerações de estudantes brasileiros, quando avalia o caminho que traçou para chegar ao Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa: "Nem demasiada condescendência com os desvios da boa norma, nem caturrice vernaculista".
Não consta, face a face, que o professor Cegalla seja um senhor caturra - a não ser que eu escrevesse tête-à-tête agorinha mesmo, como, enfim, acabo de fazer. Para esse catarinense de 88 anos, voz pausada, olhar etéreo e mãos doces, não devemos nos deixar contaminar por termos peregrinos. Por que hall, se temos vestíbulo? Por que trupe se temos elenco? Por que complô se grassa a conspiração? Aos estrangeirismos que se apegaram ao português feito nhacas, ele propõe um reboco na forma vernácula. Recorde, xorte e imbrólio, no seu ângulo de visão, seriam preferíveis a record, short e imbroglio.
Já diante da possibilidade de confusão que se avizinha com o novo acordo ortográfico, previsto para entrar em vigor nos países lusofalantes a partir de 2009, Cegalla reage com certo agastamento. "Essa reforma é muito tímida e superficial." Queria mais punch, ops!, ousadia para atingir não somente os sinais diacríticos (entre eles o trema, o acento agudo de jibóia e o circunflexo de vôo) como também certas incoerências que se notam no sistema ortográfico brasileiro. Uma desumanidade, por exemplo, é escrever desumano sem h e co-herdeiro com o dito cujo". Ninguém hesitaria em pronunciar corretamente co-herdeiro sem este h, que me parece inútil." Pode parecer perseguição, mas lá vai Cegalla propor a guilhotina nas palavras que começam exatamente com essa mísera letra. Hesitaria seria esitaria; hoje, oje. Assim, de supetão, parecem casos de anencefalia. "Grafa-se hoje porque vem do latim hodie." A bem da simplificação ortográfica, portanto, o h etimológico inicial perderia o emprego.
A bem de romper a estranheza com mudanças, o professor lembra o sistema ortográfico de 1943. Iniciativa da Academia Brasileira de Letras, causou rebuliço porque, entre outras medidas, trocou officio por ofício, psalmo por salmo, attento por atento, rhinoceronte por rinoceronte. "Por ter abolido o th, o ph e as consoantes geminadas inúteis, nossa ortografia, com a espanhola, é das mais avançadas no mundo", categoriza. Sobre sua atração pela língua em si, ele bota o indicador na testa para recobrar o que Eça disse ao amigo Eduardo Prado: "Os brasileiros falam português com açúcar".
Cegalla nasceu duplo "l" em Tijipió, com j e acento no ó, distrito de Tijucas, a cerca de 50 quilômetros de Florianópolis. Lidava com cana-de-açúcar na fazenda do pai, mas o apetite voraz pela leitura não teria vindo da sacarose, e sim de um dom inato. Até os 12 anos deu expansão às suas energias. A partir de então foi enviado a Curitiba para estudar no Colégio Santa Maria, dos irmãos maristas, tradicionalmente dedicados ao ensino. Ainda na capital formou-se em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, não sem antes passar pela hedionda tarefa de trancar a matrícula por quase dois anos para servir no Exército, quando esteve cotado para ser pracinha da FEB. Protocolista na ocasião, enviou um pedido de dispensa ao então ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, e ganhou o aval para voltar aos estudos.
ESTRANGEIRISMOS
"Por que hall se temos vestíbulo"
Passada a guerra, o Paraná ficou pequeno para suas ambições profissionais. Rasgou então a estrada até São Paulo, onde deu aulas de português no Colégio Marista do Carmo, perto da Av. Rangel Pestana, até 1952. Amante da beleza, seja na mulher, seja na natureza, virou e revirou um mapa do Rio até pontuar a zona sul. Mudou-se em 1953, decidido a ficar. No Colégio Rio de Janeiro, em Ipanema, ensinou latim e português a turmas do ginásio. No Santo Inácio, em Botafogo, foi mestre de português e também de literatura, com um diferencial: passou a usar a si mesmo nas aulas. Explica-se. Angustiado com o material didático disponível na época, limitado e sem ilustrações, recheado de textos arcaicos e enfadonhos, Cegalla organizou as anotações feitas durante anos em cadernos de brochura até chegar à Novíssima Gramática da Língua Portuguêsa, que levava circunflexo na época. Era já uma gramática normativa, publicada pela Companhia Editora Nacional e abonada por trechos de obras de autores modernos, como Drummond, Cecília Meireles e Luís Jardim. "As frases não podiam ser muito longas e tinham de oferecer um conteúdo ideológico, um colorido poético." Nananinanã, portanto, para "A mulher pôs a água no fogão e começou a mexer a comida". Prefere "Obelisco não é mourão em que se amarram cavalos" ou "Não se atravessam oceanos só para dançar valsas", cujas autorias aqui não revelamos para quiçá atiçar a curiosidade do leitor.
Confessa que o Novíssima da gramática foi idéia dele, tão-somente dele, inspirado nos Novíssimos Estudos da Língua Portuguesa, do gramático Mário Barreto. O superlativo absoluto poderia se configurar um tiro no pé, não fosse Cegalla pioneiro na tarefa de promover uma arrumação tranqüilizadora e consistente nos fatos gramaticais. "Considero a obra dele de grande respeitabilidade dentro da época em que trabalhou com isso", afirma Maria Helena de Moura Neves, livre-docente da Unesp e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, autora entre outros de A Gramática Funcional (Martins Fontes) e usuária da gramática de Cegalla quando deu aulas no ensino fundamental e médio há mais de 20 anos.
O sucesso da obra foi tamanho que o professor repousou o giz na lousa após 35 anos de magistério para se dedicar exclusivamente aos pedidos da editora. Além da Novíssima, em sua 47ª edição, assina a Nova Minigramática, o Dicionário Escolar, dois livros de poesia (Canção de Eurídice e Um Brado no Deserto), o Dicionário de Dificuldades (Lexicon Editora) e traduções de Édipo Rei e Antígona diretamente do grego, essa última, premiada com o Jabuti, que Cegalla, aliás, não foi receber. "Estudei grego na faculdade e depois li a gramática grega sete vezes até assimilar a conjugação". No prelo estão os episódios, segundo ele, mais bonitos da Eneida, de Virgílio, dados à luz em português há seis meses por meio do latim. Também está a caminho a Novíssima Gramática já adaptada ao novo acordo ortográfico.
Pelos números da editora, Cegalla vendeu aproximadamente 16 mil exemplares da Novíssima no ano passado, enquanto seu dicionário com mais de 20 mil verbetes, incorporado pelo Programa Nacional do Livro Didático, porém não organizado por ele, chegou a 1,5 milhão de exemplares. Com os direitos autorais acumulados por décadas ele ergueu seu patrimônio, que abraça um imóvel em condomínio fechado no Leblon para uso próprio, da mulher e de um dos quatro filhos, mais apartamentos que aluga a turistas no Rio. Não obstante, ser gramático normativo não lhe rende atualmente verdes louros na academia, avessa a descritivismos tradicionais e defensores arraigados da língua. Seu isolamento também o afastou das rodas lingüísticas, que Cegalla, com toda a delicadeza, considera pouco funcionais. "A prática da língua se aprende na gramática.
"No terceiro andar da casa do Leblon, ele respira imperativos, concordâncias verbais, vozes passivas, sufixos nominais e superlativos absolutos sintéticos eruditos que emanam de aproximadamente 5 mil seletos títulos, a saber, obras completas de Machado, Bandeira, Vinicius, Drummond, Alexandre Herculano e outros que pinça de acordo com a necessidade e o humor. Do último livro que leu, não se lembra. Era autor português novo, e são muitos os autores novos de qual língua quer que seja. As histórias, na verdade, lhe são secundárias.
Escarafuncha a estrutura das frases e, por isso, considera-se moroso na leitura. Leva de uma a duas semanas para terminar um romance médio, também porque as pelejas de futebol roubam algumas de suas noites e tardes. Impossível saber se sempre andou com vagar ou se é a idade que dita seu ritmo. Mas é lépido no gatilho para perceber que alguém se constrange ao se sentar ante um gramático: "Sempre evitei corrigir as pessoas quando falam por outra cartilha". Logo diz para os convivas se acalmarem e conversarem naturalmente, para não terem receio, que não é nenhum bicho-papão. Mas ai de ti se disser cataclisma ou se pedir que coloque menas água no copo. "Aí eu não resisto."
Fonte: O Estado de SP, 5/10/08
Post Scriptum (5/4/20):
Em geral, quando releio textos anteriores ao novo padrão ortográfico da Língua Portuguesa, eu corrijo as palavras. Mas não teria sentido fazer isso neste texto com o Cegalla porque o texto inclusive aborda mudanças que vão ocorrer ou que deveriam ocorrer - na opinião dele - no ano seguinte a esta entrevista. Cegalla faleceu em 2013.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Caminhada pós-viagem
Ipê rosa para embelezar a vida e a postagem. |
Bom, retornei hoje pela manhã da casa de meus pais em Minas Gerais. Fui para o trabalho e, agora à noite, caminhei 60' para relaxar a musculatura do corpo.
Este ano foi difícil para treinar. Fiz o que foi possível. Espero não ter nenhuma lesão e ter forças para completar a corrida de São Silvestre depois de amanhã.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Caminhada pra relaxar
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Corrida - maior percurso do ano!
PS: Ipê vila-iarano para embelezar a postagem. |
Apesar do receio que estou da corrida de São Silvestre, daqui a 9 dias, realizei um teste hoje e felizmente passei.
Me concentrei durante o dia e corri agora à noite, após a chuva, cerca de 13 km em 80' em trote leve.
Me saí bem e creio que será possível completar o percurso. Estou contente por meu corpo ter correspondido ao meu comando.
domingo, 21 de dezembro de 2008
Músicas - Eclético total
SSZZomm totalmente eclético nessa última hora e meia em meu Winamp.
ZZTOP, Zizi Possi, Zico e Zeca, Zezé di Camargo e Luciano, Zero, Zeca Pagodinho, Zé Ramalho...
Fechei com Youssou N'dour & Neneh Cherry - Seven seconds (pra mim, essa música é uma viagem)
Fonte:
O videoclipe está disponível no Youtube e dispõe de diversas formas de acesso a esta música e aos demais trabalhos do artista.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Muita caminhada hoje
Ipê embelezador de postagem (à posteriori). |
Pela manhã, caminhei cerca de 5 km, pois fui à pé até a Rodoviária de Osasco. Depois, fui até a loja de aquário perto da regional Osasco do Sindicato. Em seguida, fui até o Plaza Shopping e andei até a minha casa.
No fim do dia, fui andar no Parque Continental, onde, além de andar uns 4 km, fiz 3 tiros de 500 m: 2'25"; 2'15" e 2'05".
Corrida 26'
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Mississipi em chamas... E o mundo segue racista!
Refeição Cultural
Cara, sigo a cada instante buscando preencher lacunas e mais lacunas culturais, sejam elas sobre filmes, livros, músicas; sejam elas lacunas científicas, sociológicas etc e tal.
Continuo buscando obras sempre muito comentadas, referenciais e que nos fazem falta por não conhecê-las.
Finalmente, assisti ao filme Mississipi em chamas, vinte anos depois de seu lançamento. Nada mal: lançado quando eu tinha 19 anos e assistido outro tanto de tempo depois.
Ficha Técnica
Mississipi em Chamas (Mississipi Burning)
País/Ano de produção: Estados Unidos, 1988
Duração/Gênero: 122 minutos, Drama/Policial
Direção de Alan Parker
Roteiro de Chris Gerolmo
Elenco: Gene Hackman, Willem Dafoe, Frances McDormand,
Brad Dourif, R. Lee Ermey, Gailard Sartain, Michael Rooker, Stephen Tobolowsky.
COMENTÁRIO
O filme é muito bom.
Nos põe a refletir mesmo: de onde vem tanto ódio? Tanta intolerância ao outro?
Estamos em 2008. Quase meio século depois dos fatos que motivaram aquele "Verão da liberdade"; temos um presidente norte-americano recém-eleito de pele negra. Isso é muito bom para todos nós desta aldeia global.
No entanto, também como no século XX, aumenta por todo o mundo a intolerância ao outro, ao diferente. O mundo volta a respirar todas as formas de discriminação e fobia.
É engraçado e muito triste. A ciência avança e as coisas não mudam. Sabemos que somos todos iguais como raça humana e diferentes como grupos culturais e sociais, e a coisa continua na mesma.
Onde vamos parar?
Lembro aqui o dístico do grupo Alphaville:
"Hoping for the best
but expecting the worst" (Forever Young)
That's all!!
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Post Scriptum (5/4/20):
Respondendo à pergunta que fiz ao final da reflexão, "Onde vamos parar?", hoje é possível dizer, mesmo não sabendo ainda aonde vai chegar a distopia atual: com o ódio e intolerância, em 2020, paramos em Trump e Bolsonaro. Mas tem espaço pra piorar; quem sabe até a gente extinguir a raça humana, que parece não ter dado certo no mundo...
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Instantes de fim de ano
Lição 5 do CD-Rom 2 de Inglês
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Caminhada de 6,5 km pela manhã
domingo, 14 de dezembro de 2008
Força, Potência e Resistência - por Dr. Joaquim Grava
Fotografias: aéreas de São Paulo. Por: William. (foto incluída depois) |
"A FORÇA corresponde à capacidade máxima do músculo e é importante para que os segmentos corporais tenham controle adequado, além de suporte para nosso peso.
A POTÊNCIA é a rapidez com que o músculo produz energia e sua função é a agilidade e a resposta imediata da musculatura para a explosão.
A RESISTÊNCIA é a capacidade do músculo em repetir movimentos por um período de tempo estabelecido, evitando o cansaço." (Dr. Joaquim Grava)
Refletindo sobre minha condição física, faltando duas semanas para a 84ª São Silvestre, penso que estou sem resistência.
A chance de melhorar faltando tão pouco tempo não é grande. Procurarei fazer uma alimentação mais balanceada nesses dias finais, além de procurar trabalhar a mente para ter bons comandos ao corpo.
Vou dormir melhor e caminhar bastante. Meu objetivo atual é completar a prova novamente.
Corrida de 40' (estou longe do objetivo)
Post Scriptum: flores que embelezam a vida. |
Corri hoje cerca de 6,5 km em 40'. Estou preocupado com o meu objetivo de completar a 84ª São Silvestre.
Ano passado, eu estava mais focado e consegui debutar bem. Foi muito bom.
Este ano, estou cansado e quando chego próximo aos 8 ou 9 km, começa a faltar energia.
A partir de agora, vou descansar mais, comer melhor, focar muito o objetivo de completar a prova e ler um pouco a respeito de treinos de resistência.
Também irei me concentrar e meditar para que meu corpo obedeça a meus comandos e me leve até a linha de chegada da prova no dia 31 de dezembro.
sábado, 13 de dezembro de 2008
A morte em Saramago - Definições
A morte e o cavaleiro no filme O Sétimo Selo, de Bergman. |
Refeição Cultural
Veja um excerto do livro Todos os Nomes, de José Saramago.
"Em todo o caso não seria justo esquecer as dificuldades dos vivos. É mais do que certo e sabido que a morte, quer por incompetência de origem quer por má-fé adquirida na experiência, não escolhe as suas vítimas consoante a duração das vidas que viveram, procedimento este, aliás, entre parênteses se diga, que, a dar crédito à palavra das inúmeras autoridades filosóficas e religiosas que sobre o tema se pronunciaram, acabou por produzir no ser humano, reflexamente, por diferentes e às vezes contraditórios caminhos, o efeito paradoxal duma sublimação intelectual do temor natural de morrer. Mas, indo ao que nos interessa, aquilo de que a morte nunca poderá ser acusada é de ter deixado ficar indefinidamente no mundo algum esquecido velho, apenas para se ir tornando cada vez mais velho, sem merecimento ou outro motivo visível. Já se sabe que por muito que os velhos durem, a hora deles acabará sempre por chegar."
E AQUI VAI MEU AFORISMO A RESPEITO DO EXCERTO:
A morte: equivocada, às vezes. Mas, certeira, não se escapa dela.
William Mendes
A morte em Thomas Mann - Definições
A morte e o avarento. Hieronymus Bosch. (1485-90) |
Refeição Cultural
Leitura de um capítulo de A Montanha Mágica. Foi um capítulo mais de descrição que de reflexão, como o anterior.
O anterior tratou do tema morte, onde Mann faz uma reflexão fantástica sobre ela. Para quem ela existe? Para quem ela é um problema? Quem a sente?
Enquanto sou, não há morte. Há morte quando não sou. A não coincidência dos eventos é reconfortante. Jamais posso sentir a morte porque o sentido, a sensação, só é possível aos vivos. A partir do instante em que eu não for, não ser, não haverá morte para mim.
Quem sente a morte são os outros. Ela é um problema para os outros vivos. De forma egoísta, de não penalização pela dor do outro, não há por que temer a morte. Você não a viverá. Nem irá senti-la.
A morte, enquanto algo real, tangível, não existe para o ser objetivo que a encontrará. Não haverá a "experiência da morte". Trata-se, aqui, da dor da perda do outro. Essa nos é de direito. E aí já é outra reflexão...
Diário do não-temente da morte (d'eu).
William Mendes
O anterior tratou do tema morte, onde Mann faz uma reflexão fantástica sobre ela. Para quem ela existe? Para quem ela é um problema? Quem a sente?
Enquanto sou, não há morte. Há morte quando não sou. A não coincidência dos eventos é reconfortante. Jamais posso sentir a morte porque o sentido, a sensação, só é possível aos vivos. A partir do instante em que eu não for, não ser, não haverá morte para mim.
Quem sente a morte são os outros. Ela é um problema para os outros vivos. De forma egoísta, de não penalização pela dor do outro, não há por que temer a morte. Você não a viverá. Nem irá senti-la.
A morte, enquanto algo real, tangível, não existe para o ser objetivo que a encontrará. Não haverá a "experiência da morte". Trata-se, aqui, da dor da perda do outro. Essa nos é de direito. E aí já é outra reflexão...
Diário do não-temente da morte (d'eu).
William Mendes
Inglês 8 (lição 2 CD 2)
Flores vermelhas... Flamboyant da avenida de casa. |
Mais lições com estruturas e vocabulário. Estou revendo uma língua que há muito esqueci.
- chicken, beef, vegetables, pasta, fish, pork, ham, fruit, minced beef (carne moída).
- Belgium, Greece, Ireland, Italy, Spain, Germany, Switzerland.
Verbs MAKE and DO
The general rule is to use MAKE with a physical final product and DO with abstract final product. There are nevertheless (no entanto, mesmo assim) a number of exceptions that do not follow this rule.
- I am MAKING some tea.
- He is MAKING a film.
- I DO homework everyday.
- He always DOES his work.
Eating out in the United Kingdom (UK)
- The pizza is delicious.
Every country has tradicional dishes:
- lasagne is italian.
- fish and chips are english.
- paella is spanish.
COMPARATIVE ADJECTIVES 1
Adjetives can be used for comparing nouns.
The comparative mode of any adjective is used for this purpose. The rule for one-syllable adjetives is to add an ER to the end of any adjective:
- BIG = BIGGER
- TALL = TALLER
Only an R would be added if the adjective ends in E:
- NICE = NICER
(we use word THAN to complete our comparative statement)
A night out = um passeio à noite
- ele tem um hamburguer = he has a hamburger
- torta de maça não é mais fria que sorvete = apple pie ins't colder than ice cream
- isso é uma salsicha? = is that a sausage?
- vinho é mais gostoso que água = wine is nicer than water
- você está com os meus livros? = have you got my books?
- nós temos copos e pratos? = have we got glasses and plates?
COMPARATIVE ADJECTIVES 2
For adjectives of THREE or MORE SYLLABLES, the following construction will be used:
- BEAU-TI-FUL = MORE BEAUTIFUL
- IN-TE-LLI-GENT = MORE INTELLIGENT
For two-syllable adjectives not ending in Y, the above rule applies:
- CLE-VER = MORE CLEVER
When ending in Y, Y will be changed for I:
- HA-PPY = HAPPIER
VOCABULARY:
- hamburger; sandwich; ice cream; hot dog; apple pie; ham; soup; custard (creme); sausage (salsicha).
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Inglês 7 (lição 1 CD 2)
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Conseguirei chegar ao sopé dos Pirineus?
Flamboyant da Av. Manoel P. Pimentel, 200. |
Dia mais, dia menos, e o dólar disparou de vez.
Quando recomecei meu projeto de fazer o Caminho de Santiago no semestre passado, o valor da moeda americana era de aproximadamente R$1,60. Hoje, depois da crise financeira internacional está na casa dos R$2,40.
Aí eu me pergunto: será que chegarei ao sopé dos Pirineus? Minha intenção é fazer um voo até Madri, partir de lá de trem até Roncesvalles, ir de lá até Saint Jean Pied de Port na França e começar atravessando o Pirineus no primeiro dia. Esse é o chamado Caminho Francês.
Caminho Francês
Etapa 1 Saint Jean Pied de Port - Roncesvalles (25 Km)
Etapa 2 Roncesvalles - Larrasoña (27,4 Km)
Etapa 3 Larrasoña - Pamplona (15,5 Km)
Etapa 4 Pamplona - Puente de La Reina (23,5 Km)
Etapa 5 Puente La Reina - Estella (22 Km)
Etapa 6 Estella - Los Arcos (21 Km)
Etapa 7 Los Arcos - Logroño (28 Km)
Etapa 8 Logroño - Nájera (29 Km)
Etapa 9 Nájera - Santo Domingo de La Calzada (28 Km)
Etapa 10 Santo Domingo de La Calzada - Belorado (22,5 Km)
Etapa 11 Belorado - San Juan de Ortega (24 Km)
Etapa 12 San Juan de Ortega - Burgos (27,6 Km)
Etapa 13 Burgos - Hornillos del Camino (20 Km)
Etapa 14 Hornillos del Camino - Castrojeriz (20 Km)
Etapa 15 Castrojeriz - Frómista (25 Km)
Etapa 16 Frómista - Carrión de Los Condes (19 Km)
Etapa 17 Carrión de Los Condes - Lédigos (23,4 Km)
Etapa 18 Lédigos - Sahagún (16,2 Km)
Etapa 19 Sahagún - El Burgo Ranero (17,9 Km)
Etapa 20 El Burgo Ranero - Mansilla de Las Mulas (18,7 Km)
Etapa 21 Mansilla de Las Mulas - León (18,4 Km)
Etapa 22 León - Villadangos del Páramo (21 Km)
Etapa 23 Villadangos del Páramo - Astorga (30 Km)
Etapa 24 Astorga - Rabanal del Camino (20,5 Km)
Etapa 25 Rabanal del Camino - Molinaseca (25 Km)
Etapa 26 Molinaseca - Villafranca del Bierzo (31 Km)
Etapa 27 Villafranca del Bierzo - O Cebreiro (30 Km)
Etapa 28 O Cebreiro - Samos (28,3 Km)
Etapa 29 Samos - Portomarin (32,3 Km)
Etapa 30 Portomarin - Palas de Rey (24,3 Km)
Etapa 31 Palas de Rey - Arzúa (28,6 Km)
Etapa 32 Arzúa - Monte do Gozo (39 Km)
Etapa 33 Monte do Gozo - Santiago (5 Km)
Fonte: www.mundicamino.com/
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Post Scriptum (5/4/20):
Pois é... ao reler o início desta postagem, percebo que uma de minhas preocupações naturais era com o valor do dólar. Vejam como são as coisas! O Brasil sofreu um golpe de Estado em 2016 para interromper os governos do Partido dos Trabalhadores, período histórico de maior avanço nos direitos sociais da classe trabalhadora brasileira, e hoje temos um país destruído pela Lava Jato e pelo bolsonarismo. O dólar foi cotado esta semana a R$ 5,30. Realidade impensável uma década antes. Eu não fiz até hoje o Caminho de Santiago. Vai saber se ainda o farei. O mundo enfrenta uma pandemia desde o início de 2020, o novo coronavírus (Covid-19) e nada mais será como antes após as quarentenas em casa, as mortes e a destruição da economia no atual modo de produção capitalista. Se sobrevivermos, veremos...
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Instantes - 081208 (vida política)
Estou indo para o trabalho agora pela manhã e vou para o interior de São Paulo para participar de um encontro de dirigentes sindicais do BB, organizado pela Contraf-CUT.
Volto ao blog em 3 dias.
Inglês 6
domingo, 7 de dezembro de 2008
Corrida de 9 km e leituras
Fotografia: Céu de Osasco com prédio e avião. Foto de William. |
Dia lindo e quente. Acordei às 8:30h e tomei meu leite com Sustagem.
Retomei a leitura de A Montanha Mágica, de Mann, deixada de lado há dois meses devido ao trabalho e à faculdade.
O excerto que li fazia uma profunda reflexão a respeito da morte. Muito interessante. Passei da página 700. Agora embalo até o fim.
Bom, lá pelas 11h da manhã, saí para minha corrida. A intenção era de correr bastante, pois falta pouco para a São Silvestre e eu ainda não estou em condições físicas de correr o percurso da prova.
Tenho feito aquilo que li há pouco tempo de não ficar alongando muito antes da prática esportiva, e sim, após o término dela.
Corri 9k em 54' mas me cansei bastante fisicamente. Preciso focar muito até o fim do mês para conseguir completar o percurso de 15k dia 31/12. Aquele desejo de diminuir o tempo que fiz em 2007 está muito distante de se realizar.
sábado, 6 de dezembro de 2008
Sábado lindo lá fora e eu fazendo trabalho de faculdade...
Inglês 5
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Caminhada 6 km
Fotografia: O voo do urubu... Foto de William. |
Cheguei a casa hoje um pouco mais cedo e saí pra caminhar ainda com luz. Andei 60' ou cerca de 6k.
Estou bastante estressado pelo fato de ainda ter que fazer prova de faculdade entrado o mês de dezembro. Eu não contava com isso. Tô saturado. Mesmo!!
E, sempre me pergunto: "Pois é, pra que?"
Inglês 4
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Corrida de 5 km
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Surreal...
Fotografia: aéreas de São Paulo. Foto de William. Essa é nossa cidade do trânsito caótico. |
Cara, é SURREAL...
E eu não acredito em porcaria de lei de Murphy ou coisa do gênero.
FIQUEI NO TRÂNSITO desde as 19:30h indo pra faculdade, onde talvez até faria uma prova substitutiva. Cheguei às 22h!!
Não encontrei mais um dos professores (de Filologia)... ainda encontrei o outro (de Morfologia) e consegui pegar minha nota da prova. Fui bem, mas ainda não há nada definido...
Olha, sem comentários.
P. quel pariu!!!
PS: Não é lei de Murphy, é a porra da cidade onde vivo!!
Inglês 3
Fotografia: aéreas de São Paulo. Foto de William. |
Hoje de manhã, vi mais uma lição do curso de inglês em CD-Rom. Achei interessante o fato de lá constar como artigo indefinido aquilo que no português é pronome indefinido.
some - para expressões afirmativas e
any - para interrogativas e negativas.
Depois verifico em outros materiais se é considerado mesmo como artigo ou como pronome da língua inglesa.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Inglês 2
Olhar de meu mundo... |
Passei agorinha pela lição número 2. O curso em CD-Rom é muito bom. Ele tanto abrange estruturas da língua inglesa como também vai introduzindo vocabulários.
É isso!
THUS = assim, dessa forma
"Thus, without increasing the size of the volume..."
IN THE RESTAURANT
THIS IS A PLATE, THIS IS A STEAK AND THIS IS AN EGG. THIS IS A KNIFE, THIS IS A FORK (tenedor), THIS IS A SPOON (cuchara) AND THIS IS A BOTTLE OF WINE...
I'M CUTTING MY STEAK. (bife, pedaço de carne de vaca)
existe um falso cognato, pois BEEF é carne de vaca e STEAK é o bife que conhecemos.
I'M FILLING MY GLASS.
I'M DRINKING MY WINE.
ON THE TABLE, WE HAVE A KNIFE, A FORK AND A SPOON.
Estudo de Inglês
Amanhecer em meu mundo... |
Aproveitando que terei que devolver para meu primo um curso de inglês em CD-Rom, comecei a revê-lo hoje.
Comecei por fazer a lição número 1 completa. E não é que é interessante!
COMENTÁRIO em 27.9.09
Estive pela primeira vez na Europa por 3 semanas e tive a oportunidade de testar meu inglês e meu espanhol. Penso que não me saí mal, afinal de contas pude me comunicar tranquilamente em espanhol e quando precisei do inglês não foi tão difícil assim.
FALSOS AMIGOS = FALSE FRIENDS
ACTUAL exato, verdadeiro (atual = CURRENT)
BEEF carne de vaca (bife = STEAK)
CASUAL ocasional (casual = CHANCE)
COLLAR colarinho, coleira (colar = NECKLACE)
COLLEGE centro de ensino superior (colégio = SCHOOL)
COSTUME traje (costume = HABIT, CUSTOM)
DATA dados, informação (data = DATE)
EXQUISITE refinado (esquisito = STRANGE)
Fonte:
Dicionário Oxford Escolar, 1999.
"THUS, WITHOUT INCREASING THE SIZE OF THE VOLUME..."
"ASSIM, DESSA FORMA..."
domingo, 30 de novembro de 2008
Caminhada de domingo
O bosque que caminho fica atrás desses prédios. |
Voltei de João Pessoa, Paraíba, esta manhã. Passei a noite quase que acordado. Estava necessitando caminhar para pôr as coisas no corpo em ordem.
Fui andar no pequeno bosque com um dia de sol quente. Caminhei cerca de 7 km. Foi muito prazeroso.
Estava bem deserto e solitário o ambiente. Não há nada melhor que isso. Muito melhor que andar na beira da praia apinhada de gente. Nesse sentido, não faz muita diferença pra mim andar na beira da praia de Caiçara, na Praia Grande, ou na praia de Tambaú, em João Pessoa.
É minha opinião e direito meu em dizê-la.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
E pra não dizer que não falei das flores...
Morfologia - A flexão nominal de número
Oposição entre um indivíduo e mais de um indivíduo.
Como diz Saussure (1922) na língua tudo é oposição.
A situação especial fica por conta dos COLETIVOS, em que a forma singular envolve uma significação de plural. Como se trata de uma UNIDADE homogênea, vem no singular.
Mattoso nos diz sobre alguns casos particulares:
Tanto o plural para a indecomposição linguística de uma série de partes componentes (núpcias, exéquias, funerais), como para a expressão da amplitude (trevas, céus, ares) foram reunidos na gramática greco-latina sob a designação de PLURALIA TANTA, ou, menos adequadamente, PLURAL MAJESTÁTICO.
MORFEMA FLEXIONAL DE PLURAL
O morfema flexional de plural, oposto a um zero (0 singular), é fonologicamente o arquifonema /S/ das 4 fricativas não-labiais (sibilantes: /s/-/z/; chiantes: /s'/-/z'/) em oposição pós-vocálica final.
A sua representação fonológica como /S/ corresponde à realização do morfema diante de pausa. Esta posição parece a mais natural, desde que estejamos focalizando o vocábulo formal isolado. Ela está implícita na letra -s como signo de plural na língua escrita.
OU SEJA, o que verificamos é que há dentro de um dialeto regional, três ou pelo menos dois fonemas possíveis para o morfema flexional de plural em português.
O MORFEMA FLEXIONAL DE PLURAL SE REALIZA COM DOIS OU TRÊS ALOMORFES.
ALOMORFIAS:
1- Alomorfe zero (0) para os nomes paroxítonos terminados em /S/.
Ex.:
- flor simples (simples singular), flores simples (simples plural);
- ourives perito (ourives singular), ourives peritos (ourives plural).
2- Nomes terminados por consoantes no singular que seriam formas teóricas com um tema de vogal -e.
Ex.:
- mar(e)s;
- animal(e)> anima(l)es> animais;
- paz(e)s.
3- Caso mais complexo é o dos nomes de singular em -ão, tônico ou átono. O singular neutraliza 3 estruturas radicais distintas, ou antes, uma estrutura de tema em -e e outra, que ora tem o tema em -e, ora tem o tema em -o. Nesta última a forma teórica coincide com a forma concreta singular e o plural se faz regularmente pelo acréscimo de /S/ do plural:
Ex.:
- irmão-irmãos;
- órfão-órfãos.
Já a vogal do tema em -e se combina com uma estrutura terminada em -ã/aN/ e outra terminada em -õ/oN/. A vogal do tema se incorpora como assilábica à sílaba de travamento nasal e este passa a travar o tema:
Ex.:
- pãe/pa'N/ > pães;
- leõe/leo'N/ > leões.
Donde:
1) -ão: -ãos; -ãe: -ães. (só em mãe o tema teórico se realiza no singular: mãe:mães); -õe: -ões.
-ÕE: -ÕES é a estrutura mais frequente, ou antes, a estrutura geral, de sorte que a maioria dos singulares em -ão, sendo teoricamente õe, forma o plural em -ões.
As duas outras estruturas são tão reduzidas que se podem esgotar em pequenas listas.
É bom lembrar que existe variação livre de duas ou três estruturas teóricas para vários nomes:
Ex.:
- aldeão = aldeões, aldeãos e aldeães.
Bibliografia:
CÂMARA Jr., J. Mattoso: Estrutura da Língua Portuguesa, 23ª edição, Editora Vozes, Petrópolis 1995.