terça-feira, 10 de março de 2009

Lendo Os Sertões, de Euclydes da Cunha




Refeição Cultural

A Nota Preliminar do livro, feita pelo autor, já nos diz tudo sobre quem, quando, onde, por que e pra que, ou seja, nos situa sobre a ideia, nem sempre clara, da importância para o receptor da obra e ou leitor, de saber situar quem fala o que a quem.

Que qualquer discurso é dito por alguém que sempre tem posição e fala de algum lugar. Poucos leitores têm clara esta visão, o que faz da leitura uma meia-leitura. O que não é de todo ruim. É melhor ler do que não ler.

A esperança minha sempre é das releituras, em novas oportunidades da existência, com novas bagagens de crescimento intelectual nos indivíduos.

Não cito agora a Nota Preliminar. Esta merece estar aqui inteira, pois cada parágrafo é tudo que representa a obra e o autor. Fica pra outra hora.

Alguns excertos interessantes da leitura de hoje:

- "pelos campos de criação avermelhavam, nodoando-os, os montões de argila revolvida das catas entorroadas; e da envergadura atlética do vaqueiro surgira, destemeroso, o jagunço"

- "imaginemos que dentro do arcabouço titânico do vaqueiro estale, de súbito, a vibratibilidade incomparável do bandeirante. Teremos o jagunço"

- "ao passo que as caatingas são um aliado incorruptível do sertanejo em revolta. Entram também de certo modo na luta. Armam-se para o combate; agridem. Trançam-se, impenetráveis, ante o forasteiro, mas abrem-se em trilhas multívias, para o matuto que ali nasceu e cresceu"

A CAATINGA É ALIADA DO SERTANEJO...


Bibliografia:

CUNHA, Euclydes da. Os Sertões. In: Grandes Nomes do Pensamento Brasileiro. Coleção Folha de São Paulo, Publifolha 2000.

Nenhum comentário:

Postar um comentário