Tanto tenho lido e estudado nos últimos tempos que, vez por outra, preciso me perguntar aonde essa dedicação vai levar.
Minha vontade de ser um intelectual deve estar associada a algo de útil para o meu mundo.
Tenho pensado na ideia quase abstrata da paz. Será que ela é possível?
Vivo dizendo em casa que não se deve odiar a política como querem os poderosos que fazem de tudo para afastar o povo da verdadeira Política. Esse afastamento é a melhor forma de se manter o status quo.
Há duas maneiras de se produzir mudanças sociais: pela guerra ou pela paz, ou seja, pela Revolução ou pela Política.
Não conheço muitas biografias de pacifistas, mas quando leio algo sobre pessoas como Gandhi, Mandela e, mais recentemente, Lula da Silva, me emociono.
Esse metalúrgico brasileiro do Partido dos Trabalhadores sabe muito de Política e de meios pacíficos de se buscar avanços de maneira gradual para os mais humildes de uma nação.
Estava lendo hoje pela manhã sobre Miguel Ángel Asturias, o escritor, jornalista e pacifista guatemalteco, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1967 e o admirei por seus atos e sua luta contra a ditadura implantada na Guatemala com o apoio dos EUA.
Ele foi expulso da Argentina na década de 60, onde vivia como exilado, por ter criticado o governo argentino por apoiar a ditadura em seu país. É como diz Edward Said a respeito dos intelectuais verdadeiros - eles devem se posicionar sempre, mesmo correndo riscos pessoais.
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