Parir um trabalho de Literatura Portuguesa
É amigos!, a questão é: parir um trabalho de Literatura Portuguesa ou desistir mais uma vez de terminar as matérias sempre começadas e nunca concluídas de meu sofrido percurso inútil de quase uma década na Universidade de São Paulo...
O que fiz mais uma vez neste semestre foi sindicalismo e não estudo de Letras.
Já não pretendo escolher um tema e fazer o trabalho final da matéria de Literatura Espanhola cujo tema interessantíssimo é a questão do exílio no temário dos autores do período da ditadura de Franco no pós Guerra Civil Espanhola.
Um tema possível a desenvolver no trabalho sobre o Simbolismo e a questão da Saudade e/ou Saudosismo seria uma leitura comparativa das definições de D. Duarte, infante e depois rei de Portugal e de Sigmund Freud, cientista, médico e psicanalista austríaco.
D. Duarte inova no século XV, em 1431, a língua romance, ou seja, a Língua Portuguesa em seu nascedouro, com uma obra que conceitua e interpreta os diversos sentimentos e questões d'alma, e inclusive, recomenda como evitá-las ou superá-las.
Quatro séculos depois, o psicanalista e cientista Sigmund Freud vai analisar a questão do luto e da melancolia de maneira mais correspondente aos avanços científicos e sociológicos do século XIX.
A obra de D. Duarte em questão é "Leal Conselheiro". Em seu Capítulo XXV - Do nojo, pesar, desprazer, avorrecimento e suydade - o autor nos explica as diferenças inerentes a cada sentimento.
Eu confesso que a leitura do capítulo é bastante interessante. Fiquei imaginando um jovem monarca filosofando sobre sentimentalidades e buscando interpretar os males d'alma da lusitaneidade. Quando lemos hoje, século XXI, os conceitos dados por ele ficamos estupefatos porque têm sentido ainda.
É isso! teria que ser sábio o suficiente para pôr em cinco folhas um ensaio convincente a respeito do assunto.
SERÁ?...
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