(atualizado às 22:56h)
O que ando digerindo em meio a tanta correria e falta de tempo para o ócio criativo? Algumas coisas que vejo, ouço, sinto e martelam dentro de mim.
Impressões de que os tempos vindouros serão difíceis. E que preciso recuperar meu fôlego e energia para suportá-los e quiça conduzir o movimento social e achar soluções, mesmo que sejam em meio à confusão.
Minha condição física não está em seu ideal, mas vou daqui a alguns dias correr a prova do Centro Histórico de São Paulo no domingo 7, corrida de 9 km, e na semana seguinte, no dia 12, vou fazer a minha caminhada anual de uns 80 km lá em Minas Gerais. Tenho muitos receios e incertezas para deglutir andando...
O excesso de trabalho e de responsabilidade assumida por mim mesmo deixou-me bem quebrado nos últimos meses de militância.
Todos nós vivemos mesclando sonhos, realidades, lembranças e desejos. Tenho sonhos. Vivo realidades e luto para mudá-las. Tenho lembranças e desejos.
Acho que nossa vida é amarrada nisso: utopias futuras e lembranças de realidades passadas.
Alguns filmes como Uma história real e Wall-E poderiam exprimir um pouco do que sinto por estes tempos: este, em relação ao mundo que me cerca e por onde parece que vai; aquele, ao meu mundo de ontem e aos meus sonhos mais cândidos.
Sei que tenho que ler muito sobre o movimento sindical, sobre economia, sobre o Banco do Brasil, sobre política, sobre formação. Está difícil conciliar o meu desejo de AÇÃO com o meu desejo de CRIAÇÃO. Na posição em que estou no movimento sindical sou cobrado como secretário de formação da executiva da Contraf-CUT e liderança nacional do Banco do Brasil. Ao mesmo tempo, não consigo deixar de ir para o dia a dia sindical onde contato os bancários.
Mas essa tentativa de conciliar meu papel na Confederação com meu desejo de contato com os locais de trabalho está me quebrando fisicamente. Dureza!
Preciso focar muito para produzir melhor para o movimento sindical.
E COM TUDO ISSO, tem ficado em segundo plano minha pessoalidade. E os problemas de ser humano que carrego comigo...
... seguimos na luta.
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