segunda-feira, 25 de abril de 2016

Diário - 250416



Entardecer de domingo
em Brasília, 24/4/16.

Refeição Cultural

Vamos iniciar mais uma semana de trabalho intenso e estressante na empresa em que sou gestor de saúde eleito pelos trabalhadores associados.

Mas este instante é de olhar para o fim de semana que tive e que já ficou para trás.

Meu filho que estuda no interior de São Paulo veio nos visitar. Cumpri meu compromisso com ele e terminamos de assistir a trilogia d"O senhor dos anéis". Vimos o terceiro filme. Ao todo, foram quase dez horas os três filmes. Boa estória.

Terminei a releitura do clássico de mundos distópicos "1984" de George Orwell. Consegui ler fazendo postagens e analogias em meu blog. Caso algum de meus preciosos leitores se interesse, é só olhar na lateral direita do blog, nas categorias e clicar.

Neste feriado, consegui correr na quarta à noite (5k), na sexta à noite (6k) e neste domingo no Eixão (7k). Estou fazendo a minha parte em relação à saúde porque quero estar bem para os projetos de vida que ainda tenho, principalmente o relacionado ao meu sonho de estudos e leituras dos clássicos da literatura mundial. Mas minha pressão alta virou um empecilho preocupante ao projeto de vida.

Li dois contos de Machado de Assis no domingo à noite: O anel de Polícrates e O empréstimo, ambos de 1882. 

Vi um programa de leituras que abordou a obra imensa de Balzac, A Comédia Humana. Me emocionei de desejo de poder ler os grandes autores e suas obras como Thomas Mann, Balzac, Marcel Proust, Shakespeare, o que falta de Machado de Assis, os russos, dentre outros grandes nomes da história da literatura. É o que mais dói em mim, quando vejo o rumo que minha vida tomou.

No sábado foi aniversário de minha esposa e aproveitamos o dia em casa na presença do filho. Eu confesso que não foi legal o tempo que gastei no sábado fazendo um texto de análise sobre um processo eleitoral (Cassi) que havia se encerrado na sexta, mas o bicho político tinha que publicar sua opinião a respeito. Perdoe-me Noni.

Não posso deixar de dizer da tristeza que nos traz o cenário político em nosso querido país. Nesta semana começa a etapa seguinte ao Golpe de Estado em marcha no Brasil, o Senado vai avaliar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores. Ela não tem crime de responsabilidade algum, é uma lutadora pelo país e pela democracia brasileira desde a adolescência, sofreu tortura nas mãos dos ditadores no Estado de exceção que vivemos entre os anos 60 e 80. Agora, o mesmo consórcio de ladrões e antinacionalistas da época, repetem como farsa a história.

Me sinto no próprio mundo distópico e totalitário do "1984". Estamos nas mãos do Grande Irmão Globo e canalhas parceiros de suas teletelas.

E pensar que tem gente, muita gente, que é do meu espaço de existência humana e social, que apoia o Golpe de Estado e inclusive participa da virulenta campanha fascista para extirpar da sociedade (vaporizar como no "1984") quem é de esquerda, quem tem origem no sindicalismo cutista, quem é militante ou simpatizante do PT e outras insanidades persecutórias plantadas na atualidade, quem é nordestino, gay, negro e até campanhas contra as lutas femininas. Mulher do mundo da direita fascista deve ser "bela, recatada e do lar" como disse a revista mais escrota do país do mesmo P.I.G. a respeito da senhora esposa do vice-presidente golpista do Brasil.

Vamos em frente, com ética, serenidade e muita energia e saúde, porque não deveríamos quebrar fisicamente para cumprir nossa jornada de lutas em defesa dos trabalhadores e do povo brasileiro que pertence ao meu lado, o lado da classe trabalhadora. Mas tá difícil...

William

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