segunda-feira, 13 de junho de 2016

Diário - 130616



Olho mais a natureza hoje que antes. Talvez seja a questão
do tempo em nossas vidas. O entardecer em Brasília é algo
a se observar. Este acima foi no sábado 11/6.

Manhã de segunda-feira em Brasília, Capital de nosso querido Brasil, que vive momentos indignos por causa da classe política que usurpa nossa democracia e nossos direitos sociais, civis e políticos.

Já comecei logo cedo, 8:30h, a leitura da grande pauta de reunião de Diretoria Executiva que teremos nesta semana na Cassi. Eu estava tão cansado e esgotado na sexta-feira passada que me neguei a começar a ler as súmulas no fim de semana. Precisava de um respiro físico e na minha psique.

Mas o dia de trabalho hoje vai até a madrugada da terça para vencer a leitura da pauta.


Neste fim de semana, sozinho sem a família, li um livro belíssimo que ganhei de presente de minha esposa - Um velho que lia romances de amor, de Luis Sepúlveda (leia comentário AQUI). Assisti ao famoso filme Django, de Quentin Tarantino (comentário AQUI). 

Já no domingo à noite, li um pouco do volume gigante das Ilusões Perdidas, de Honoré de Balzac. Eu ganhei de minha esposa nove volumes da coleção A Comédia Humana. Quem sabe se eu viver até os cem anos possa ler tudo.

Minha corrida no Eixão foi muito prazerosa porque tive o prazer de ver os primeiros ipês com flores roxas. Vi quatro árvores carregadas de flores em cachos, correndo no percurso da quadra 110 Sul sentido aeroporto. Pena que não levei máquina para fotografar para vocês; a imagem está na minha memória.

As flores roxas ou tom lilás são as que abrem a temporada de ipês em Brasília. Só depois virão as outras floradas amarelas, brancas e rosas nas semanas e meses seguintes. Adoro a natureza da Capital do Brasil.


É necessário sermos uma Comunidade e não um mero agrupamento

Me chamou a atenção a reflexão "A ambígua solidão", uma das pensatas do livro "Não nascemos prontos" do filósofo Mario Sergio Cortella, livro que ganhei do amigo Jacy Afonso e que se tornou uma leitura de cabeceira porque sempre leio uma das provocações ao acordar ou ao dormir.

"Há uma imensa diferença entre agrupamento e comunidade; esta pressupõe partilha de interesses e cuidado protetor mútuo, enquanto aquele resume-se a uma simples agregação de pessoas com raros objetivos coletivos comuns, pontuado por sinais de uma filantropia que, no mais das vezes, por ser calculista e interesseira, beira o cinismo utilitarista..."

Desde que me peguei aceitando indicações de pessoas ao meu redor para ser candidato a cargos eletivos, das comunidades em que me inseri ao longo da vida, aceitei por acreditar nesta descrição que o Cortella nos dá de interesses coletivos, de proteção mútua que uma comunidade nos dá.

Fui eleito em salas de aula e escolas e faculdades durante a vida estudantil, depois no condomínio onde vivemos, e depois eleito por trabalhadores primeiro no movimento sindical e agora como gestor da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil para fazer o que sempre acreditei: neste momento de minha vida, defender os interesses coletivos de nossos colegas da Comunidade BB na Cassi.

É por isso que tanto me esforço para manter o contato com as bases sociais as quais pertencemos e representamos, para falar de "pertencimento" e para convidar todos a "estarem juntos" e ajudarem tanto na busca de soluções de problemas comuns quanto para desfrutarem dos direitos e deveres das instituições que nossa Comunidade BB, feita por pessoas, construiu ao longo de dois séculos.

Vamos para mais uma semana de trabalho e de luta pelo bem comum.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi (eleito)

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