domingo, 31 de dezembro de 2017

Retrospectiva do Refeitório Cultural - Muita aprendizagem e pronto para as lutas em 2018



Cantinho da leitura e dos trabalhos intelectuais.

Refeição Cultural

Esta postagem fecha o ano neste nosso espaço de reflexões e cultura. Que ano complexo estamos terminando! Foram 114 textos escritos para dividir com leitores que nos acompanham o que aprendemos com leituras novas, o que pensamos a respeito de questões diversas de política, filosofia, sociedade e cultura em geral.

Entre janeiro e agosto, consegui imprimir uma sequência de leituras que marcaram bastante o meu ano como um ser humano sedento por novos conhecimentos. A partir de setembro passei a focar a revisão e organização do blog nas horas vagas. Estou encadernando os textos dos últimos 4 anos.

Terminei diversos livros que fui lendo vagarosamente ao longo do tempo. Conheci autores novos. Reli livros que me marcaram em épocas diversas da existência. Aprofundei o conhecimento em autores clássicos. Li muitos livros de poesia (fez falta ficar tanto tempo sem o prazer do contato com poemas). Vi vários filmes clássicos que tenho guardado há tempos. Conheci coisas novas como os animes. 

Enfim, nas poucas horas de folga que tenho em meu trabalho como gestor eleito pelos trabalhadores do Banco do Brasil na maior Caixa de Assistência do país (a Cassi), trabalho que representa uma luta diária na defesa dos direitos dos associados e da própria autogestão em saúde, busquei nas leituras subsídios para melhorar como ser humano e cidadão do mundo.

Registro abaixo as leituras e os links quando fiz comentários a respeito delas e deixei sugestão de leitura aos amig@s que nos acompanham:

1. LTI - A linguagem do 3º Reich (1947, ALE), de Victor Klemperer (ler AQUI).

2. Fausto (1770-1831, ALE), de Goethe (ler AQUI).

3. O Rio (1953, BRA), de João Cabral de Melo Neto (ler AQUI).

4. O sol também se levanta (1926, EUA), de Ernest Hemingway (ler AQUI).

5. Mar morto (1936, BRA), de Jorge Amado (ler AQUI).

6. Libertinagem (1930, BRA), de Manuel Bandeira (ler AQUI).

7. Estrela da manhã (1936, BRA), de Manuel Bandeira (ler AQUI).

8. Memorial de Aires (1908, BRA), de Machado de Assis (ler AQUI).

9. Discurso da servidão voluntária (Século XVI), de Etienne de La Boétie (ler AQUI).

10. Paisagens com figuras (1954, BRA), de João Cabral de Melo Neto.

11. Morte e vida severina (1954, BRA), de João Cabral de Melo Neto (ler AQUI).

12. Uma faca só lâmina (1955, BRA), de João Cabral de Melo Neto.


Essas leituras foram feitas em janeiro, estando em férias, o que me permitiu grande fôlego para ler e ler. Quase todas elas foram revisitas de leituras antigas e autores. A exceção foram os autores Victor Klemperer e La Boétie.


13. Manual inútil da televisão (2016, BRA), de Paulo Henrique Amorim (ler AQUI).

14. A corrosão do caráter (1998, EUA), de Richard Sennett (ler AQUI).

15. O perfume (1985, ALE), de Patrick Süskind (ler AQUI).

16. A morte de Ivan Ilitch (1886, RUS), de León Tolstói (ler AQUI).

17. Lula, o filho do Brasil (2002, BRA), de Denise Paraná (ler AQUI).


Leituras de fevereiro. Depois de um bom tempo de leitura, consegui finalizar o livro de Denise Paraná sobre a história de Lula até o momento anterior à sua eleição para presidente em 2002. Fiz a 3ª leitura dessa obra central de Tolstói e além do livro de Süskind, vi o filme baseado na obra.


18. O azarão (1999, AUS), de Markus Zusak (ler AQUI).

19. Comunidades imaginadas (1991, EUA), de Benedict Anderson (ler AQUI).


Em março terminei um livro que gastei anos para concluir, o de Anderson. E conheci um autor novo, o australiano Zusak. No mês seguinte li outro livro dele, pois ambos tratam de mesmos personagens. Terminei a série de anime Death Note (ler AQUI), que assisti com meu filho. Agora estamos vendo (eu, esposa e filho) o anime Naruto. Já passamos de 50 episódios.


20. Adeus às armas (1929, EUA), de Ernest Hemingway (ler AQUI).

21. Estorvo (1991, BRA), de Chico buarque (ler AQUI).

22. Bom de briga (2000, AUS), de Markus Zusak (ler AQUI).

23. Felicidade fechada (2017, BRA), Miruna Genoino (ler AQUI).


Foi emocionante ler o clássico de Hemingway em abril. Conheci Chico como escritor de romances. E foi duro o depoimento da filha de Genoino, descrevendo toda a injustiça que ele sofreu.


24. Distraídos venceremos (1987, BRA), de Paulo Leminski (ler AQUI).

25. Ponciá Vicêncio (2003, BRA), de Conceição Evaristo (ler AQUI).



Em maio, curti Leminski e conheci a autora Conceição Evaristo. Que emocionante e tocante o livro de Evaristo, abordando com primor o universo e a condição das mulheres negras em condições sociais de muita vulnerabilidade.


26. O BB de bombachas (2016, BRA), organizado por Alcy Cheuiche (ler AQUI).

27. La vie en close (1991, BRA), de Paulo Leminski (ler AQUI).

28. Por quem os sinos dobram (1940, EUA), de Ernest Hemingway (ler AQUI).

29. Benjamim (1995, BRA), de Chico Buarque (ler AQUI).

30. O ex-estranho (1996, BRA), de Paulo Leminski.

31. Winterverno (2001, BRA), de Paulo Leminski (ler AQUI).


Em junho deste ano, completei a leitura de um dos livros mais marcantes da carreira de Hemingway. Após ter lido em abril seu livro que se passa durante a 1ª Guerra Mundial, Adeus às armas, conheci Por quem os sinos dobram, cujo cenário é a Guerra Civil Espanhola. Esse livro mexeu muito comigo. Continua mexendo, ao ter a consciência política do que estamos vivendo no Brasil.

Ainda em junho li o segundo romance de Chico Buarque e completei a leitura das poesias de Leminski.


32. A guerra dos mundos (1898, ENG), de H. G. Wells (ler AQUI).

33. O chamado da floresta (1903, EUA), de Jack London - mas li uma adaptação para jovens (ler AQUI).


A leitura de Wells foi fantástica. Eu não tinha a menor noção do quanto é boa a ficção deste clássico autor inglês.


34. Alguma poesia (1930, BRA), de Carlos Drummond de Andrade (ler AQUI).

35. Cataratas do Iguaçu (BRA), de Maurício Bevervanso.

36. Cataratas e a floresta Iguaçu (2008, BRA), de Alex P. Schorsch (ler AQUI).

37. Olhos D'Água (2014, BRA), de Conceição Evaristo (ler AQUI).


Neste ano, tive a oportunidade de visitar as Cataratas do Iguaçu duas vezes. É sempre uma experiência fantástica e eu sugiro que a pessoa que não conheça ainda essa maravilha da natureza, que reserve uns 3 dias e vá até lá. É algo único.


38. A quinta-coluna (1938, EUA), de Ernest Hemingway (ler AQUI).


Terminei as leituras do ano com mais um clássico de Hemingway. Foi uma experiência enriquecedora ler tantos livros deste grande autor da literatura mundial.

Depois de agosto, peguei para ler vários livros, mas estão todos no ritmo de minha pouca disponibilidade de leituras do prazer.



Natal em família. Faltou a maninha querida.

BALANÇO DE 2017

O ano foi muito duro para a ampla maioria dos cidadãos brasileiros. A exceção ficou por conta do pequeno grupo de humanos e corporações que aplicou o golpe de Estado e nos colocou sob estado de exceção e na condição de desfazimento do Brasil, da soberania nacional e dos direitos do povo simples e trabalhador.

Eu fechei mais um ano de lutas ininterruptas pelos direitos dos trabalhadores associados à entidade de saúde em que sou gestor eleito. Na verdade, estamos completando um mandato de quatro anos. E também estou fazendo no blog Categoria Bancária (acessar AQUI) textos de balanço de nosso trabalho à frente de uma das diretorias da entidade, a de Saúde e Rede de Atendimento (própria).

As pessoas não têm muita noção do quanto é sofrida a vida de um representante de trabalhadores quando seus mandatos decidem enfrentar poderes instituídos. Estamos terminando esse longo período de lutas em defesa dos trabalhadores que representamos enfrentando armações feitas para atacar aqueles que atuam com firmeza nos propósitos, comprometimento com as causas coletivas e transparência pouco comuns em mandatos de representação. No meu caso, tudo que fiz em nome de nossos colegas representados na última década publiquei em centenas de postagens e boletins virtuais, e também divulguei presencialmente nas bases sociais do país todo.

Estamos vivendo no Brasil e também no mundo a era da inversão dos valores sociais da ética, da solidariedade, da verdade, da justiça. O que está em vigor, na moda, após o crescimento de ideais fascistas, ultraconservadores, é a iniquidade, a pós-verdade construída pelos poucos donos do poder que têm os instrumentos para estabelecer suas mentiras e versões, suas ilações, como se fossem os fatos.

Começo 2018 cheio de energia, disposição e força para enfrentar tudo e todos que estejam contra a classe trabalhadora a qual pertenço. Fechei o mês de dezembro e o ano com boas condições físicas, porque sou um instrumento de luta de nossa classe e sei que devo me cuidar para as batalhas que participamos por um mundo melhor. Não sabemos do futuro, do acaso. Não sabemos se uma doença nos atingirá, nem se uma fatalidade ocorrerá, um acidente etc. Não sabemos se alguma trama nos impedirá de lutar. Mas sem essas possibilidades, estamos firmes para defender as causas coletivas dos trabalhadores da ativa e aposentados.

ESPORTE E SAÚDE - Apesar de não ter me inscrito na São Silvestre 2017, por opção e decisão consciente, porque a organização está maltratando demais os participantes da prova que participo há quase uma década, corri 12k no Eixão de Brasília neste dia 31 e me senti leve e resistente. 

Por que coloco nas postagens algo tão pessoal como minhas corridas? Porque sou um simples cidadão da classe trabalhadora e, além de atuar na área da saúde, sou um militante social que luta por um mundo melhor e para isso temos que atuar em todas as áreas da dimensão humana. Cultura, conhecimento, saúde e condições físicas são básicos para nós humanos e da classe trabalhadora.

Deixo a tod@s que nos leem um forte abraço e um desejo de bom Ano Novo com o convite para as lutas pelas causas da solidariedade, da igualdade de oportunidades, pelo respeito ao próximo e tolerância ao outro, pela liberdade plena dos seres humanos, pela recuperação de uma justiça que seja para todos e não parcial em favor da casa-grande e contra o povo e suas causas. Pelo desenvolvimento com distribuição de renda a todo o povo.

Seguimos firmes nas lutas e estamos prontos!

William


Post Scriptum: 

Neste mês de dezembro fiz excelente corridas: 4k (dia 2, DF), 4k (dia 6, DF), 3k (dia 7, DF), 9k (dia 10, DF), 1,5k / 2,2k / 3,2k / 4,5k / 2,2k (nas areias de Porto de Galinhas - PE), 3,2K (dia 23, DF), 10k (dia 24, DF), 5k (dia 26, DF) e 12k no Eixão para fechar o ano. Foram 63,8k no mês. Faz tempo que não cumpria uma sequência boa como essa.

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