quarta-feira, 7 de abril de 2021

O verdadeiro criador de tudo - Miguel Nicolelis



Refeição Cultural

Li o quarto capítulo do livro do neurocientista Miguel Nicolelis, O verdadeiro criador de tudo (2020). É uma leitura diferente da que estou habituado. É um livro de ciências, que aborda muita biologia, anatomia e outras áreas com as quais tive contato décadas atrás quando fiz faculdade de Educação Física, curso que não concluí.

Por outro lado, sempre tive interesse pelas temáticas científicas e culturais, poderia dizer que sempre tive certa curiosidade filosófica. O filósofo e professor romeno Mircea Eliade tinha um conceito que acho interessante - "homem cultivado" - para pessoas de saberes mais diversificados, em contraposição aos técnicos e especialistas. Pois é, gostaria de ser um "homem cultivado". Não fui. Quem sabe ainda seja um se viver mais uns 30 anos e seguir estudando...

O professor Nicolelis se esforça para falar de ciência em linguagem do cotidiano e diria até que ele consegue, mas para leitores que nunca tiveram muita familiaridade com ciências médicas e biológicas deve ser uma leitura trabalhosa. Mitocôndrias, neurônios, dendritos, capa de mielina, sinapses, córtex cerebral etc. Ao ler, vou me lembrando facilmente das matérias e isso facilita a leitura.

O neurocientista traz as descobertas das últimas décadas em relação aos estudos sobre o funcionamento do cérebro nos animais. A teoria desenvolvida por ele e sua equipe é revolucionária. Ele explica que durante duzentos anos os cientistas que estudam o cérebro se dividiam entre aqueles que acreditavam que cada área do cérebro é especializada em determinadas tarefas e aqueles que acreditavam que as áreas são aptas a realizar múltiplas tarefas. Foi só com a tecnologia dos últimos 20 anos que se pôde avançar nos experimentos que favoreceram a 2ª teoria.

Nicolelis é um dos principais neurocientistas do mundo na área de estudos do cérebro humano e criador de diversas teorias que explicam o funcionamento do cérebro de forma integrada, como um todo. Até o momento, achei muito interessantes as 100 páginas que li.

Vamos adiante.

William


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