segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

030122 - Diário e reflexões



Refeição Cultural

O tempo. A vida. Existência. Memória. Esquecimento. Resistência. Mudança. Substâncias que pautam meu viver neste momento. 

Pelo calendário ocidental no qual vivo acabou-se mais um ano e outro começou. Os pássaros, os animais diversos, os insetos e a natureza não sabem dessa abstração humana: o tempo. O nosso Sol, a Lua do planeta Terra e as coisas da natureza continuam suas existências, suas mudanças. "Nosso Sol"... Que arrogância humana! Nós é que pertencemos ao Sol e seu sistema de planetas.

Mudança é uma das certezas da existência das coisas. Estamos mudando o tempo todo. O sistema solar está mudando. Meu corpo está mudando. O relevo ao redor de onde vivo há mais de vinte anos mudou e segue mudando. 

As pessoas que conheço há décadas mudaram, mudaram pra cacete! Parte delas simplesmente está irreconhecível! Como pessoas que considerava tanto viraram bolsonaristas? Imaginem se eu vivesse um século atrás e muitas pessoas amadas virassem nazistas... foi isso que aconteceu no meu mundo!

Vou terminar a leitura de quatro livros que comecei e não consegui ler até o fim. Durante minha vida de leitor foram dezenas de livros começados e não finalizados. Ano passado terminei a leitura de vários livros inacabados. Vou fazer o mesmo agora. Desta vez serão dois autores russos, um afegão e uma inglesa: As três irmãs e contos, Crime e castigo, O caçador de pipas, Razão e sensibilidade.

E também vou seguir com os diversos livros que pretendo ler e estudar.

O CAÇADOR DE PIPAS

Entre ontem e hoje li mais de 200 páginas do livro de Khaled Hosseini, O caçados de pipas (2003). Tentei ler o romance anos atrás. Por incrível que pareça havia lido mais da metade do livro e não havia terminado. E a narrativa é muito boa. Agora que reli os 16 capítulos que já conhecia vou para a metade final do romance. 

A ficção nos apresenta personagens afegãos e a leitura nos coloca em contato com a cultura e a história do Afeganistão e seu povo.

Depois vou terminar o livro que tenho de Tchecov, depois um dos romances iniciados de Jane Austen e, por fim, o clássico de Dostoiévski que não terminei após ler mais de 150 páginas.

DIÁRIOS E REFLEXÕES

Estou relendo e preparando a encadernação de minhas postagens do ano de 2021. Escrevi bastante. Foram 275 textos: diários, reflexões, memórias, experiências de leituras, opiniões, sentimentos, crônicas, narrativas.

Já reli os primeiros quatro meses de postagens no blog. Achei alguns registros interessantes. Eles marcam um tempo de nossa vida nacional, além dos momentos pessoais. Entre janeiro e abril do ano passado li 17 livros. Terminei romances que ficaram inacabados por muitos anos, décadas. Li clássicos que sempre quis ler e nunca deu certo. Amiga leitora, amigo leitor, foram mais de 50 livros lidos em 2021.

Ao reler todas as postagens relativas à experiência de leitura de Moby Dick (1851) percebi que gostei bastante do clássico de Herman Melville. Ao finalizar o ano lendo o clássico de Daniel Defoe, As aventuras de Robinson Crusoé (1719), percebi que gostei bem menos deste do que daquele romance. No mínimo posso dizer que aprendi mais com Moby Dick.

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Sigamos lendo, escrevendo, vivendo, resistindo, buscando respostas e mudando com as mudanças.

William


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