sexta-feira, 7 de junho de 2024

13 de 100 dias



"Capitalismo:
Prateleiras cheias de mercadorias.
E o povo passando fome sem alimentos."

13. Acabei de voltar do supermercado. A sensação de impotência e injustiça é enorme. Enquanto o nosso governo se esforça de forma honesta para reduzir os preços dos alimentos e dos produtos da cesta básica, poucos capitalistas fdp, canalhas donos do poder, fazem o que querem com o povo. Aumentam preços e reduzem tamanhos e quantidades nas embalagens para aumentarem seus lucros, ou seja, foda-se o povo! Tínhamos que expropriar todos esses fdp! Todos!

Dias atrás, num momento de reflexão sobre a vida, e sem sentimento de pertencimento a quase nada, me peguei meio que na mesma condição de quando iniciava a vida adulta: sem rumo. Estou sem rumo.

Ao ouvir hoje uma palestra de importante liderança do MST, o companheiro Gilmar Mauro, fiquei ao mesmo tempo admirado e triste. Admirado por termos do nosso lado da classe trabalhadora pessoa tão sabia e preparada. Triste por tomar conhecimento das informações que ele nos contou sobre o cenário político no qual nos encontramos neste momento da história humana.

A aula de Gilmar Mauro acrescentou muitas informações às poucas que sei. O companheiro nos explicou sobre a destruição acelerada das condições de vida na Terra causada pelo capitalismo e pelos capitalistas, donos das decisões entre morrermos todos em consequência da decisão desses poucos ou revertermos nossa trajetória no planeta Terra.

Foi depois da palestra impactante de Gilmar Mauro que fui a um supermercado e ali fiquei refletindo sobre a merda na qual nos enfiaram (nos enfiamos).

Não há chances para nós e para o planeta sob a ordem hegemônica capitalista. Não há! E, mesmo assim, o socialismo sumiu do horizonte e dos objetivos dos sindicatos e dos partidos de esquerda. Pelo menos dos maiores. É proibido sonhar! (a não ser que o sonho seja ter dinheiro para consumir tudo que os capitalistas consomem e do jeito que eles consomem)

Ao ver aquelas prateleiras lotadas e coloridas e cheias de porcarias à base de substratos que fazem mal para a saúde humana, de mercadorias caras e abusivas e inacessíveis para mais da metade da população do Brasil, me lembrei do povo cubano e de outros povos como os palestinos, por exemplo, que não têm acesso a alimentação adequada (prateleiras vazias) por interferência política de alguns homens e governos como os EUA (bloqueio criminoso a Cuba) e Israel (que decidiu ocupar toda a Palestina expulsando ou eliminando os povos árabes que lá estão/estavam: os sionistas já mataram dezenas de milhares e expulsaram muitos mais). 

Na centena de dias que decidi avaliar o que fazer de minha vida, e estou sem rumo de verdade, sem objetivos claros, possíveis ou utópicos, estou identificando algumas coisas que não quero mais na minha vida. Olhando ao meu redor, vejo as coisas com a experiência que acumulei, e vejo o quanto algumas coisas me deprimem ou me empapuçam, me dão raiva, me dão nojo. E o pior é que, muitas vezes, não podemos fazer nada a respeito daquilo que não queremos para nossa vida ou nosso entorno. É a impotência. 

Amanhã iria a um evento político de solidariedade a Cuba. Iria, mas não vou. Sou solidário a Cuba e ao povo cubano. Sou grande admirador da altivez e amor-próprio do combativo povo cubano. Quem dera os brasileiros tivessem uma porcentagem da alma cubana! Já teríamos nos libertado daqueles capitalistas fdp que citei no início, os canalhas donos do poder que fodem com 90% do povo, como os poucos donos das mercadorias "alimentos".

Repito: - Toda a nossa solidariedade a Cuba! E toda a nossa solidariedade ao povo palestino!

(Olho ao meu redor da porta para dentro de minha casa e vejo o caos. Santo de casa não faz milagre...)

Que canseira...

William 


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