sábado, 8 de junho de 2024

14 de 100 dias



14. Se eu tivesse deixado de existir na noite passada ou na madrugada, o que fariam meus familiares com a infinidade de papéis, apostilas, revistas e livros que acumulei na existência? Tenho pensado nisso.

É hora de me desfazer das coisas. Não sei como farei. Tendo hoje a consciência um pouco mais clara que antes, sei que a tendência é que muita coisa que tenho acumulada vire material sem utilidade para outras pessoas. 

Perguntei em rede social se havia alguém interessado no material de formação política e sindical que tenho. Felizmente, três pessoas demonstraram querer o material. Vou enviar para elas. São textos de economia, apostilas dos cursos da Contraf-CUT, negociação coletiva, Contag e CUT.

Os textos de formação política são uma pequena parte do que tenho de mídias de estudos. Terei que ver o que farei com muita coisa ainda.

Provavelmente, alguma coisa terei que colocar em caixas de papelão lá na área de materiais recicláveis do condomínio. Quem vai querer, na atualidade, edições impressas de revistas? Quem iria querer pilhas de xerox de meu curso de Letras da USP?

O dia que tiver coragem para me desfazer dos materiais, terei ferido meu coração, com certeza, pois tenho apego por toda a história e cultura que existe em minhas mídias de leitura.

É isso. Tenho que mudar as coisas na vida.

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Para não considerar inútil o meu dia, ao menos separei os materiais de formação política que serão doados às três pessoas. Ainda vou incluir mais materiais nos próximos dias. 

Não fui ao evento paulista de solidariedade a Cuba, como falei ontem, e também não fui à plenária do Partido dos Trabalhadores com os pré-candidatos Boulos e Marta. Que bom que foi uma ótima atividade! 

Como disse, estou meio sem pertencimento às comunidades imaginadas às quais pertenci boa parte de minha vida. No caso dos compas do partido no município de São Paulo, nem votar neles posso porque sou de outro município. 

William 


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