sexta-feira, 23 de agosto de 2024

90 de 100 dias



ELEIÇÕES MUNICIPAIS 

Opinião

90. Ouvi nesta semana algumas avaliações políticas que me deixaram pensativo. Desde que me politizei com os bancários da CUT, passei a manter a mente aberta às argumentações das pessoas. Estar aberto a ideias diferentes das minhas quer dizer aceitar a possibilidade de ser convencido a mudar de opinião e incorporar a proposição do outro.

Ao ouvir o jurista Pedro Serrano desenvolver suas opiniões sobre mais ou menos interferência do poder judiciário na política, enquanto princípio, concordei com ele. Ele acha que sujeitos como esses bolsonaristas extremistas deveriam ser derrotados na política, nas ruas. 

Ele respondia a jornalistas sobre aquele desqualificado que está disputando as eleições paulistanas e que comete barbaridades o tempo inteiro como ato estratégico de campanha para capturar a atenção das pessoas pelo grotesco e bizarro.

O "coach" vem crescendo nas pesquisas com seu jeito criminoso de fazer campanha. Pelo que se sabe até agora, pela imprensa progressista, o cara não poderia seguir candidato pelas ilegalidades que já cometeu. Vamos ver o que vai dar. 

Mas, enquanto princípio, concordo com Pedro Serrano que a esquerda e os movimentos populares deveriam apostar mais nas ruas e não no poder da justiça burguesa, que é conservadora e reacionária. Mudanças sociais só se darão pela participação popular, pela pressão das ruas. E a esquerda, está chamando o povo para as ruas?

Aliás, multipliquem esse caso de destaque, o "coach" que indicava vítimas para serem roubadas - candidatura com visibilidade grande por se tratar da gigante cidade de São Paulo - por centenas de casos semelhantes Brasil afora. Como parar isso? Como chamar isso de "democracia"? 

Já se demonstram nas notícias os esquemas de abuso de poder econômico na candidatura do cara. Democracia ou plutocracia? Onde está a igualdade de condições?

A esquerda deveria estar politizando os trabalhadores, explicando e pautando, defendendo que eleições não podem ter nenhum recurso financeiro e econômico além do conhecimento que as pessoas tenham em suas comunidades por alguma referência que elas sejam. Se tiver financiamento, que seja 100% público e isonômico a todas as candidaturas. (e com suspensão das plataformas digitais no período eleitoral: 99% dos que se destacam é pelo poder do dinheiro)

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A "ESQUERDA" DEVE VOLTAR A SER DE ESQUERDA 

Nosso campo político está burocratizado, perdeu a referência histórica de nosso papel em relação ao mundo que queremos, que defendemos, um mundo socialista ou comunista. Sem recuperar nossa postura, nada de relevante vai mudar na sociedade humana. 

Se nosso campo seguir defendendo o capitalismo, o neoliberalismo, a balela de "humanizar" o capitalismo!, as instituições do Estado capitalista e neoliberal, o povo que está se ferrando com o capitalismo e o neoliberalismo não voltará a dar atenção para nós que nos denominamos de "esquerda". Esquerda defendendo o "sistema"? Acordem! Temos que ser antissistema!

Isso está claro no mundo todo. 

Eu quero o fim do capitalismo e do neoliberalismo. Mas quem quer isso hoje no nosso campo da "esquerda"?

Se quer, por que não fala e defende isso abertamente?

Na luta contra o imperialismo estadunidense, estou com Cuba, com o chavismo, estou com os palestinos! Caramba, isso é básico pra alguém de esquerda!

Assim como esses três exemplos acima, muitos outros não deveriam dividir a "esquerda" nessa quadra da história! O direito ao aborto, políticas de cotas, ser antirracista e anticolonialista etc.

É isso! Estamos em período eleitoral. Em São Paulo, precisamos eleger dezenas de vereadoras e vereadores de esquerda. E Boulos prefeito! O mesmo em todas as cidades brasileiras, companheirada!

Peço voto e apoio a Luna Zarattini 13131.

William Mendes 


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