quinta-feira, 30 de abril de 2009

Ainda a questão Cristianismo e Judaísmo em Mészáros




ORIGENS DO CONCEITO DE ALIENAÇÃO

O lamento por ter sido "alienado com relação a Deus" (ou haver "perdido a graça").

A missão messiânica consiste em resgatar o homem desse estado de autoalienação que ele atraiu sobre si mesmo.

Em sua universalidade, o cristianismo anuncia a solução imaginária da autoalienação humana na forma do "mistério de Cristo".

"O cristianismo é o pensamento sublime do judaísmo. O judaísmo é a aplicação prática vulgar do cristianismo" (Marx)

O ethos do judaísmo, que estimulou esse desenvolvimento, não se limitou à afirmação geral da superioridade do "povo escolhido", determinada por Deus, em seu confronto com o mundo dos estranhos.

INSTANTES... CURIOSIDADE

(aqui eu parei minha leitura de Mészáros. Ao tempo em que fui escrever em meu diário, acabei por ler anotações do diário de Drummond, reunidas no livro O observador do escritório. Quem diria! R$5,00 foi o que custou esse livro usado. Por 5 unidades monetárias acessamos uma quantidade enorme de sentimentos e observações de nosso poeta e cidadão Drummond, exemplo magnífico de homem brasileiro. O mundo é mesmo alternativas!!)


Bibliografia:

MÉSZÁROS, István. A teoria da alienação em Marx. Copyright 1970. Editora Boitempo, 2006. 1a reimpressão 2007.

Caminhada da quarta de manhã (pensando em sindicalização)




Na caminhada de 6,5 Km de quarta, refleti sobre algumas alternativas para uma campanha nacional de sindicalização nos bancários.

A ideia é tentar um convênio com alguma revista de qualidade, de circulação nacional, para oferecer aos sindicalizados uma alternativa de revista semanal ou mensal com informação que ajude na formação também, do ponto de vista de consciência de classe.


segunda-feira, 27 de abril de 2009

Caminhada


Congressos BB e Caixa. Fotos: Agnaldo (BB) e Augusto (Fenae)


Cheguei hoje de viagem de ônibus de Brasília, capital federal. Foram 1000 Km de estrada. Estivemos reunidos no Congresso dos funcis do BB. 

Clique aqui para ler a respeito.

A viagem foi bem tranquila.

Para tirar o cansaço das costas, saí agora de tarde para caminhar. Foram 65' e 6,5 Km.

Pensei durante o exercício em fazer textos de formação com periodicidade constante ao longo do meu mandato na Contraf-CUT como diretor dessa secretaria.

(em geral, as caminhadas são muito boas para espairecer a mente e refletir sobre algo)


sexta-feira, 24 de abril de 2009

quinta-feira, 23 de abril de 2009

La Celestina - Literatura Española Medieval (V)





LA CELESTINA

EL ACTO CUARTO

Argumento del cuarto acto:

"Celestina andando por el camino, habla consigo misma hasta llegar a la puerta de Plebério, donde halló a Lucrecia, criada de Pleberio. Pónese con ella en razones. Sentidas por Elisa, madre de Melibea, y sabido que és Celestina, hácela entrar en casa. Viene un mensajero a llamar a Elisa. Vase. Celestina en casa con Melibea y le descubre la causa de su venida."

A obra apresenta muitos ditos populares e 'refranes' com rimas.

"Pan y vino anda camino, que no mozo garrido" p.51

"Así que donde no hay varón todo bien fallece: con mal está el huso, cuando la barba no anda de suso" p.51 (suso = de arriba / huso = instrumento manual para hilar y/o unir y retorcer hilos // De RAE)


Caramba! Lendo os comentários de Stephen Gilman sobre Fernando de Rojas e La Celestina fico estupefato por não conhecer absolutamente nada a respeito de ambos. Digo isso porque sou um aluno de Faculdade de Letras.

É o mesmo que ocorre quando as pessoas conhecidas vêm me consultar sobre gramática por ser o "cara" da área de Letras. É muito ruim pessoalmente responder que não sei isso ou aquilo.

Será que minhas deficiências culturais são de cunho estudantis (educacionais), ou seja, a educação pública me legou todas estas lacunas?

Vivo tentando preenchê-las, mas, quanto mais estudo, mais sei que não sei quase nada! Que coisa!

Seguindo com mais ditos interessantes da obra:

"!No se dice en vano que el más empecible miembro del mal hombre o mujer es la lengua!" p.52 (empecible = dañoso)

"No quiebre la soga por lo más delgado. No seas la telaraña, que no muestra su fuerza sino contra los flacos animales" p.53


Post Scriptum: para ler a postagem seguinte clique aqui. A postagem anterior pode ser lida aqui.


BIBLIOGRAFÍA:

ROJAS, Fernando de. La Celestina – tragicomedia de Calixto y Melibea. Colección Austral n. 195. Undécima Edición, 1971. Espasa-Calpe, S.A. Madri.

La Celestina - Literatura Española Medieval (IV)




LA CELESTINA

EL ACTO TERCERO

Argumento del tercer acto:

"Sempronio vase a casa de Celestina, a la qual reprende por la tardanza. Pónense a buscar qué manera tomen en el negocio de Calixto con Melibea. En fin sobreviene Elicia. Vase Celestina a casa de Pleberio. Quedan Sempronio y Elicia en casa."

Diálogo de Sempronio e Melibeia: Celestina relembra a importância dela como alcoviteira da região. Melhor que ela só havia sido a mãe de Parmeno - senhora Claudina.

"Su madre y yo, uña y carne. De ella aprendí todo lo mejor que sé de mi oficio"

Veja que legal ler obras do passado. Esta tem 500 anos e a expressão "unha e carne" existe até hoje.

---

Post Scriptum: o texto seguinte pode ser lido aqui. O texto anterior pode ser lido aqui.


BIBLIOGRAFÍA:

ROJAS, Fernando de. La Celestina – tragicomedia de Calixto y Melibea. Colección Austral n. 195. Undécima Edición, 1971. Espasa-Calpe, S.A. Madri.


Crônica - Cascas


Cascas... árvore na OIT em Torino, Itália (2009).


Onde fica o humano - sensível como quase todos - agora encoberto por uma casca desgastada de ser social cumpridor de seu papel?

O tempo, com a ausência da felicidade passada, está afinando a casca, ao invés de engrossá-la com a pátina do próprio tempo.

Qualquer hora dessas, o ser tombará e ficará pelo caminho (como cascas que apodrecem e alimentam o solo).

Assim foi a sua vida.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Corrida noturna


Desenho do filhão: A zebra.


Cheguei a casa hoje e dei uma corrida de 4 Km em 25' pra tirar o dia de trabalho das costas.


Mészáros falando das origens do conceito de alienação



A ABORDAGEM JUDAICO-CRISTÃ

"O judaísmo e o cristianismo expressam as contradições da 'parcialidade contra a universalidade', e da 'concorrência contra o monopólio'. Isto é, as contradições internas do que ficou conhecido como 'o espírito do capitalismo'."

" 'O espírito do judaísmo', portanto, deve ser entendido, em última análise, como 'o espírito do capitalismo'."


Mas o autor salienta que isso se dá do ponto de vista sociológico apenas (críticas marxistas ao judaísmo são diferentes de antissemitismo).

Dois postulados do judaísmo basilares para a prática da usura:

"1) A atenuação dos conflitos de classe internos, no interesse da coesão da comunidade nacional em seu confronto com o mundo exterior dos 'estranhos': 'não faltarão pobres na terra; portanto, eu te ordeno, dizendo: abre tua mão para teu irmão, para teu pobre e para teus necessitados, em tua terra (Deuteronômio, XV, 21)

2) A promessa de readmissão na graça de Deus é parcialmente cumprida na forma de garantir o poder de dominação sobre os 'estranhos' a Judá: 'E os estranhos estarão lá para apascentar vossos rebanhos, e os filhos dos estrangeiros serão vossos jornaleiros e vinhadeiros (Isaías, LXI, 5)"


A usura só era permitida nas transações com estranhos, mas não com irmãos, afirma Mészáros. (p.34)

Mais adiante, explica ainda:

"O judeu emancipou-se de uma maneira judaica, não só adquirindo o poder do dinheiro, mas também porque o dinheiro tornou-se, por meio dele e também à parte dele, um poder mundial, enquanto o espírito judaico prático tornou-se o espírito prático das nações cristãs. Os judeus emanciparam-se na medida em que os cristãos se tornaram judeus" (Marx, On the jewish question, p.35)


As modificações protestantes do cristianismo:

CRISTIANISMO "teórico-abstrato" = "CRISTIANISMO-JUDAÍSMO PRÁTICO"


A solução de Marx para a alienação perene do tema parcialidade e universalidade nas reflexões do enfoque judaico-cristão:


"A novidade histórica da solução de Marx consistia em definir o problema em termos do conceito dialético concreto de 'parcialidade predominando como universalidade', em oposição à universalidade autêntica, a única que podia abarcar os múltiplos interesses da sociedade como um todo e do homem como um 'ser genérico'. (Gattungswesen - isto é, o homem liberado da dominação do interesse individualista bruto). Foi esse conceito específico, socialmente concreto, que permitiu a Marx apreender a problemática da sociedade capitalista em toda a sua contraditoriedade e formular o programa de uma transcendência prática da alienação, por meio de uma fusão genuinamente universalizante entre ideal e realidade, teoria e prática" (p.26)

PS: os sublinhados acusando marcações nas citações são originalmente de Mészáros.



Bibliografia:

MÉSZÁROS, István. A teoria da alienação em Marx. Copyright 1970. Editora Boitempo, 2006. 1a reimpressão 2007.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Artigo - Menos comilança, menos consumo inútil...


Vamos comprar e comprar bugigangas...

Refeição Cultural

Refletindo sobre o mundo em que vivo e sobre a questão da sustentabilidade, e consumismo desenfreado, e posses e mais posses, e fetichismo da matéria, necessidades criadas diariamente e things like that...

Nem eu nem ninguém precisa desse monte de porcarias criadas a cada instante com um detalhe a mais que a versão anterior. É tudo uma loucura!

TVs maiores e mais finas; celulares com trocentas funções que muitas vezes só não funcionam para fazer e receber chamadas telefônicas; carros e carros e mais carros a gasolina, álcool, diesel ou gás poluindo nosso ar, meu ar.

E comida, então! Para os que podem pagar, tem muita comida, muita caloria, muita porcaria entupindo as veias de todos, desde as criancinhas até aos mais velhos, que quase explodem! (enquanto muitos morrem de desnutrição junto com as sobras soberbas de banquetes em latas de lixo).

Quanto mais estudo a história da humanidade desde os tempos imemoriais, mais fico desiludo com a probabilidade de vitória da paz e do socialismo democrático. 

É melancólico ver os massacres, genocídios, extermínios, teorias que validam tais comportamentos humanos destrutivos coletivos etc.

E, mesmo assim, é um mistério o quanto nossa natureza humana insiste em lutar, e perseverar em mudar as coisas e o cotidiano, e organizar as pessoas e as massas para o embate contra toda essa destruição de nós mesmos, raça humana.

A gente não desiste nunca, como dizem por aí.

E olha que quando um indivíduo cansa, e diz chega, e se retrai, e se recolhe no seu canto atomizado, aparece mais um para seguir a saga de lutar por um mundo mais justo, mais fraterno, e etc e tal e... caminhamos assim nos últimos milênios.

É por isso que admiro muito as pessoas militantes de movimentos mais humanistas, mais socialistas, mais religiosos, mais ecologistas.

Parece-me que esses grupos de pessoas são menores (em quantidade) que o restante da população em geral, massa alienada por sua própria condição intrínseca de estar no meio do processo, como peixes em um cardume, muitas vezes pegos pelas redes pesqueiras (é difícil não lembrar do peixinho Nemo organizando aquele cardume de atuns rumo à liberdade quase impossível).

O problema do consumismo e do excesso de calorias que estou falando é do excesso inútil e supérfluo.

Como diz Hobsbawm, socialismo não é dividir a igualdade da miséria. É o contrário, é dar a possibilidade de todos terem direito a tudo que é bom.

Outra coisa é o mundo consumir e comer como faz a sociedade norte-americana. A tecnologia mundial já permite dar comida para todos; educação gratuita para todos; bens domésticos para todos; transporte público gratuito e de qualidade para todos; moradias subsidiadas para todos; atendimento médico e meios sanitários para todos; e lazer e cultura de qualidade para todos.

A tecnologia mundial é só um instrumento, não se distribui os bens existentes de maneira equânime por opções políticas e ideológicas daqueles que detêm o poder decisório.

É isso! E aí, podemos acreditar em um amanhã melhor para os próximos 1000 anos neste jovem planeta terra? (pois, em termos geofísicos, dá para nossa mãe terra durar mais 5 bilhões de anos)

William


segunda-feira, 20 de abril de 2009

Caminhada inspiradora


Desenho do filhão, Mário Augusto.


Pois é, antes desse artigo que postei há pouco (ver aqui), fiz uma caminhada de uns 65' no Parque. Foram cerca de 6,5 Km.

Das reflexões, me veio a vontade de chegar a casa e escrever sobre os congressos do BB e CEF e defender a Mesa Única e a unidade da categoria.


Artigo - Melhorar a renda, as condições de trabalho e a vida da classe trabalhadora




Este deve ser o foco principal do movimento sindical em qualquer lugar do mundo.


Nesta semana, os bancários dos maiores bancos públicos do País – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal - se reúnem em seus congressos nacionais para debater temas importantes como o papel dos bancos públicos, como melhorar as condições de trabalho e a remuneração, como preservar a saúde dos bancários, questões de previdência e fundos de pensão, e a melhor forma de organizar os bancários enquanto categoria nacional.

Os congressos serão compostos por delegados oriundos de todas as bases sindicais do País que quiseram participar desse importante momento na luta dos bancários. Isso significa termos bancários de sindicatos grandes e pequenos; de todas as linhas de pensamento, seja à direita, ao centro e à esquerda; bancários e bancárias de todas as etnias, idades e credos; enfim, teremos reunida parte da classe trabalhadora que vende a sua mão de obra ao sistema financeiro.

O congresso de bancários, seja geral ou por banco, é um momento importante para traçar algumas diretrizes a serem perseguidas pela categoria no período imediatamente posterior ao encontro.

No caso dos bancos públicos federais, 2 temas sempre voltam à pauta – Mesa Única e Reposição de perdas – , seja por um ou outro sindicato, ou principalmente, por alguma corrente de pensamento, o que chamamos de “tendências” dentro do movimento sindical.

Sou defensor da Mesa Única, com todos os bancários de um lado e todos os banqueiros do outro. Também sou contrário a tentar calcular índices enormes de “reposição de perdas”, pois sempre chegamos a números arbitrários e a folha de pagamento dos patrões da categoria bancária é complexa demais para se achar que atingiremos os objetivos do título deste artigo com um número mágico.

Basta sabermos que o quadro de carreira dos bancos muda toda semana, com suas milhares de funções e valores de referência sendo criadas e extintas e seria impossível se fazer justiça para todos com um simples número mágico de x %.


MESA ÚNICA

Já ficou comprovado, na prática, pelos bancários dos bancos públicos e privados, o quanto a categoria acertou em aprovar a estratégia da campanha unificada desde 2004.

São 5 anos de vitórias importantes para todos. São 5 anos fazendo bons embates contra banqueiros, governos, justiça do trabalho, violência policial, inflação, imprensa e crises diversas.

Nos bancos privados, as seguidas greves gerais possibilitaram a volta da participação dos bancários nas mobilizações nacionais. Também invertemos a lógica da curva dos índices abaixo da inflação mais abono (comum até 2002), para aumento real para todos e abono como algo a mais mesmo. Além de direitos novos como maior PLR, auxílio educação, planos de saúde negociados e a 13ª cesta alimentação.

Os bancários dos bancos públicos avançaram substancialmente em grandes temas como isonomia – problemas oriundos dos governos do PSDB/DEM/PPS nos anos 90, avanços nos temas de fundos de pensão, aumento dos direitos oriundos da Convenção dos bancários - CCT, pois antes os públicos lutavam isolados e assinavam acordos por bancos – ACT.

A Mesa Única proporcionou também reajustes para todos os cargos e o fim dos constantes congelamentos salariais, além da conquista de Participação nos Lucros negociada e assinada com a CUT, antes só distribuída nos bancos signatários da CCT da Fenaban. Antes de 2003, a grande maioria dos bancários do BB e da Caixa recebiam migalhas de participação nos lucros e alguns milhares não recebiam nada, enquanto os gestores do topo da pirâmide desses bancos recebiam valores 100 vezes maiores que a base.

A Mesa Única foi fundamental na volta da mobilização de massa dos bancários desde 2003. Com o fim do isolamento por banco, os bancários enfrentaram com melhor correlação de forças tanto os patrões, governo e a repressão violenta da polícia, como também a opinião contrária da Grande Mídia, sempre demonizando a luta dos trabalhadores (a imprensa privada brasileira – pertencente a algumas famílias da elite - prejudicou muito os trabalhadores de empresas públicas no período de ataque violento do PSDB/DEM/PPS ao desmonte do Estado nos anos 90).


MELHORAR A RENDA

Na questão da renda do trabalhador bancário brasileiro, seja ele de banco público ou privado, a unidade da categoria se mostrou de fundamental importância no último período.

Com a reestruturação do capital financeiro em grandes conglomerados, a única salvaguarda dos bancários atualmente é a Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários – CCT, que mantém trabalhadores de mais de 150 bancos com direitos básicos, sejam eles econômicos ou sociais.

Não dá mais para pensar em isolar qualquer segmento bancário em um Acordo Coletivo – ACT, seja por banco ou região. Os resultados de uma opção dessas seria o enfraquecimento da única Convenção Nacional de trabalhadores no País e a provável volta dos pisos rebaixados por região ou empresa, como ocorre com todas as demais categorias de trabalho no Brasil.

A Contraf-CUT e a grande maioria dos bancários e entidades sindicais brasileiras, sabedoras de suas responsabilidades, e perseguidoras dos objetivos que estão no título deste artigo - Melhorar a renda, as condições de trabalho e a vida da classe trabalhadora, estão organizando a luta da categoria o ano todo, pois a luta não acaba nunca.

É nesse sentido que estamos organizando encontros e congressos de todos os segmentos de bancários para fazermos também as lutas específicas e as negociações permanentes com os banqueiros e governos.


PISO, PCCS, JORNADA DE TRABALHO E TRATAMENTO JUSTO DAS HORAS-GREVE

Uma coisa é certa: temos que lutar para aumentar o PISO DOS BANCÁRIOS, pois ele repercute sobre todas as demais verbas da carreira. Junto ao piso, devemos conquistar NEGOCIAÇÕES SÉRIAS SOBRE PLANO DE CARREIRA - PCCS - com regras claras para todos, o que inclui o pagamento das SUBSTITUIÇÕES DE FUNÇÕES. Também temos que lutar pela JORNADA DE BANCÁRIOS PARA TODOS OS COMISSIONADOS. Só esses 3 temas já dariam uma bela e justa campanha da categoria. Sem contar a revisão de reestruturação de 2007 e o FIM DA TERCEIRIZAÇÃO, que pode nos levar à extinção.

Tenho defendido desde o fim da campanha dos bancários de 2008 uma nova sistemática de acerto das horas-greve oriundas da luta por aquisição ou manutenção de direitos coletivos. Caso as empresas não aceitem aboná-las como parte do processo legítimo do embate Capital x Trabalho, AS HORAS-GREVE DEVEM SER DIVIDIDAS IGUALITARIAMENTE PARA TODO O QUADRO FUNCIONAL DE CADA EMPRESA, em número de horas, do contínuo ao presidente, pois os acordos e convenções assinados valem para todos. Defendamos esse princípio a partir de agora.

Espero que nos congressos dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, nós dirigentes e delegados eleitos, saibamos debater os grandes temas sem jamais esquecermos que os nossos objetivos devem ser os da classe trabalhadora.

Acredito que todos nós queiramos melhorar a renda dos bancários e principalmente as condições de trabalho, que estão terríveis, como sempre estiveram, pois não sou muito de enaltecer um passado idílico, muitas vezes mais mitológico que real.

A vida dos bancários sempre foi dura, basta olhar o nosso passado. Porém, os bancários brasileiros têm uma história de luta que passa de um século e sempre foi uma categoria aguerrida, de vanguarda e de construções coletivas. 

SIGAMOS UNIDOS E FORTES!

William Mendes

---

Post Scriptum: ao rever este artigo no blog, constatei que o link em vermelho para o artigo sobre as horas de greve das campanhas salariais em período de data-base já não existe mais, dá ERROR no site da confederação. Infelizmente é o que está acontecendo com todo conhecimento humano produzido nas últimas duas décadas sendo mantido somente em NUVENS... mundos virtuais que desaparecem fácil assim como as nuvens ao sabor das brisas...


La Celestina - Literatura Española Medieval (III)




LA CELESTINA

Já que tudo, sempre, foi Humanitas (ver significado aqui), sigamos lendo o caso de Celestina (causo da velha Hispania de 1500).


EL ACTO SEGUNDO

Argumento del segundo acto

Partida Celestina de Calixto para su casa, queda Calixto hablando con Sempronio, criado suyo; al cual, como quien en alguna esperanza puesto está, todo aguijar le parece tardanza. Envía de sí a Sempronio a solicitar a Celestina para el concebido negocio. Quedan entre tanto, Calixto y Parmeno juntos razonando.


O servo malquisto de Calixto é muito sábio. Suas observações são ensinamentos. Veja esta crítica feita ao seu senhor por ter dado 100 moedas à alcoviteira Celestina para resolver seus problemas de amor não-correspondido, ao invés de gastá-las com agrados e donaires para a amada Melibeia.

"Parmeno: - Digo, señor, que irían mejor empleadas tus franquezas en presentes y servicios a Melibea, que no dar dineros a aquella, que yo me conozco y, lo que peor es, hacerte su cautivo. (Parmeno aceitou pouco antes, a contragosto, ser parceiro de Celestina no golpe engendrado)

Calixto: - ¿Cómo, loco, su cautivo?
Parmeno: - Porque a quien dices el secreto, das tu libertad.”
P.39


No primeiro ato, Celestina e Sempronio armam o plano para enganar Calixto e tomar seus bens. Parmeno percebe e não gosta da ideia. Calixto, no entanto, só maltrata Parmeno. Celestina diz a este que deixe de ser trouxa e entre no complô.

No segundo ato, Parmeno novamente é maltratado por Calixto quando tenta lhe avisar do golpe. Ele então lava as mãos.

“Parmeno: - … ¡Oh desdichado de mí! Por ser leal padezco mal. Otros se ganan por ser malos; yo me pierdo por bueno. ¡El mundo es tal! Quiero irme al hilo de la gente, pues a los traidores llaman discretos, a los fieles necios. Si creyera a Celestina con sus seis docenas de años a cuestas, no me maltratara Calixto. Mas esto me pondrá escarmiento de aquí adelante con él. Que si dijere comamos, su también; si quisiere derrocar la casa, aprobarlo; si quemar su hacienda, ir por fuego. ¡Destruya, rompa, quiebre, dañe, dé a alcahuetas lo suyo, que mi parte me cabrá, pues dicen: a río revuelto, ganancia de pescadores. ¡Nunca más perro a molino!” p.41


Semântica:

Escarmiento: 1. Ejemplo o muestra que enseña (lección) 2. Castigo que recibe quien ha cometido una falta para que no vuelva a caer en ella. (Diccionário Señas)

No texto, seria "emendado", escaldado, vacinado.

---

Post Scriptum: para ver a postagem seguinte desta série, clique aqui. Para ver a anterior, clique aqui.


BIBLIOGRAFIA:

ROJAS, Fernando de. La Celestina – tragicomedia de Calixto y Melibea. Colección Austral n. 195. Undécima Edición, 1971. Espasa-Calpe, S.A. Madri.


domingo, 19 de abril de 2009

Corrida de domingo




Voltando um pouco aos treinos, corri hoje cerca de 5 Km, ou seja, dei uma volta no Parque Continental em 32'.


La Celestina - Literatura Española Medieval (II)



PATERNIDAD DE LA OBRA LA CELESTINA

Gilman escribe un libro donde estudia en profundidad la obra de Fernando de Rojas – La Celestina - tragicomedia de Calixto e Melibea.

Capítulo 1 (citaciones)

“Así, la solución que demos al problema de la paternidad deberá convenir a nuestros fines particulares y al mismo tiempo ser objetivamente razonable y persuasiva. A este propósito será útil recordar que cada una de las soluciones tradicionales dadas al problema de la paternidad trae implícitamente consigo determinada actitud ante la obra, actitud que, después de confrontarla con la nuestra, hemos de aceptar o rechazar. Refirámonos a seis críticos: Juan de Valdés, Blanco White, Foulché-Delbosc, Menéndez Pelayo, R. E. House y, finalmente, Menéndez Pidal, con sus respectivos juicios y puntos de vista.” P.23

“El humanista (Valdés), inteligente y algo ascéptico, establece una distinción entre el ‘ingenio’ – ‘invención’ – del autor del primer acto y el del autor del resto de la obra; en cambio, los juzga iguales en ‘juicio’, o sea en la disposición, de lo inventado. El romántico (White) se desentiende de la afirmación del autor para sostener la unidad de inspiración, que le parece cualidad indispensable de toda gran obra literaria.” P.25

Menéndez Pelayo

"No insiste en la semejanza de ambas partes para luego decir que forzosamente tuvo que haber unidad de inspiración, sino que, desde el punto de vista de la continuidad de los personajes, compara la Celestina con otras obras que fueron objeto de continuaciones. De todo ello deduce, no la imposibilidade teórica, sino la inverosimilitud práctica de que hubiese dos autores" p.28

COMENTÁRIOS

- Para Pelayo, o problema era de criação poética e de valor estético.

O erudito norteamericano R. E. House fez um estudo de certos elementos da obra - "orden de las palabras, extensión de los discursos, alternancia de 'le' y 'lo' como objeto directo referido a cosas" - que lhe permitiu pensar em haver três autores.

Menéndez Pidal volta à tese de Valdés, sobre a possibilidade de mais de um autor.

"En lo que toca a la Celestina, su fuerte unidad de concepción artística (argumento único de los que impugnan [refutam] la multiplicidad de autores) se explica bien, porque en el auto primero está, como en semilla, la obra entera... De igual modo que la idea directriz, el autor anónimo del primer auto impone un estilo al autor medio anónimo de los autos restantes" p.30

Gilman, mais interessado em estudar a arte criadora de Fernando de Rojas, prefere prescindir do debate da paternidade da obra Celestina. Um dos motivos é que não há provas positivas e conclusivas para afirmar certezas sobre o tema.

EXCERTO

"Si pretendemos descubrir cómo creaba Rojas, su arte único y personalísimo, deberemos prescindir del problema de la paternidad en cuanto tal. Dos razones vienen en apoyo de esta conclusión. Primero: como no existen pruebas positivas, la cuestión es insoluble. Segundo: cualquier hipótesis propuesta no sólo tiene que concordar con los hechos históricos y lingüísticos; debe satisfacer además las exigencias de la apreciación literaria. Como ya hemos comprobado, en la Celestina estos dos caminos hacia la verdad resultan contradictorios, y el afán de conciliarlos supone el falseamiento de uno de ellos o de los dos. Por atenerse estrictamente a la Carta preliminar, Juan de Valdés divide el texto arbitrariamente; Blanco White niega crédito a la Carta, porque así conviene mejor a la teoría literaria romántica. Foulché-Delbosc rechaza la afirmación menos dudosa del Prólogo y, fundado en criterios literarios evidentemente ajenos a la Celestina, declara que las adiciones de 1502 no son de Fernando de Rojas. Menéndez Pelayo corrige tales errores, pero no logra concebir la existencia de un fragmento previo. House se esfuerza por resolver el problema al margen de la literatura, y va a dar al absurdo de tres autores. Menéndez Pidal es el único cuya solución permite la comprensión de los hechos desde el punto de vista literario; pero su solución se basa en un tipo de creación poética que parece muy diferente del de la Celestina. Creemos por eso que el problema de la paternidad hace imposible la valoración del texto mismo, y por el momento es forzoso dejarlo de lado y entre paréntesis" p.32


COMENTÁRIO - Uma conclusão de Gilman guiará seus estudos de Celestina: "Las interpolaciones y los actos añadidos (en 1502) pueden o no aumentar el valor de la obra, pero, si admitimos que Rojas es su autor, son esenciales para una comprensión de su arte" p.33

---

Post Scritpum: para ler o texto seguinte, clique aqui. O texto anterior sobre a leitura da obra pode ser lido aqui.


BIBLIOGRAFÍA:

GILMAN, Stephen. La Celestina: arte y estructura. Taurus Ediciones, S.A. Reimpresión 1982, España.

La Celestina - Literatura Española Medieval



LA CELESTINA – FERNANDO DE ROJAS, 1499.

La obra tiene momentos de sabiduría popular muy interesantes como ocurre en otras literaturas de la época o que vinieron después como, por ejemplo, los diálogos entre don Quijote y Sancho Panza.

A presente edição, traz uma explicação das edições existentes desde 1499, uma carta do autor a um amigo da edição de Sevilla de 1501, versos acrósticos da mesma edição onde se lê "El bachjler Fernando de Rojas acabo la comedia de Calysto y Melyvea e fve nascjdo en la Puevla de Montalvan" e um prólogo da edição de 1502.

SÍGUESE

La comedia o tragicomedia de Calixto y Melibea, compuesta en reprensión de los enamorados, que, vencidos en su desordenado apetito, a sus amigas llaman y dicen ser su dios. Asimismo hecha en aviso de los engaños de las alcahuetas y malos y lisonjeros sirvientes.

ARGUMENTO DE TODA LA OBRA

Calixto fué de noble linaje, de claro ingenio, de gentil disposición, de linda crianza, dotado de muchas gracias, de estado mediano. Fué preso en el amor de Melibea, mujer moza, muy generosa, de alta y serenísima sangre, sublimada en próspero estado, una sola heredera a su padre Pleberio, y de su madre Alisa, muy amada. Por solicitud del pungido Calixto, vencido el casto propósito de ella (interviniendo Celestina, mala y astuta mujer, con dos sirvientes del vencido Calixto, engañados, y por ésta tornados desleales, presa su fidelidad con anzuelo de codicia y de deleite), vinieron los amantes y los que los ministraron en amargo y desastrado fin. Para comienzo de lo cual dispuso el adversa fortuna lugar oportuno, donde a la presencia de Calixto se presentó la deseada Melibea.

ACTO PRIMERO

Argumento del primer acto de esta comedia

Entrando Calixto en una huerta en pos de un bancón suyo (atrás de um falcão seu), halló allí a Melibea, de cuyo amor preso, comenzóle de hablar. De la cual rigurosamente despedido, fué para su casa muy angustiado. Habló con un criado suyo llamado Sempronio, el cual, después de muchas razones, le enderezó a una vieja llamada Celestina, en cuya casa tenía el mismo criado una enamorada llamada Elicia. La cual, viniendo Sempronio a casa de Celestina con el negocio de su amo, tenía a otro consigo, llamado Crito, al cual escondieron. Entre tanto que Sempronio está negociando con Celestina, Calixto está razonando con otro criado suyo, por nombre Parmeno. El cual, razonamiento dura hasta que llegan Sempronio y Celestina a casa de Calixto. Parmeno fué conocido de Celestina, la cual mucho le dice de los hechos y conocimiento de su madre, induciéndole a amor y concordia de Sempronio.


Vea este diálogo entre Parmeno, siervo de Calixto, y Celestina, la vieja, cuando ella está intentando corromperlo:

“Parmeno: - no curo de lo que dices, porque en los bienes mejor es el acto que la potencia, y en los males, mejor la potencia que el acto. Así que mejor es ser sano que poderlo ser, y mejor es poder ser doliente que ser enfermo por acto, y, por tanto, es mejor tener la potencia en el mal que el acto” p.33

Parmeno es la representación de una persona simple, de un siervo honesto.

Vea más este diálogo acerca de la riqueza (“bienes mal ganados”):

“Celestina: - yo sí. A tuerto o a derecho, nuestra casa hasta el techo.
Parmeno: - pues yo con ellos no viviría contento y tengo por honesta cosa la pobreza alegre. Y aun más te digo: que no los que poco tienen son pobres, mas los que mucho desean.”
P.35


Post Scriptum: o texto seguinte sobre a leitura e análise da obra pode ser lido aqui.

 
BIBLIOGRAFÍA:

ROJAS, Fernando de. La Celestina – tragicomedia de Calixto y Melibea. Colección Austral n. 195. Undécima Edición, 1971. Espasa-Calpe, S.A. Madri.


sábado, 18 de abril de 2009

Depois de tanto tempo... caminhei!


Desenho de Mário Augusto.


Depois desse período estressante de muito trabalho e falta de tempo, saí hoje à tarde para uma caminhada gostosa de 60' no Parque Continental.

Amanhã tem mais.


Post Scriptum (5/01/16):

Estou em Osasco, em férias, jogando papéis fora. Achei esta anotação em uma agenda que joguei fora. Creio que a anotação é de 2009, quando fiz 40 anos:


"15 dias de sobrevida

Tenho pensado sobre guerra e amor.
Tenho querido evitar a guerra.
Tenho pensado o amor no sentido lato: Amor.
Amor no sentido contrário ao ódio.

Penso que estas duas forças movem o mundo.
Já passei mais de 2/3 de minha vida movido pelo ódio.
Porém, estou cansado desta forma.

Seria bem melhor escolher a fraternidade, a temperança, a paz.
Todavia, o mais difícil é se desarmar. É olhar diferente.
No meu caso: se permitir."


Aula: Literatura Española Medieval (II)




Clase de 16 de abril de 2009

3. El mozarabismo literario: Las Jarchas (ver aqui).

¿Qué son las jarchas?

Moaxaja = /muwassaha/

Estructura: 5 estrofas

B C D E F (escrita en árabe o hebreo clásico)
B C D E F
B C D E F
A A A A A (Jarcha = salida (en mozárabe)
A A A A A

La lengua mozárabe = castellano + árabe (en Al-Andaluz)

Versos líricos escritos en castellano. Se escribían solamente las consonantes.

En 1948, Samuel M. Sten (hebraísta húngaro) les puso las vocales entonces.

Tnt’m’ry tnt ‘m’ry hbyb tnt ‘m’ry
‘nfrmyrwn wlyws gyds ydwln tn m’ly

Tant’amare, tant’amare, habib, tant’amare, (Castellano medieval)
enfermaron welyos nidios e dolen tan male

Tanto amar, tanto amar, amigo, tanto amar,
enfermaron mis ojos refulgentes (o sanos), duelen con mucho mal.


Siempre son las voces femeninas que las cantan.
Sefarditas/Sefardíes = los judíos que salieron de España (algunos se fueron a Alemania u otros países).

Alfonso X: como siempre escribió en castellano o galaico-castellano fue un ejemplo para los autores que vivieron o vinieron después de ello.

Zéjel = árabe vulgar (sin las jarchas) pero con la estructura de ellas.

El mozárabe es una especie de lengua criolla (ver aqui) porque es una tercera lengua, la mezcla de castellano con el árabe.


LA EDAD MEDIA EN LA PENÍNSULA IBÉRICA: AL-ANDALUS

- Emirato dependiente de Damasco (711-756)
- Emirato independiente (756-929)
- Califato de Córdoba (929-1031). Mezquita de Córdoba.
- Reinos de Taifas (1031-1090)
- Invasiones almorávides y almohades (fines del siglo XI - primera mitad del siglo XII). Sevilla: Torre del Oro, Giralda.
- Reino de Granada: Dinastía Nazari (1238-1492). Alhambra, Generalife.

- Los mozárabes y el mozarabismo literario.
- Un fenómeno de simbiosis y "frontera": las jarchas mozárabes. Su naturaleza y génesis. La moaxaja y el zéjel.

---

Post Scriptum: a aula anterior pode ser lida aqui.


Bibliografía:

Clases de la Profesora Doutora María de la Concepción Piñero Valverde, USP.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Retomando meu espanhol




Bom, estou retomando meu espanhol. (espero!)

Rabisquei uma pequena proposta de trabalho pra minha professora de literatura espanhola da idade média.

Aguardo a resposta.


"Hola profesora, ¿qué tal?

Quiero hablarte acerca de los trabajos y grupos de tu clase.

Yo no estoy en ninguno de los grupos (he perdido las dos primeras clases).

Sigo como representante de los trabajadores bancarios de Brasil en nuestra confederación y he viajado la mayor parte de las semanas.

Le pido a ti, entonces, la permisión para hacer mi trabajo solo.

Por lo que he entendido tendremos una prueba acerca de las clases y un trabajo de evaluación ¿es cierto?

Yo no conozco la obra La Celestina (aqui) pero tengo interese en leerla y tal vez pudiera escribir algo como evaluación (la busqué y la encontré ayer en nuestra biblioteca) ¿qué piensas?

¡Muchas gracias!

William Mendes"

---

SINTAXE DA LÍNGUA:

Tu = adjetivo
= pronome pessoal

---

La RAE

Solo = adj.: dicho de una persona: sin compañia...
Solo = adv.: solamente, únicamente.


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Marxismo e o Século XXI




Carta Maior lança debate: o Marxismo e o Século XXI

A Carta Maior lança a partir de hoje um seminário virtual sobre a obra de Karl Marx e os problemas que afetam a humanidade neste início do século XXI. Diante da grave crise econômica, política e social, decorrente das políticas do modelo neoliberal implementado nas últimas décadas no mundo, o pensamento do autor alemão voltou à ordem do dia. A nova editoria terá a curadoria do professor Francisco de Oliveira, que escreverá e convidará, mensalmente, intelectuais para abordar o tema num debate que se estenderá até o final do ano e procurará oferecer respostas à pergunta: o que Marx tem a dizer sobre os problemas do século XXI?


Francisco de Oliveira - Texto de apresentação

Data: 01/04/2009

O marxismo seguramente foi a doutrina mais importante do século XX, no amplo sentido de um “campo” (Bourdieu) ou ainda no sentido de ideologia (Gramsci) e não no dos próprios Marx e Engels. (como doutrina dominante da classe dominante.) A tal ponto que se pode dizer que o século XX foi o século do marxismo.

A partir das formulações originais da dupla Marx-Engels, o marxismo foi se constituindo numa concepção de história, numa visão de mundo, numa prática de luta, numa política, diretamente na crítica ao capitalismo, seu inimigo figadal. Desde o século XIX, formações partidárias nitidamente operárias criaram-se inspiradas nas ideias da dupla, tais como o prestigioso Partido Social-Democrata alemão, do qual o próprio Engels foi militante e dirigente, e o Partido Socialista Operário Espanhol. Todos os demais partidos de origem operária na Europa Ocidental, e mesmo na Índia, tinham o marxismo como sua orientação teórico-prática mais consistente.

Deve-se dizer, sem apologia acrítica, que esse vasto campo construiu-se cheio de contradições, que fizeram sua riqueza, até que a mão pesada do Partido Bolchevique, vitorioso na Revolução de 1917, em seguida Partido Comunista da URSS, converteu o marxismo num dogma, e matou, em grande medida, sua capacidade criadora, que requer, antes de tudo, sua própria autocrítica. O marxismo havia chegado à Rússia pelas mãos de teóricos do calibre de Plekhanov, e deu origem imediatamente a um movimento político que tomou explicitamente a forma de partido lutando pela Revolução e pelo poder, com seus dirigentes que se transformaram em condotiere mundiais, Lênin e Trotsky, para citar apenas estes.

Todos os partidos de origem operária o tinham como sua referência principal, salvo, talvez, e ironicamente, o Partido Trabalhista britânico onde o fabianismo e a rejeição à revolução logo dominaram a cena trabalhista inglesa, na contramão de Marx que havia pensado que o crescimento do operariado faria aparecer um pensamento e uma prática revolucionárias. Mas nunca deixou de haver não só uma fração de trabalhistas ingleses marxistas, como uma tradição teórica sobretudo na área da História, como o prova até hoje, Hobsbawm, e ontem, Laski, na teoria política. Mas a contribuição do velho Labour para a formação das políticas do Estado do Bem-Estar talvez tenha sido a mais importante. Esse vasto movimento chegou até às ex-colônias. O Brasil conheceu a formação de seu Partido Comunista já em 1922.

Mesmo refluindo das posições revolucionárias, os partidos de origem social-democrata mais que influenciar, de fato, inseriram as lutas sociais para sempre na política. Todo o vasto movimento do Estado do Bem-Estar radicou na capacidade de operação dos partidos de origem operária, a socialização da política a que aludia Gramsci, o que elevou o nível de vida nos países do Ocidente capitalista a níveis que deixaram o programa inicial de Lênin como mero exercício teórico. Aliás, o “pequeno grande sardo” é um dos marxistas mais originais e criativos, que contribuiu poderosamente para que o próprio marxismo entendesse e explicasse as democracias ocidentais.

Recusando-se a fazer da política uma dedução da economia – o que, infelizmente, ocorre hoje – Gramsci, nos cárceres do fascismo mussolinista, deu as diretrizes que tornaram o então Partido Comunista Italiano o mais original e o mais capacitado a dirigir a nova Itália democrática. Aqui, mais uma vez, a história pregou uma peça: o progresso italiano, de que o partido de Gramsci foi o avalista em parceria – o “compromisso histórico” – com os cristãos do Partido da Democracia Cristã, terminou por solapar as bases sociais de ambos, e o PCI mergulhou numa longa decadência da qual há apenas vestígios em meio às ruínas das grandezas de Roma.

Mas o marxismo carrega nas costas o pesado fardo do estalinismo e do terror soviético, sem que os marxistas tenham, até hoje, revelado a capacidade de explicar, marxisticamente, a tragédia em que desembocou a revolução mais radical da era moderna. Não é suficiente a explicação materialista-vulgar de que todas as grandes revoluções comeram seus próprios filhos; tampouco justificar a cruel ditadura do georgiano – que na verdade já se ensaiava sob Lênin - pelas realizações técnico-científicas da ex-URSS: todos os marxistas nunca deveriam esquecer a lição do próprio Marx e dos frankfurtianos de que “progresso e barbárie” sempre formaram na história universal uma terrível unidade.

A partir de certo momento, ficou muito evidente que o “marxismo soviético” (a expressão é de Marcuse) não era outra coisa senão uma doutrina de grande potência arrogantemente usurpadora das tradições marxistas. Mesmo a crítica trotskysta, que cedo viu a “degeneração burocrática” do Partido, e a também ainda mais precoce crítica de Rosa Luxemburgo, junto com a postura de Kautsky, não foram suficientes – nem o poderiam ser, já que o terror estalinista mal havia mostrado suas garras já sob a criação da temível e terrível Cheka sob Lênin.

Nos fins do século que acabou, talvez nas pegadas da explicação de Perry Anderson para o que ele chamou de “marxismo ocidental”, a combinação da desestruturação produtiva, com a revolução técnico-científica e paradoxalmente o próprio progresso levado a cabo pelo Estado do Bem-Estar desbarataram a própria classe operária e seus partidos social-democratas e comunistas; o “marxismo ocidental” descolou a reflexão teórica da perspectiva revolucionária. Deixou de influenciar a política e, pois, a luta de classe organizada, e refugiou-se nos trabalhos acadêmico-científicos. Mesmo assim, na universidade, que apenas durante um curto período – uns 40 anos, se tanto – abriu-se para o marxismo, o movimento também refluiu.

Mas, surpreendentemente, a força criadora do marxismo abriu novas fronteiras, mesmo em terrenos que lhe eram anteriormente hostis e com os quais, ele mesmo, teve relações conflitivas e lhes dirigiu anátemas dogmáticos. É o caso das religiões- antes o “ópio do povo”, da psicanálise, - uma ciência do inconsciente da justificação burguesa dos seus próprios crimes -, da própria literatura (nos caminhos já originalmente pensados por Lukacs), na crítica da cultura e da modernidade – os frankfurtianos – da hegemonia norte-americana, Gramsci e seu “americanismo e fordismo”. Esses terrenos todos foram imensamente fecundados pelo marxismo, que lhes ampliou os horizontes.

A pergunta que essa curadoria quer fazer é direta: e o século XXI e no século XXI? O que o marxismo pode vir a ser, o que o marxismo tem a dizer? O século abriu-se com a maior crise econômica, mundial, global, desde os dias da Grande Depressão de Trinta. Mesmo sobre esta, o que o marxismo disse “no calor da hora” não honrou muito as tradições da economia política marxista, que é seu terreno e sua certidão de nascimento. Economistas como Ievguin Varga passaram a certidão de óbito do capitalismo na crise de 1929. E agora, que crise é esta? François Chesnais tem dado orientações teóricas muito férteis, sobre a transição para um regime de acumulação à dominância financeira. E que mais?

Não há marxismo sem marxistas; estes não são muitos, hoje, no Ocidente. No Brasil, às vezes tem-se a impressão de que o marxismo floresce sobretudo na universidade, na área de humanas, e ilumina muitos nichos da crítica. Mas nos partidos de esquerda, o marxismo é quase sempre um indesejado e no operariado ele é mais, é desconhecido. Operariado aliás, hoje multifacetado, reduzido nos locais produtivos, abundante nos locais de serviço, milhões nos trabalhos informais, uma grande classe não-classe. Será possível combinar reflexão criadora, novas interpretações do mundo, descoladas do trabalho?

As explorações sobre essas intrigantes questões não se farão com um marxismo ensimesmado, sectário e doutrinário; mas não se trata de proclamar um ecletismo despolitizado: as interrogações partem da tomada de posição de que o marxismo pode ainda alimentar as lutas pela transformação social e política, senão com a transcendência e abrangência mostradas no século XX, pelo menos com uma postura crítica que não se deixará seduzir nem pelo apocalipse nem pelo conformismo. Em suma, um marxismo dialógico e dialético.

---

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Tudo por conhecer, inclusive a obra de Karl Marx


Karl Marx.

Refeição Cultural


40 anos e tudo por aprender.

Preciso conhecer Marx, Mészáros, Gramsci, Rosa Luxemburgo, Mariátegui. Lenin?...

Tenho que aprender português padrão. É meio injustificável não sabê-lo uns oito anos depois de entrar na Faculdade de Letras da USP.

OU SEJA: tudo por aprender e acho que mesmo que aprenda um pouco, as lacunas culturais permanecerão.


MARX

Riqueza burguesa = acúmulo de mercadoria

Mercadoria = valor de uso e valor de troca

Valor de troca = se efetiva no processo de consumo

"Ser valor de uso parece ser pressuposição necessária para a mercadoria, mas não reciprocamente, pois ser mercadoria parece ser determinação indiferente para o valor de uso"

(O Capital)


Post Scriptum (02/04/16):

Releitura

Desconectado


Desenho de Mário Augusto.


Cara, é diferente passar 2 ou 3 dias sem acessar a internet e o mundo virtual.

Confesso que a gente se acostuma a estar interligado e dá vontade de virtuar sempre...

Mas confesso também que ninguém (eu) morre com isso...

Atualmente, estou sem celular e passo dias sem internet e... vivo na mesma!


sexta-feira, 3 de abril de 2009

Aniversário




Então, dizem que hoje fiz 40 anos.

Não quero comentar isso não.


Modernas teorias da alienação


István Meszáros.

Refeição Cultural

(relações com a teoria de Marx)

Cito alguns trechos do debate que Mészáros faz sobre os tipos de teorias da alienação mais conhecidas, ou mais populares, que estão no dia a dia dos cidadãos.

Aqui, ele fala a respeito da religiosidade judaico-cristã.

"A missão messiânica consiste em resgatar o homem desse estado de auto-alienação que ele atraiu sobre si mesmo."

"Em sua universalidade o cristianismo anuncia a solução imaginária da auto-alienação humana na forma do 'mistério de Cristo'. "

"O cristianismo é o pensamento sublime do judaísmo. o Judaísmo é a aplicação prática vulgar do cristianismo." (Marx, in: A questão Judaica, 1843)


Mészáros. A teoria da alienação em Marx.


Post Scriptum (02/04/16):

Releituras

A teoria da alienação em Marx - István Mészáros


István Mészáros.

Refeição Cultural

Cara, tem sido sofrido pra mim a falta de tempo para ler e escrever por estes dias. A leitura é um pouco do meu alimento.

Para piorar a situação, estou sem computador em casa já faz algumas semanas.

Lendo Mészáros, achei interessante a idéia - dizem que agora é ideia - de um PROJETO HUMANO POSITIVO como alternativa salvadora da humanidade.

"Na fase ascensional do desenvolvimento do sistema, o controle do metabolismo social pelo capital resultou num antes inimaginável aumento das forças de produção. Mas o outro lado de todo esse aumento das forças de produção é a perigosa multiplicação das forças de destruição, a menos que prevaleça um controle consciente de todo o processo a serviço de um projeto humano positivo.

O problema é que o capital é incompatível com um modo alternativo de controle, não importando o quanto sejam devastadoras as consequências da imposição de seu próprio projeto fetichista de expansão incontrolável do capital."


OU SEJA, se não houver uma discussão humana acerca do que vale mais para a vida humana, o capital e seus poucos detentores seguirão destruindo o nosso próprio ambiente de vida, o planeta terra.

De todas as minhas lacunas culturais, tenho sentido falta de um pouco de leitura mais engajada como Marx, Gramsci, Mészáros etc.

Vamos aos pouquinhos...


Post Scriptum (02/04/16):

Releituras

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Falta de tempo




Cara, tá foda a falta de tempo para o gozo do conhecimento...

Este mês de congressos vários e definições sindicais e trabalhistas tá o c...