sábado, 6 de outubro de 2018

Será o Brasil o berço do nazifascismo do século 21?


(Símbolo da Paz)
Precisamos de paz e amor, não ódio

Diário e reflexões - 061018

Hoje é sábado, 6 de outubro e véspera das eleições no Brasil, país que está sob golpe desde 2016 e que de lá para cá regrediu drasticamente em todos os sentidos e dimensões da vida em sociedade.

Ao analisar o cenário e o contexto em que se dão as eleições, ficamos apreensivos e alertas como diz o refrão da música "Forever Young", de Alphaville: "hoping for the best, but expecting the worst" (torcendo pelo melhor, mas esperando pelo pior).

O golpe perpetrado no Brasil em 2016 ocorreu com um forte componente de disputa de hegemonia internacional de poder, onde o Pré-sal e demais riquezas econômicas do país tiveram grande importância. Também foi engrenagem na etapa atual de reorganização do capitalismo financeiro contra Estados com governos progressistas e nacionalistas, menos pela relevância econômica do Brasil e mais pela repercussão em uma centena de países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Se o golpe tiver sucesso no Brasil, terá nos países menores do mundo.

Internamente, o golpe empreendeu etapas que permitissem à casa-grande voltar ao poder, após os mandatos dos tucanos até 2002, período de 500 anos interrompido pelos mandatos do PT. Golpe perpetrado com o uso das ferramentas modernas de manipulação de massas, com métodos do nazista Goebbels para implantar o ódio e a intolerância contra um segmento social (o PT) e com o alinhamento das instituições estatais (executivo, legislativo e judiciário) para frear a inclusão do povo no orçamento do Estado, voltando a elite com seus lacaios ao domínio total do país após 2016, e impondo o silêncio dos cemitérios aos 200 milhões de brasileiros miseráveis e remediados.

Como cidadão com consciência política e com noções de civilidade, vou comparecer às urnas no domingo e votar nos candidatos do Partido dos Trabalhadores, de ponta a ponta. É o partido e os programas que me representam e me defendem como classe trabalhadora desde que tirei meu título de eleitor, há mais de 30 anos.

Peço aos meus amig@s e conhecidos, e leitores do blog, que votem em candidatos progressistas, do povo, de esquerda, e com história de defesa dos trabalhadores, que nunca votaram nas reformas que destruíram o país neste período de golpe que estamos vivendo.

É assustador o Brasil correr o risco real neste mês de outubro de colocar pelo voto um nazifascista no comando do país. A Alemanha fez isso em 1933 e o mundo teve que se unir contra o nazismo durante anos para derrotar em 1945 Hitler, Mussolini e a ameaça do mundo todo ser derrotado por esse regime de ódio, extermínio, intolerância. A ascensão de Hitler (que levou o mundo à 2ª Guerra Mundial) gerou a morte de mais de 50 milhões de seres humanos e o mundo criou sistemas internacionais para evitar a volta do ódio como regime de Estado e de relações sociais.

O que posso fazer apenas como cidadão, um ser humano desta comunidade humana chamada Brasil, para evitar essa tragédia? Posso pedir que vocês não votem no nazifascismo e não apoiem candidatos nazifascistas.

Eu me desmancho de tristeza por dentro ao ver quase todos os meus familiares paulistas declarando voto no candidato nazifascista e ao ver colegas bancários e conhecidos do bairro dizerem que vão votar no nazifascista. Um terço do povo brasileiro está declarando voto em alguém que defende que se deve torturar e matar pessoas que pensam diferente, que mulheres e negros valem menos que homens brancos, que se deve castrar pessoas, fuzilar petistas, estuprar mulheres (se elas "merecerem").

Que fazer com relação a isso? São pessoas que conheço há décadas. Como podem regredir tanto na única existência que têm?

Nós temos que vencer esse risco nestas eleições. E será muito difícil cada etapa. Esse domingo dia 7 é a primeira etapa. Depois o segundo turno no domingo 28. Depois teremos que vencer as instituições estatais que se aliaram ao golpe e que vão tentar evitar a posse de um eventual governo progressista do Partido dos Trabalhadores (o mais bem posicionado nas pesquisas para o 2º turno). E depois lutar pela revisão das reformas que prejudicaram o povo brasileiro para favorecer a casta golpista e privilegiada do 1%. Será uma luta permanente a partir de agora.

Nem deprimir podemos, amig@s! Temos muita luta cidadã pela frente.

Vamos tentar eleger centenas de parlamentares do PT e do PCdoB neste domingo. Parlamentares do PSOL, do PDT, do PSB, PCO e PSTU. Eu tenho críticas a vários desses partidos, mas são partidos e representantes que defendem direitos trabalhistas, direitos civis, direitos políticos, direitos humanos, direitos sociais, o povo que mais precisa do Estado.

Abraços e reflitam com seus amigos e familiares. Não podemos deixar o Brasil ser o berço do nazifascismo do século 21, assim como fizeram os alemães no século 20 e se arrependeram muito e se envergonham até hoje por isso.

William

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