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domingo, 10 de novembro de 2024

Diário e reflexões



Refeição Cultural

Osasco, 10 de novembro de 2024. Domingo.


CORRIDA DA AABB-SP

Dias atrás, ao reiniciar alguns trotes após um mês sem atividades físicas por causa da militância nas eleições municipais, corri 2K e 3K e vi que estava muito ruim de condicionamento físico. Temi não conseguir correr a prova de 5,1K na AABB-SP neste domingo. Felizmente, deu tudo certo. Fiz meu trotinho tranquilo pelas alamedas do clube e corri a prova em uns 37'.

Reencontrei no clube o grande amigo Ramon, presidente de nossa associação atlética. Nos conhecemos desde quando entrei no Banco do Brasil, em 1992, e Ramon foi um baita companheiro de gestão e lutas pelos direitos em saúde dos associados da Cassi durante nossa gestão eleita entre 2014 e 2018. O amigo me deu uma linda camisa comemorativa dos 90 anos de nossa AABB, entregue por sua esposa Viviane. Valeu, meus queridos! Vida longa e de sucesso à nossa AABB.

A deliciosa participação no circuito de corridas da AABB teve a participação decisiva de outro amigo do BB, o Roberto, que me inscreveu pela equipe Suçuarana: eu não tinha me atentado para o calendário de corridas e ele me fez o convite e a lembrança sobre a prova. Eu participo das corridas de nossa associação desde que elas começaram faz bastante tempo. Valeu, Roberto! O amigo não conseguiu vir para São Paulo hoje. 

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MANIFESTAÇÃO: NÃO AO TÚNEL SENA MADUREIRA!

Depois da participação bem cedinho na corrida da AABB-SP, fui me solidarizar e participar da luta contra a construção de um túnel na região da Sena Madureira, na Vila Mariana. 

Hoje teve um grande ato em defesa dos moradores da região da Sena Madureira, da comunidade Souza Ramos e do meio ambiente, pois a obra está destruindo um corredor verde com mais de 170 árvores enormes, saudáveis e muito antigas da região e ameaça retirar mais de 200 famílias do local.

A obra está envolvida em denúncias e irregularidades há mais de uma década e ela não resolve praticamente nada em termos de trânsito, além de ser ruim ambientalmente e urbanisticamente.

Participaram companheiras e companheiros nossos da região do Butantã, que também enfrenta obra danosa e destruidora: a Nova Raposo Tavares. Várias lideranças políticas estiveram presentes no ato.

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O DOMINGO FOI DE ATIVIDADES

Só uma reflexão antes de finalizar: tenho uma preocupação com a tendência de muita gente a não sair mais de casa, fato que aumentou após a pandemia e com a ampliação dos sistemas de entrega a domicílio. Acho importante o contato com as pessoas nas ruas e nos transportes públicos. Somos humanos, somos seres sociais, ainda. 

Hoje conversei com o motorista do uber, que fez uma fala de quem não votou no Boulos e duvidou da proposta do Poupatempo da Saúde. Expliquei a ele que trabalhei com gestão de saúde e falei o quanto a proposta era inovadora e necessária. Estávamos falando do tema porque citei os problemas do Hospital do Campo Limpo. 

Peguei várias linhas de metrô e trem, como faço desde adolescente. Hoje foi catraca livre por causa do Enem. O trem demorou pra caramba! 

É isso!

William Mendes


sábado, 2 de novembro de 2024

Diário e reflexões



Refeição Cultural

Osasco, 2 de novembro de 2024. Sábado de Finados. Dia chuvoso.


Opinião


INSTANTES DO VIVER

Corridas

Ontem, dia primeiro, saí para uma corrida de pequena distância na região onde moro. Semanas atrás, aceitei um convite de um amigo corredor e acabei me inscrevendo em uma corrida de 5,1 Km que se realizará na próxima semana na AABB-SP e não estou com o condicionamento físico adequado para tal corrida. O período de militância nas eleições municipais me fez passar mais de um mês sem praticar atividade física. 

Minha ideia de "treinamento" para a participação na prova de nossa associação atlética é tentar fazer uns 3 ou 4 treinos para saber se o corpo aguenta o percurso em trote. Dias atrás, corri 2K e foi tudo bem. Ontem, com forte calor, fiz a corrida de 3K e foi difícil... Olha, como a gente perde rápido a condição física aos 55 anos quando não prática esporte com regularidade! Pretendo fazer mais um trote de 4K daqui a uns dois dias e ver o estado precário no qual me encontro. 

Às vezes, penso nas pessoas em geral, no "corre" de suas vidas, sem tempo para nada de atividades físicas ou intelectuais... e com alimentações bastante prejudiciais à saúde com excessos do que faz mal e nada que faz bem. Foda! 

(a bela árvore, ou o tronco dela, que ilustra a postagem é um admirável ser vivo que namoro toda vez que passo por ele nas caminhadas e corridas no Parque Continental)

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Eleições na Anabb

Faz semanas que recebi pelo correio um material sobre as eleições na Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil. Sou associado. Só hoje resolvi folhear a revista e os anexos. O tempo passa, o tempo voa, mas as caras em disputa nas entidades do funcionalismo do BB continuam as mesmas... incrível isso!

A absoluta maioria das candidaturas é de direita e extrema-direita, gente conservadora, reacionária, pessoas e grupos que defendem um tipo de sociedade humana diametralmente diversa da que penso e luto por ela. Um mundo elitista, não igualitário, capitalista, liberal ou neoliberal. Sem direitos sociais, civis e políticos para o povão.

A direção da associação é composta por 21 conselheiros e conselheiras deliberativos eleitos e o CD elege a direção executiva entre os membros eleitos pelos associados. Também são eleitas 3 pessoas para o Conselho Fiscal e representações regionais. Os associados podem votar em até 21 pessoas para o CD, até 3 para o CF e votam em alguém para a regional onde moram.

Para o CD são 70 pessoas concorrentes. Eu fui dirigente eleito de nossa comunidade BB por duas décadas. Mesmo estando afastado das disputas eleitorais há seis anos, conheço a maior parte das pessoas que se colocaram à disposição dos associados. E mesmo estando distante da política do BB, conheço também boa parte das pessoas que concorrem ao CF e nos Estados e DF. Ou seja, a renovação será muito pequena na direção, se houver renovação.

Cadê as mulheres e o pessoal de esquerda?

Ao avaliar as candidaturas à direção da Anabb, fiquei pensando com os meus botões por que quase não tem colegas mulheres concorrendo às eleições. O mesmo em relação às pessoas progressistas e do campo da esquerda. E não é que não tenhamos gente de esquerda no funcionalismo do BB. O que se passa? Desinteresse na gestão da associação? Não acreditam no processo eleitoral em questão? Não saberia dizer.

De 70 pessoas concorrentes ao CD, para se eleger 21 delas e depois as suplências que subirão ao se eleger a direção, só temos 17 mulheres concorrendo. Dessas, nem 5 são de esquerda, ou não são de direita! Do total de candidaturas, pessoas que são conhecidas pelo funcionalismo como do campo progressista, de esquerda e que têm história no movimento sindical ou em defesa de um mundo socialista ou mais igualitário, dá pra contar nos dedos das mãos. 

Questões como essas são questões do nosso tempo. Temos que evoluir e superar essa descrença na política e na mudança. A experiência é muito importante na política, principalmente quando mesclada com a renovação e com novas ideias para o presente e o futuro.

Ah, só para não parecer uma contradição, dias atrás fiz um artigo sobre as eleições brasileiras (ler aqui), afirmando que, na minha opinião, o povo não é nem de direita nem de esquerda, o povo é prático ao se posicionar nas urnas de acordo com determinadas questões locais, culturais, de contexto etc. 

Em eleições da comunidade BB como esta da Anabb, é outra lógica: quando digo que não vejo nem dez pessoas de esquerda é porque conheço há décadas as mesmas figuras que se apresentaram no processo. Uma coisa é o povão, outra são os políticos profissionais de sempre.

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Mundo em disputa: temos algo com isso?

Aproveitando que comentei acima sobre eleições na comunidade Banco do Brasil, sigo no tema da política.

Nos próximos dias, os Estados Unidos vão eleger o seu presidente ou presidenta. É a maior plutocracia do mundo. Não há democracia lá. A escolha da pessoa que vai figurar como presidente(a) é feita pelos bilionários e suas corporações. Nem voto direto existe lá. Para ser candidato(a), então, só se os endinheirados autorizarem. Depois do dia 5/11 saberemos o "resultado". 

Como disse no dia seguinte ao resultado das eleições venezuelanas (ler aqui), vou assistir da poltrona comendo pipoca o comportamento da diplomacia brasileira, não mais "Ativa e altiva". Uma das maiores decepções políticas em relação ao nosso governo foi a posição vergonhosa do Brasil desrespeitando a Venezuela e a nossa Constituição Federal, em seu artigo 4º. 

Quero ver como o Brasil vai lidar com eventual contestação interna dos resultados nos EUA. É provável que vá ser da mesma forma que vem se comportando com os países do Norte, com Israel que pode nos humilhar, com a França que não reconhece as eleições no país etc. Não vamos exigir as atas... certeza!

Aliás, não acho correto o presidente de nosso país declarar apoio a candidaturas de lá dos Estados Unidos, é péssimo isso! De novo, me parece que o artigo 4º da CF virou letra morta. Leiam os incisos III, IV e V.

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São alguns instantes de meus pensamentos. Num certo momento do dia, fiquei admirado com a magia de uma aula de geografia, que assisti no Instituto Conhecimento Liberta (ICL). Adoro estudar e conhecer coisas novas todos os dias.

Fico por aqui no registro de instantes.

William


domingo, 25 de agosto de 2024

92 de 100 dias



92. Ao acordar neste domingo, li dois textos muito bons, que me deixaram pensativo. 

No primeiro deles, Frei Betto fala de seus 80 anos, completados neste 25 de agosto. Que texto inspirador! Me emocionei com ele. Fiquei pensando na minha vida a partir dos ensinamentos do dominicano. Sim, seu texto é um ensinamento de vida. 

O segundo texto foi um artigo da jornalista Milly Lacombe abordando a candidatura de um sujeito extremista de direita à prefeitura de São Paulo. O texto "Pablo Marçal não é a doença e sim o sintoma" é uma análise excepcional da realidade contemporânea da política brasileira com uma crítica ao campo considerado de esquerda. 

Ela aponta com a excelência que seu texto tem o que eu tenho apontado na minha forma de escrever mais comum. Ou a esquerda para de ficar administrando o capitalismo e se apresenta antissistema ou já era para nós! 

Os textos me deixaram reflexivo ao longo do domingo.

Não achei canto em casa, não achei canto no mundo hoje. Fiquei incomodado pensando a vida, o fim momentâneo da vida, a natureza, a sociedade humana.

Algumas ideias que tive em momentos da vida que poderiam ter sido realidade não podem mais ser realidade. A existência é assim mesmo.

Este texto é um dos últimos de uma série de uma centena de registros sobre a temática pessoal da minha vida no momento atual. Vou terminar os cem dias quase na mesma. 

Só minha saúde piorou, está chato viver com o que eu estou sentindo. Não corri mais por achar que não deveria correr e piorar meu quadril. Enquanto isso, sei que meu sangue vai engrossar. É uma merda!

Mesmo com dores aumentando, estou disciplinadamente indo à academia do condomínio para fazer sessões de exercícios físicos. O que sei que não resolve minha genética de colesterol e pressão alta. É foda, como digo!

Fim de mais um dia.

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Post Scriptum: as perspectivas do mundo no qual eu e vocês vivemos não ajudam muito a animar minhas ilusões e alimentar utopias... pessoalmente, avalio que as ações na política da forma como ela funciona atualmente no ambiente onde vivemos, o Brasil da pior distribuição de renda do mundo, são ações de enxugar gelo. Os escravocratas desses 524 anos de exploração colonialista são inimputáveis... eles sabem disso! As injustiças e a nossa consciência das injustiças quase matam a gente (acho que estão me matando faz tempo...). Enfim, não vou falar sobre isso.

Post Scriptum (2): uma reflexão no final do livro Fahrenheit 451 me deixou bolado desde ontem (comentário aqui). Os personagens conversavam sobre o sentido da vida e da morte, sobre certa ideia de imortalidade e permanência. Aí o personagem explica a diferença entre um cortador de grama e um jardineiro, destacando que o jardineiro dá um toque pessoal no ambiente, deixa sua marca e se perpetua nisso. Já o cortador de grama, cortando no tempo certo a grama ou não, não faz diferença pessoal alguma ali. Fiquei olhando minha existência e pensando se fui um cortador de grama ou se cheguei a ser um jardineiro... fiquei bolado...

William


terça-feira, 20 de agosto de 2024

87 de 100 dias



87. Vai terminando o período de cem dias que marquei para olhar com certa atenção a minha vida na atualidade. O período foi meio ilusório, e eu já imaginava algo do tipo. 

O que vai ficar da atenção que dei a minha vida nas últimas semanas? Mudou alguma coisa? Mudei alguma coisa? Não. Não mudou. Não mudei.

Quer dizer, hoje mais que ontem, meu corpo insiste em me lembrar que ele existe, que ele me limita. Isso vem mudando, diariamente.

Que mais? Coisas pessoais e cotidianas que gostaria de ter resolvido e mudado, não foram resolvidas. Não mudaram.

Que lição tiro disso tudo? Algumas. Pessoais...

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O pôr do sol, que diariamente está aí para quem tiver olhos para ver, lá estava no fim da tarde de hoje, e lá estava eu também, e a esposa que chamei para descer correndo para ver a novidade... o pôr do sol. Eu tinha acabado de me exercitar na tentativa de recuperar alguma estrutura física que já tive em perfeita ordem. (em perfeita ordem, por enquanto, só o pôr do sol)

William


segunda-feira, 19 de agosto de 2024

86 de 100 dias



86. Nesta segunda-feira li a 2ª parte do romance Fahrenheit 451. A leitura me inspirou a fazer um texto político sobre as eleições municipais e a questão da dificuldade de se exercer a democracia em sistemas hegemonizados pelos capitalistas. Abordei a questão do poder do dinheiro prevalecer num mundo dominado por quem domina a atenção das pessoas através da internet e das redes sociais das big techs. Ler o texto aqui.

À tarde, saí para pedalar com o intuito de melhorar a minha estrutura de locomoção, meu quadril desgastado. Tenho que ter disciplina para me exercitar. Posso até não melhorar meu condicionamento, mas o que não posso é não ter tentado melhorar.

É isso. 

William 


domingo, 18 de agosto de 2024

85 de 100 dias



SEM OS BOMBEIROS DE FAHRENHEIT 451, REFLETI

Opinião

85. Domingão. Calor em Osasco. Pela manhã, li Fahrenheit 451. No romance de Ray Bradbury os bombeiros são os guardiães da paz na sociedade incendiando qualquer livro que alguém ouse ter em casa. Não se tolera o pensamento e a reflexão. Não pense! (A distopia dos anos cinquenta, por formas diversas, quase se tornou a realidade neste mundo que habito aos 55 anos.)

Como estava com a energia vital fraca, precisei cochilar no sofá. Não fui nem na plenária organizativa do Partido na Praça Elis Regina, nem no aniversário de uma companheira sindicalista muito querida. Sem energia, como disse.

O especialista de quadril que fui me sugeriu fortalecimento das estruturas musculares da região. Depois de uma vida sem ter as dores como ocupação de minhas atenções, agora perco meu tempo me lembrando que meu corpo está degenerando. Humildade eu acho que tenho. Reconheço que sou natureza, que sou resultado do percurso de minha existência. Quando olho minha vida de forma consciente, sei que fui muito além do que supus algum dia ir. O acaso foi generoso comigo. Então, no fim da tarde, vendo da modesta academia do condomínio o pôr do sol que ilustra a postagem, estava eu me esforçando com determinação e humildade para seguir as recomendações do especialista de quadril e fazendo uma série de exercícios... ou seja, eu tenho uma disciplina que até eu me surpreendo às vezes. Troquei o prazer do cochilo no sofá pelo esforço físico sem prazer algum. Fiz 55' de musculação, com dores e tudo. Fiz minha parte na porra da luta pela vida.

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Chamem os bombeiros de Fahrenheit 451... estou aqui sem estar feliz... ocupado com pensamentos e reflexões sobre o mundo e a existência... 

Incinerem tudo... fogo!

O que faço desse dia-noite? O que faço dessas horas do dia que vem aí? A tendência é acordar para um novo dia, com ou sem dores físicas ou da alma (a persona do cérebro do animal que sou). O que faço para mim mesmo?

O que faço na semana, nos dias seguintes, em um mundo no qual os sionistas seguem executando civis palestinos, um filho da puta de Alagoas segue roubando o orçamento público do país e é imparável, e o canalha que colocaram no poder em 2018 segue livre, leve e solto, inimputável, e o cara que poderia denunciá-lo não o faz por haver um acordo por cima - é a impressão que se pode tirar desses quase dois anos em que nada é encaminhado contra o abominável -, então, o que faço? 

Que posso eu fazer com relação a clara intenção da direção da Cassi de expulsar os participantes do plano Cassi Família II, o melhor dos planos para os familiares dos funcionários da ativa e aposentados do BB, ao reajustar as mensalidades em quase 25%, tornando inviável a permanência de milhares de participantes do plano? Que faço? Os sindicatos deveriam defender os interesses dos trabalhadores, mas como apoiadores da direção da Cassi, parecem terem se tornado insensíveis a isso. De certa forma compreendo isso, o foco é a renovação dos acordos e convenção coletiva. Que faço eu que sei sobre essas coisas da Cassi? (Já fiz algo, falando sobre. Mas não vou iniciar cruzada alguma sobre a Cassi, não vou)

Que posso fazer em relação à consciência que adquiri sobre tanta injustiça que assola essa terra onde habito?

E se eu não acordar no próximo amanhecer da Terra? Eu me sensibilizo com pessoas de meu entorno. Me preocupo com elas.

Vejam vocês o que é um ser humano! Vejam vocês! Numa sociedade sem livros, sem reflexões, sem sentimentos, baseada só nos instintos da natureza animal, um animal como eu não teria pensado e registrado essas palavras, o pensamento capturado.

William 

sábado, 17 de agosto de 2024

84 de 100 dias



CASSI

Opinião 

84. Ao olhar minhas contas a pagar na próxima semana, tomei um susto ao ver o reajuste das mensalidades dos planos de saúde da Cassi. É alguma coisa que nem vou adjetivar.

A Cassi é ou deveria ser a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. A direção da autogestão em saúde reajustou o plano Cassi Família II, o melhor e mais antigo plano familiar em 23,88%. 

É uma coisa sem sentido. A não ser que a gestão queira que os participantes do plano saiam por inviabilidade de pagamento das mensalidades. Como vou continuar mantendo meus pais no plano com esses aumentos que a direção vem fazendo ano após ano?

Quem acompanha o mercado de saúde sabe como funcionam essas coisas. Os planos fazem seleção de seus clientes através de estratégias para que as pessoas não consigam ficar no plano e percam o acesso. É o que a Cassi dos funcionários do BB está fazendo aumentando as mensalidades desse jeito.

Não sou leigo no tema. Já fui gestor eleito da autogestão e conheço como funcionam os modelos de custeio, de saúde e como funciona o mercado onde a Cassi opera.

A minha indignação é grande! Já faz quase dois anos que nós conseguimos mudar o governo federal, retirando da administração das empresas estatais aqueles sujeitos que vinham destruindo todo o patrimônio público.

Não culpo o nosso presidente Lula por questões do dia a dia das empresas públicas porque sei da dinâmica da política. Imaginem se vou tributar ao nosso presidente questões de corporações como a nossa da comunidade Banco do Brasil. Não seria adequado fazer isso num cenário tão complexo e com uma correlação de forças tão ruim no Congresso.

Mas confesso a minha decepção em relação à direção de nossa Caixa de Assistência no que diz respeito a algumas decisões que poderiam ter sido revertidas após a saída daquele grupo que estava na gestão durante os governos golpistas.

Eu entendo que o Cassi Família (CF II) não precisava e não poderia ser reajustado como estão fazendo. A impressão que dá a quem entende minimamente da Cassi é que querem que os participantes do plano saiam.

É uma coisa sem sentido porque já afirmei e reafirmo que forçar os participantes do CF II a saírem do plano não faz com que a migração se dê para planos piores da própria Cassi como os outros que têm coparticipação, franquia na internação e redes piores.

Francamente. Estou indignado! E decepcionado!

A direção da Cassi e as entidades representativas que apoiam a gestão deveriam ouvir outras pessoas que conhecem a Cassi e que poderiam pensar alternativas para não expulsar os participantes dos planos.

William


quinta-feira, 15 de agosto de 2024

82 de 100 dias



CREPÚSCULO

82. Se for para ser sincero nesta categoria de postagem, a dos 100 dias, uma categoria pessoal e confessional do blog, e sou sincero, essa é uma característica deste blog, diria que hoje me sinto mal, mal de saúde, com baixa energia vital. Pode ser uma leitura de mundo marcada pelos contextos da realidade. 

Minha baixa energia frente ao mundo neste momento é reflexo de um conjunto de situações: sinto que a saúde de meus pais e irmã está abaixo do ideal, isso me entristece; sinto que a conta do meu percurso existencial está chegando a galope, e passar os dias com dores e cismas de que as perspectivas podem me tolher de levar uma vida normal faz a gente se sentir uma bosta. Dores no quadril, costas, ombros, que merda isso! Dores de cabeça no fim do dia... que ridículo!

Quando optei por contribuir com as campanhas eleitorais de Boulos e Luna Zarattini escrevendo em meus blogs é mais ou menos porque estou inseguro de ficar fazendo campanhas nas ruas: minha energia está ruim. Na última reunião do partido, que fui dias atrás, precisei sair antes do fim e cheguei mal em casa. Que impotência!

Devo estar pagando a conta da última década de representação da categoria bancária. 

Os quatro anos de mandato da Cassi quase me mataram. Poucas pessoas sabem disso. Minha família e dois ou três pessoas próximas. Eu enfrentei o mundo defendendo o que acreditava. 

Não dormi por quatro anos. Batia o escanteio, corria na área pra tentar o gol e corria pro campo de defesa, isso no jogo inteiro. E quando acabava a partida, começava a outra sem intervalo de descanso. Acho que me matei...

Hoje estou assim. Tomará que amanhã não. Não quero mais adiantar o fim como quis num certo tempo em minha existência, décadas atrás. 

William 


sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Leituras Capitais




Refeição Cultural - CartaCapital ed. 1322

A revista semanal liderada por Mino Carta é sempre uma leitura para nos dar noções do que se passou de relevante nos últimos dias na política, na economia e na cultura de nosso país, e ainda traz duas ou três matérias relativas a outras nações do mundo.

Não é toda semana que leio a revista, mas sempre que posso, leio CartaCapital da primeira à última página. Com isso, fico bem inteirado sobre temas relevantes do momento. Eu não leio noticiários em páginas de internet diariamente. Preservo um pouco de minha sanidade fazendo isso.

Nesta edição, li as matérias sobre as eleições da Venezuela e respeito a opinião dos articulistas, porém discordo da análise deles. É assim que funciona o debate respeitoso sobre política.

Uma das matérias mais interessantes desta edição foi o artigo do senador Jaques Wagner (PT) trazendo luz sobre os investimentos públicos no esporte olímpico e paraolímpico.

Enfim, sigamos nos informando em boas fontes jornalísticas e atuemos contra notícias falsas ou com clara intenção de manipular pessoas.

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"E AGORA, MADURO?

A falta de transparência do processo eleitoral coloca a Venezuela em pé de guerra" 

Com esse título, a revista CartaCapital tomou posição e lado, na minha opinião de leitor. Não vejo isso como problema, a revista sempre foi clara com seus leitores. 

Aliás, me posiciono de cara: não é verdade que "a falta de transparência" colocou o país em pé de guerra. É só vermos o comportamento dos EUA reconhecendo a "vitória" de quem não ganhou (outro Juan Guaidó) e seus lacaios venezuelanos, os atuais fantoches Corina e González, que estimulam uma guerra civil em carta dias depois do resultado, para ter claro que nunca foi uma questão de "transparência" ou "atas".

Dito isso, reafirmo que estou do outro lado da opinião de CartaCapital, eu me posiciono em favor da Revolução Bolivariana, do chavismo e da soberania do povo venezuelano. Há um golpe imperialista em andamento, para se apropriar do petróleo do país e não existe mais "perdão" para supostas inocências democráticas. 

Qualquer pessoa minimamente alfabetizada e politizada sabe que é do petróleo que se trata a intromissão dos EUA nas eleições venezuelanas.

Vão pedir transparência ao Biden, Trump, Kamala, Macron, ao genocida Netanyahu e ao raio que parta essa gente e esses países do Norte imperialista!

E repito a minha vergonha e decepção com a postura de nosso governo em não se posicionar a favor de Maduro como os EUA fizeram em favor da oposição bancada por eles, que inventou um resultado e o império decadente e seus lacaios estão aceitando como "verdadeiro".

It's the economy, stupid!... (lembram-se disso?)

Enfim, dos três textos referentes à matéria de capa, só gostei do tom do texto do professor Belluzzo, resgatando a história da Venezuela. O de Sergio Lirio e o do professor Aldo Fornazieri, não gostei. Atenção: não gostei dos textos e das opiniões deles. Sigo respeitando muito ambos, são opiniões diferentes. 

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ESPORTE TAMBÉM É POLÍTICA 

Como disse na abertura, é esclarecedor o artigo do senador Jaques Wagner (p. 29) nos informando sobre os números e resultados dos 20 anos de criação do programa Bolsa Atleta pelo presidente Lula (criado em 2004). 

Além do Bolsa Atleta, o senador informa sobre os outros programas e montantes de recursos públicos que beneficiaram (98%) ou beneficiam ainda (87,3%) a quase totalidade dos atletas da delegação brasileira (276) nas Olimpíadas de Paris, França. 

O Brasil ganhou mais medalhas nesses 20 anos de patrocínio do governo federal aos atletas olímpicos (84) e paraolímpicos (267), em 5 edições com Bolsa Atleta, do que em 80 anos sem apoio governamental aos atletas. Foram 66 medalhas em 15 edições antes de Lula (PT). Isso significa IGUALDADE DE OPORTUNIDADES! Por isso temos visto tantas pretas e pretos e pessoas periféricas levantando medalhas. Nossa delegação tem 153 mulheres em 276 atletas (55%). 

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OUTRAS SEÇÕES DA REVISTA

Gostei da matéria de política falando sobre as estratégias do Partido dos Trabalhadores no Nordeste para ampliar o número de prefeitos nos Estados nordestinos.

Eu compreendo as concepções e práticas do partido por ter passado mais de duas décadas de minha vida de representação estudando um pouco a origem e as características do PT e de suas principais lideranças desde a sua fundação em 1980.

Aliás, sempre votei no PT, mesmo quando não era filiado ao partido. Dia desses, escrevi sobre isso (ver aqui). Neste período de eleições municipais, vou escrever sobre política no blog A Categoria Bancária (aqui) e vou apoiar a candidatura de Guilherme Boulos e Luna Zarattini (vereadora) em São Paulo, cidade onde nasci, e vou apoiar a candidatura de Emídio de Souza em Osasco, onde resido.

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CULTURA

A edição veio recheada de boas reportagens sobre cultura. Os irmãos Caetano Veloso e Maria Bethânia em nova turnê após décadas é uma maravilha. Eu me lembro que foi através de CartaCapital que vi o lançamento do álbum novo "Noturno", de Bethânia, durante a pandemia de Covid-19 que ouvi e adorei.

Todas as matérias são interessantes e estimulantes.

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SAÚDE

O artigo "Uma questão de classe", de Arthur Chioro, sobre as eleições no Conselho Federal de Medicina (CFM) é elucidativo para as pessoas que não acompanham o dia a dia do setor de saúde brasileiro.

Chioro cita um certo número de casos na área da saúde para demonstrar o quanto regredimos em relação à ética profissional no setor. Depois dos casos absurdos, ele nos explica a importância do CFM como um órgão público de fiscalização.

"No Brasil, desde 1951, essa responsabilidade é atribuída, por lei, a uma autarquia federal, o Conselho Federal de Medicina (CFM), que possui o papel de fiscalizar e normatizar a prática médica e é formado por dois médicos (um titular e um suplente) de cada unidade federada, eleitos por seus pares".

E as eleições se deram nesta semana que passou e os resultados nos Estados e DF foram muito ruins, o conservadorismo prevaleceu e os riscos seguirão altos, tanto para os profissionais da área quanto para a população brasileira exposta a práticas questionáveis e não científicas.

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É isso! Foi uma leitura que me deixou com noções boas sobre os temas que abordou.

William Mendes

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

72 de 100 dias



72. Nesta segunda-feira pela manhã, enquanto ouvia no programa "Cubanias", nº 155, a excelente entrevista de Lina Noronha ao "youtuber" cubano Gilo Fezzo (ver programa aqui), soube da conquista de mais uma medalha de nossa atleta Rebeca Andrade, agora de ouro. Que legal ver nossas brasileiras e brasileiros estarem competindo porque tiveram oportunidade para isso!

ESPORTE TAMBÉM É POLÍTICA 

Na edição desta semana da revista CartaCapital (n° 1322), há um excelente artigo do senador Jaques Wagner (p. 29) nos informando sobre os números e resultados dos 20 anos de criação do programa Bolsa Atleta pelo presidente Lula (criado em 2004). 

Além do Bolsa Atleta, o senador informa sobre os outros programas e montantes de recursos públicos que beneficiaram (98%) ou beneficiam ainda (87,3%) a quase totalidade dos atletas da delegação brasileira (276) nas Olimpíadas de Paris, França. 

O Brasil ganhou mais medalhas nesses 20 anos de patrocínio do governo federal aos atletas olímpicos (84) e paraolímpicos (267), em 5 edições com Bolsa Atleta, do que em 80 anos sem apoio governamental aos atletas. Foram 66 medalhas em 15 edições antes de Lula (PT). Isso significa IGUALDADE DE OPORTUNIDADES! Por isso temos visto tantas pretas e pretos e pessoas periféricas levantando medalhas. Nossa delegação tem 153 mulheres em 276 atletas (55%). 

ATLETISMO CUBANO É VÍTIMA DO BLOQUEIO IMPERIALISTA

Por outro lado, achei muito importante a explicação de Gilo Fezzo sobre os motivos pelos quais Cuba não é hoje uma potência mundial nas Olimpíadas como era décadas atrás. Após mais de 6 décadas de bloqueio dos EUA com o objetivo de causar miséria ao povo cubano por ter escolhido o socialismo como modelo econômico, político e social, o país precisa focar seus recursos disponíveis nas questões mais vitais como rede e insumos hospitalares, alimentação, educação, moradia etc. Esporte de competição exigiria um investimento em recursos que o país não dispõe no momento. 

Por isso sempre acusamos aqui o crime de lesa-humanidade do imperialismo com esses embargos e bloqueios a outros povos e países do mundo. Cuba e Venezuela sofrem no momento um embargo criminoso e injustificável por parte dos Estados Unidos da América que inviabiliza a normalidade econômica, política e social desses países. Isso em nome de uma suposta "democracia" em um país cujo sistema político é uma PLUTOCRACIA, os ricos e suas empresas estão no poder, não o povo.

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CAPITALISMO OU SOCIALISMO?

É isso! Reflitam sobre essas questões que apontei aqui. 

Onde está a democracia (povo no poder) arrotada pelos Estados Unidos? 

Que sistema causa miséria generalizada em mais de 90% da população (beneficiando o 1%) e qual modelo traz mais justiça social e igualdade de oportunidades? O modelo do cada um por si ou o modelo da solidariedade?

William Mendes 


domingo, 4 de agosto de 2024

71 de 100 dias



71. Enquanto fechava os olhos, pela manhã, para apreciar o vento que acariciava meu corpo no banco do condomínio, pensei na temática do filme "Blade Runner" (1982): o tempo, a busca por mais tempo de vida. 

De forma natural, me veio à lembrança o genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza. Nas últimas horas, dezenas de pessoas foram mortas em uma escola e em um campo de refugiados pelas bombas dos soldados israelenses. 

É impossível não se sentir constrangido por estar sentado ao sol, em paz na brisa, sem risco de morte aparente, sabendo que os soldados sionistas e o governo de Netanyahu estão matando pessoas como nós, seres humanos, por causa de um projeto político de colonização de um espaço de chão no planeta Terra. E com apoio e armas dos Estados Unidos, que por sinal querem a qualquer custo o petróleo de nossos vizinhos venezuelanos.

Como é possível no século atual interligado por som e imagem ter-se normalizado o assassinato diário de civis, de mulheres, crianças e não-combatentes pelo Estado de Israel? Os sionistas assassinam diplomatas e lideranças civis como se isso fosse algo normal e aceitável. 

IDEOLOGIA DA CLASSE DOMINANTE - E a imprensa tradicional e comercial, dos donos do capital (donos das big techs, por sinal), atua com obediência canina para tirar do foco o genocídio de um povo (invisibilização de pauta) e colocar outras pautas na agenda cotidiana. Isso se chama manipulação das massas, de seus leitores e espectadores: se trata de ideologia, imposição de ideias de um grupo como se fossem as ideias de interesse de outros grupos. É uma prática tão vil e nojenta quanto o próprio genocídio que a imprensa esconde e normaliza.

Aí volto ao tema do tempo, da busca por mais tempo de vida... eu mesmo, enquanto me esforçava para diminuir o tempo do percurso que corri, pensava no efeito prolongador da vida em meu corpo animal que a corrida pode me proporcionar, melhorando meus níveis de colesterol, minha estrutura do sistema circulatório e a capacidade do coração e pulmões. 

No filme de Ridley Scott, o replicante Roy Batty (Rutger Hauer) procura seu criador para pedir mais tempo de vida para ele e sua amada, Pris (Daryl Hannah), pois os robôs nexus-6 vivem por 4 anos e nem um segundo a mais.

Fico pensando nessa questão do tempo, de mais tempo de vida. Penso nos meus irmãos palestinos neste exato instante, sem água, comida, sem um chão pra viver em paz. Penso nos ensinamentos de José Martí, que nos legou que "Patria es humanidad" e reflito sobre essa questão do tempo de vida: 

De alguma forma, devemos contribuir para mudar o mundo, tornar o mundo um lugar melhor para todas as pessoas e formas de vida. Minha vida não pode ser só focada no meu prazer pessoal. Temos que contribuir para mudar o mundo. 

Por isso estudo e escrevo. Para compartilhar minhas ideias, para defender um mundo sem exploração dos humanos por outros humanos, para defender uma vida mais sustentável no planeta Terra, para alertar que não é possível "humanizar" o capitalismo. Para salvar a vida e o mundo, temos que derrotar os capitalistas e suas ideologias. 

William Mendes 


sábado, 3 de agosto de 2024

70 de 100 dias



70. Superação... superar a preguiça de praticar atividades físicas... superar as dores de um corpo que já não acompanha os mandos da razão... superar o pessimismo da razão!

Eu vou encarar a estrada na semana que vem. Não seria nada de excepcional se fossem outros tempos. Natureza. Agora andar 80 Km se tornou algo temerário pra quem isso era coisa comum. Natureza!

Dez semanas depois que demarquei uma centena de dias para viver diariamente buscando sentidos e mudanças, fiz alguns exames médicos, vi como meu corpo de mamífero está, fiz algumas atividades de aquisição de conhecimentos, abracei algumas pessoas queridas... e nada mais.


Pensei algumas coisas sobre a sequência do viver. Mas não defini nada. 

Tentar manter meu sistema locomotor funcionando é uma prioridade. Não sei como agiria sem mobilidade...

É isso, por enquanto. 

William 


sábado, 27 de julho de 2024

63 de 100 dias



63. Sábado. Hoje vou caminhar alguns quilômetros e ler meu corpo e minha energia. Preciso avaliar se tenho condições de fazer a romaria de 80 Km daqui a alguns dias. 

11h06

Escolhi o tênis do ano passado. Já está velho, mas vamos ver se dá certo. Tirei e coloquei ele duas vezes até sentir a pisada confortável. 

Vamos lá. Meu quadril não parou mais de doer. Por isso meu receio. Vamos caminhar enquanto posso.

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6K (1h17')

Primeira caminhada do dia. Calor de 27° e baixa umidade do ar (32%). Ruim pra saúde e condição parecida à da estrada.

Parei pra um café em casa e vamos pro segundo trecho. Vou andar mais de dez quilômetros agora. 

13h32

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Meus pés e pernas. 
Essenciais para um caminhante.

16K (3h30')

Ufa! Fiz uma boa caminhada nesta tarde de sábado. Estou bem. O tênis deu certo e não tive bolhas nos pés.

Estou fazendo uma refeição em casa e vou sair para andar mais uns dez quilômetros. 

Ponte de Osasco.

Fiz um roteiro saudosista. Fui rever o passado. 

Andei pelo Parque dos Príncipes, Vila São Francisco, Vila Dalva, Jardim Adalgisa e Rio Pequeno.

Aqui terminei o Ensino Médio. 

Passei no Colégio onde fiz o 3° ano, o Daniel V. Pontes.

Morei nesta casa à esquerda
até os 10 anos.

Depois fui à rua onde nasci, Sérgio Ruiz de Albuquerque. Passei na padaria Cinco Quinas.

A escola da minha infância. 

Por fim, fui ao colégio onde ne alfabetizei, o Adolfino de Arruda Castanho. 

Por sorte, encontrei meu tio em casa e conversamos por uma hora. O tio está se recuperando de problemas de saúde. Fiquei feliz em vê-lo bem.

Voltando pra casa.

Voltei para Osasco após andar os 16K. 

Hora de sair de novo e sentir um pouco mais minha energia.

19h45

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9,5K (2h05')

Finalizei a caminhada de hoje. Foram 31,5 Km e correu tudo bem.

Meus pés estão ótimos, sem bolhas.

Meu corpo resistiu bem. A dúvida é se eu iria mais 50 Km noite adentro, como ocorre na romaria. 

O ideal seria andar 50K na semana que vem. Mas tudo é mais difícil na cidade. Tem os perigos da violência urbana etc.

Enfim, missão cumprida hoje.

William (um caminhante com receio de perder a mobilidade)


terça-feira, 23 de julho de 2024

59 de 100 dias



59. Enquanto caminhava rumo ao supermercado senti um cansaço estranho. Dormi bem, não foi noite mal dormida. Hoje meu quadril me lembrou o tempo todo que ele existe. Mal isso. Saúde é não lembrar que o corpo existe.

Foi um dia triste logo do início. Ao acordar, soube do falecimento de uma companheira do movimento sindical, a Dani, uma jovem mulher de 49 anos. A vida é um instante, um instante. Triste demais ver partir uma pessoa do nosso lado, uma lutadora da classe trabalhadora. Foi um dia triste.

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DEVO CAMINHAR?

Faltam duas semanas para fazer ou não fazer a romaria de Uberlândia a Água Suja. Durante muito tempo em minha vida, eu prometia a mim mesmo não fazer mais a caminhada sempre que estava sofrendo na estrada. Depois que alcançava o objetivo de chegar à igreja, de me sentir capaz de ainda fazer aquele esforço sobre-humano, não descartava voltar no ano seguinte. Aí, faltando alguns meses, começava a comichão de vontade de pôr os pés na estrada e saber se ainda era capaz de tal coisa.

Em 2018 vieram as dores no quadril. Um exame apontou que havia desgastes na estrutura. Toquei a vida. Fiz a romaria em 2019 e correu tudo bem. O mundo parou a partir de 2020 com uma pandemia mundial que mudou tudo por um tempo.

Ano passado, deu a comichão uns meses antes de agosto. Fazer ou não fazer a romaria? Será que eu daria conta de andar 80 quilômetros ainda? Fiz umas caminhadas preparatórias antes, em julho. Acertei um tênis. Entendi que conseguiria pôr os pés na estrada. Fiz a caminhada que não fazia desde 2019. Deu tudo certo. Foi incrível! Incrível por diversos motivos. Muitos deles indescritíveis. Fiz os 80 Km.


Um homem na estrada...

Hoje me pergunto: faço ou não faço? Tento ou não tento andar por um dia os 80 Km que separam Uberlândia de Água Suja? Esses são os dias nos quais a comichão borbulha o sangue dentro da gente... por que fazer isso? Não tem explicação. É muito sofrimento andar aquilo. 

Mas o não fazer por achar que nem isso eu posso mais fazer é um troço fodido demais... eu já tive que aceitar tanta coisa nos últimos anos, tomar aquela merda de comprimido diário por ter pressão alta... depois descobrir que meu quadril já não me permitiria correr uma maratona... que merda de vida é essa que a gente sonha a vida toda correr uma maratona e quando para de trabalhar jornadas de dez a quinze horas de trabalho não pode mais fazer uma coisa simples como correr... caralho!

Enfim, hoje foi um dia triste para mim. O que farei nesses próximos dias e semanas? Terei caminhado pelas estradas da vida? 

William


domingo, 14 de julho de 2024

50 de 100 dias



50. Uma coisa ou outra, a gente tem que fazer escolhas sobre o que fazer ou não fazer no parco tempo de uma volta do planeta sobre si mesmo, e isso porque sou um membro da classe trabalhadora que não vende mais seu corpo e suas horas de trabalho. Fiz isso dos doze aos cinquenta anos, mais ou menos. 

A passagem do tempo deve ter acelerado neste momento da história do planeta onde vivemos, a Terra... brincadeira! O dia segue o mesmo, rotação e translação idem, formalmente ainda são necessários 365 dias e 6 horas para nosso planeta completar uma volta ao redor do nosso sol. 

Mas que o tempo psicológico da gente mudou, isso mudou. O tempo voa. O dia voa. E quando acordamos, já foi a metade do dia, quando vemos, o sol já ficou para trás. E sem que tenhamos concluído alguma coisa, acabou o dia. Putz, eu imagino se ainda estivesse trabalhando o dia inteiro e estudando à noite como fiz décadas de vida. Seria foda!

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Já se passou a metade do meu curto viver de 100 dias. Lá no início, falei que queria ser "acabativo" em relação às coisas que começo a fazer e não termino, principalmente em relação a estudos, leituras e cultura. Ainda não me tornei mais "acabativo". Bom, vi uma coleção de 12 DVDs de história que nunca tinha visto. Como disse no primeiro parágrafo, para fazer isso, deixei de fazer outras coisas. No entanto, em relação a terminar leituras iniciadas, estou devendo a mim mesmo.

Em relação à saúde, preciso fortalecer minha estrutura de locomoção, com um pouco de musculação. Não comecei a fazer isso. Tenho que fazer.

Quero estar mais próximo a pessoas que gosto. Procurei fazer isso. Minha família em Minas Gerais é um exemplo, tenho que ir mais vezes lá. E aqui em São Paulo, idem. Ver mais vezes pessoas que estimo.

Enfim, seguir buscando sentidos e mudanças. 

William


sábado, 13 de julho de 2024

49 de 100 dias



49. Me aproximo da metade do período de existência de curto prazo que imaginei buscar sentidos e mudanças lá no dia 26 de maio (ler aqui). De lá para cá, pouca coisa fiz como imaginei acontecer.

Fiz exames do quadril e fiz exames de próstata para saber a natureza das dores na região e os possíveis cenários futuros. Comecei a mexer nas minhas coisas velhas para ver se organizo um pouco aquela zona pré-histórica na forma de amontoados em casa.

Não avancei muito em relação à busca de sentidos. Nem em relação às mudanças. Mas não desisti da ideia.

Sigamos procurando sentidos e mudanças.

William

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Professoras Ione e Roseli.
A profissão mais nobre do mundo!

Post Scriptum: Ontem à noite, estivemos num ambiente de árabes e palestinos aqui em São Paulo, para dar um abraço em uma amiga professora, Roseli, que completou 60 anos de idade. Ela sempre foi uma referência para nós, militante do Partido dos Trabalhadores desde quando eu era um adolescente despolitizado. Parabéns, companheira Rô! (hoje, os sionistas do governo de Israel mataram mais de 90 palestinos na Faixa de Gaza. Expresso minha solidariedade à causa dos palestinos)


domingo, 7 de julho de 2024

43 de 100 dias



43. Uma das questões relativas ao meu período de 100 dias de existência é se vou ou não vou fazer a caminhada de 80 Km entre Uberlândia e Água Suja em agosto deste ano. Já fiz alguns exames para saber a quantas andam minhas estruturas de locomoção: estão meio fodidas. 

Já sei que as dores não deixarão de existir em minha vida. Foram confirmados os desgastes que tenho em cartilagens, ossos do quadril e fêmur. Se for possível, seria bom melhorar a estrutura muscular da região. Porém, na minha idade é possível ganhar ou recuperar massa muscular? Sem usar hormônios? Sei que entupir-se de proteína tem efeitos colaterais horríveis, não faria isso. Seria idiotice. Entretanto, vou tentar melhorar um pouco minha massa muscular.

Para avaliar se vou ou não fazer a caminhada, farei como no ano passado. Farei umas caminhadas longas progressivamente para testar a estrutura de locomoção, a minha energia interna e o tênis adequado para preservar meus pés. Experiência de romeiro eu tenho, felizmente.

Hoje, fiz o primeiro teste de caminhada, para avaliar um tênis e para sentir minha energia. Andei 10 Km em 130'. O tênis foi reprovado. O que usei amassa os calcanhares, só esse pouco que andei, deu bolha nos dois pés. Sem chance. Tenho que testar outro. A energia foi tudo bem. As dores também foram normais. (doido isso, né? "dores normais...")

Vamos andar uns 20 Km nos próximos dias e ver como as coisas se desenvolvem.

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Não trabalhei nos meus materiais de cultura. Quer dizer, vi mais um documentário da Coleção História Viva. Foram quase duas horas sobre a 2ª Guerra Mundial. Imagens necessárias a todas as pessoas do mundo atual. Pena que pouca gente se interesse por história. Fiz postagem sobre o material: ver aqui.

Domingo chegando ao fim. Vou brindar com uma dose de cachaça ou rum a vitória do povo francês que se uniu para derrotar os extremistas xenófobos e fascistas na França. Grande vitória do povo que não compactua com a extrema-direita. Viva a democracia francesa!

William


quinta-feira, 4 de julho de 2024

40 de 100 dias


Documentário sobre a Revolução russa.

40. Hoje trabalhei bastante no blog. Escrevi alguns textos culturais após ler Victor Hugo e ver documentários sobre história. 

Em relação ao trabalho de organização de meus materiais de história e cultura, meu centro de documentação (cedoc), peguei agora para ver a coleção História Viva "Grande Dias do Século XX". Os documentários são extraordinários, com imagens de época que pouco se vê por aí.

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CONSIGO FAZER ROMARIA DE 80 KM?

Agora à noite, enquanto conversava com minha irmã, dando notícias a ela sobre minha condição de desgastes na região do quadril, ela me lembrou de algo importante sobre minha intenção de fazer romaria em agosto: será que eu consigo fazer o percurso ainda?

Boa questão a se avaliar. Ano passado, tive os mesmos receios e dúvidas sobre fazer ou não fazer a romaria de Uberlândia a Água Suja.

Ou seja, dentro das questões de coisas a fazer e sentidos a se encontrar nesses 100 dias de vida, uma a racionalizar é se farei a romaria, e se for fazer, terei que proceder como no ano passado. Terei que fazer umas longas caminhadas neste mês de julho, de uns 15 Km, de uns 25 Km e talvez uma até de uns 40 Km.

Tenho que refletir e me organizar.

William


quarta-feira, 3 de julho de 2024

39 de 100 dias



39. Uma das coisas que tenho observado ao ler os materiais de línguas estrangeiras, o de inglês, por exemplo, é o quanto o conteúdo é ideologizado, é o puro suco capitalista, imperialista e colonial. 

É um conteúdo de brancos do norte para adestrar não brancos das periferias do capitalismo. Incrível e nojento isso!

As histórias são binárias, há sempre mocinhos e bandidos. Os mocinhos têm autorização para matar (do tipo James Bond).

Os materiais vendem a ideia de um mundo perfeito, lindo, limpo, fraterno entre as pessoas de posses e bem-comportadas socialmente. 

Os "desajustados", os miseráveis, se não estão presos, estão em vias de serem presos. 

Que dureza isso!

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A PROCURA DA FELICIDADE (NÃO SENTIR DOR)

Dando seguimento à procura de diagnósticos para minhas dores crônicas, retornei ao especialista de quadril e o ortopedista me explicou os desgastes todos que tenho na região... tenho que conviver com isso... (um dia, talvez, terei que operar)

É fundamental tentar recuperar um pouco a estrutura muscular da região... algo que sei que é bem difícil. Ainda mais depois dos 55 anos...

Enfim, é a vida! Somos natureza. Como já sei, cada ser envelhece do seu jeito, de acordo com seu percurso existencial e a genética que carrega dentro de si.

O fato concreto é que as dores estão aumentando. Que treco chato!

Seguimos fazendo o que está ao meu alcance para estar no mundo com as pessoas. E para tentar aprender algo novo e passar adiante. 

William 


sábado, 29 de junho de 2024

35 de 100 dias



35. Trabalhando na organização de meus guardados velhos, encontrei minha medalha de participação na 83ª São Silvestre, ocorrida em 31/12/2007. Foi minha primeira participação na mais tradicional corrida de rua do país. 

Ano passado, após três anos sem participar da prova, inclusive por causa da pandemia mundial, tive a felicidade de correr e completar a 98ª São Silvestre. Foi outro momento incrível de realização pessoal. Até a semana do Natal, não tinha certeza se completaria o percurso de 15 Km. Clique aqui para ver essa história.


Entre a primeira São Silvestre e a mais recente, tenho um percurso intenso de superações pessoais nessa caminhada esportiva de 2007 até a chegada no MASP após a subidona da Brigadeiro em 31/12/2023.

Agora é a expectativa para este ano: será que farei uma boa participação?

William