Refeição Cultural
O VAZIO QUE FICA DA FALTA-DE
"Aí, ái, ôi, espécie de dor em meus cantos, o senhor sabe. Agora eu pateteava..." (p. 244)
"Vou reduzir o contar: o vão que os outros dias para mim foram, enquanto. Desde que da rede levantei, com aquele peso anoitecido, amanhecido nos olhos. Tempo de minha vazante. A ver como veja: tem sofrimento legal padecido, e mordido e remordido sofrimento; assim do mesmo que ter roubo sucedido e roubo roubado. Me entende? (p. 245)
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QUERER UMA OPINIÃO SÁBIA
"Conto ao senhor é o que eu sei e o senhor não sabe; mas principal quero contar é o que eu não sei se sei, e que pode ser que o senhor saiba. Agora, o senhor exigindo querendo, está aqui que eu sirvo forte narração - dou o tampante, e o que for - de trinta combates." (p. 245)
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MANÉRA NO SANGUE!
Riobaldo diz ao visitante que, se ele quiser, pode contar dezenas de batalhas da jagunçagem porque ele tem lembrança de todas. Aí, ele cita vários tipos de batalhas e termina falando que tem até aquelas de armas brancas, na faca. Mas consulta o visitante e concorda com ele que é melhor pular essa parte toda sanguinária.
"Isso é isto. Sobejidão. O senhor mais queria saber? Não. Eu sabia que não. Menos mortandades. Aprecio uns assim feito o senhor - homem sagaz solerte." (p. 246)
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TER RAIVA DE ALGUÉM É DEIXAR ELA MANDAR NAS SUAS IDEIAS
Riobaldo se lembra de uma sabedoria que Zé Bebelo uma vez explicou pra ele:
"Que era: que a gente carece de fingir às vezes que raiva tem, mas raiva mesma nunca se deve de tolerar de ter. Porque, quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a ideia e o sentir da gente; o que isso era falta de soberania, e farta bobice, e fato é. Zé Bebelo falava sempre com a máquina de acerto - inteligência só. Entendi. Cumpri." (p. 253)
William
"Aí, ái, ôi, espécie de dor em meus cantos, o senhor sabe. Agora eu pateteava..." (p. 244)
"Vou reduzir o contar: o vão que os outros dias para mim foram, enquanto. Desde que da rede levantei, com aquele peso anoitecido, amanhecido nos olhos. Tempo de minha vazante. A ver como veja: tem sofrimento legal padecido, e mordido e remordido sofrimento; assim do mesmo que ter roubo sucedido e roubo roubado. Me entende? (p. 245)
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QUERER UMA OPINIÃO SÁBIA
"Conto ao senhor é o que eu sei e o senhor não sabe; mas principal quero contar é o que eu não sei se sei, e que pode ser que o senhor saiba. Agora, o senhor exigindo querendo, está aqui que eu sirvo forte narração - dou o tampante, e o que for - de trinta combates." (p. 245)
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MANÉRA NO SANGUE!
Riobaldo diz ao visitante que, se ele quiser, pode contar dezenas de batalhas da jagunçagem porque ele tem lembrança de todas. Aí, ele cita vários tipos de batalhas e termina falando que tem até aquelas de armas brancas, na faca. Mas consulta o visitante e concorda com ele que é melhor pular essa parte toda sanguinária.
"Isso é isto. Sobejidão. O senhor mais queria saber? Não. Eu sabia que não. Menos mortandades. Aprecio uns assim feito o senhor - homem sagaz solerte." (p. 246)
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TER RAIVA DE ALGUÉM É DEIXAR ELA MANDAR NAS SUAS IDEIAS
Riobaldo se lembra de uma sabedoria que Zé Bebelo uma vez explicou pra ele:
"Que era: que a gente carece de fingir às vezes que raiva tem, mas raiva mesma nunca se deve de tolerar de ter. Porque, quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a ideia e o sentir da gente; o que isso era falta de soberania, e farta bobice, e fato é. Zé Bebelo falava sempre com a máquina de acerto - inteligência só. Entendi. Cumpri." (p. 253)
William
Bibliografia:
ROSA. João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. Editora Nova Fronteira. 19ª edição.
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