Refeição Cultural
Acabei a leitura há pouco do livro de José Saramago, Ensaio sobre a lucidez, publicado em 2004. Estou passado até agora pelo final da história.
Ontem, fiquei também muito perplexo pelas verdades que nos são lembradas no filme The Corporation, vencedor do Sundance Film Festival em 2004, filme dirigido por Mark Achbar, Jennifer Abbott e Joel Bakan. Saí para dar uma caminhada à noite para aliviar as ideias.
Ontem, fiquei também muito perplexo pelas verdades que nos são lembradas no filme The Corporation, vencedor do Sundance Film Festival em 2004, filme dirigido por Mark Achbar, Jennifer Abbott e Joel Bakan. Saí para dar uma caminhada à noite para aliviar as ideias.
Estou um pouco cansado neste fim de semana. Acabei não correndo e estou meio-que igual ao clima: nublado e cinza.
Do filme, gostei de uma verdade: é preciso impor uma filosofia de futilidade ao consumidor. Não é que as corporações mundiais conseguiram isso!
Estamos vivendo hoje o dia nobre do regime democrático: as eleições. Eu espero que os candidatos e partidos de esquerda e com programas a favor do povo e do bem público sejam os grandes vencedores.
Algo que não consigo deixar de pensar: será que serei alguma coisa diferente de bancário e sindicalista no amanhã?
Estou bem desanimado para acreditar que ainda serei professor universitário e um conhecedor de literatura, porque comecei muito tarde e não tenho muito tempo hábil para correr atrás do prejuízo.
Sei não. Acho que não serei mais nada além disso que está aí.
--------------
Post Scriptum (26/2/20):
Poxa, que dizer doze anos depois? Os pressentimentos que tinha se realizaram, a respeito da não realização dos meus desejos de mudanças na vida pessoal e intelectual. Não fui nada! Não fui professor. Não fui nada mais que um sindicalista, um bancário. Segui dirigente até o último momento de minha vida nos quadros da ativa do Banco do Brasil. Meu último papel como representante dos bancários foi um mandato eletivo de diretor de saúde na Caixa de Assistência dos Funcionários do BB, a Cassi. Mesmo assim, isso não quer dizer que eu não era um bancário e um sindicalista. E assim terminei minha vida de trabalhador.
A respeito do título da postagem, que fala de lucidez e de corporações, que poderia dizer do contexto em que escrevo, o mais trágico da história do Brasil. As corporações norte-americanas e seus governos, aquelas que o filme aborda, organizaram um golpe de Estado no Brasil (2016) e após a destruição da frágil democracia brasileira chegou ao poder um demente escroto e sua família, gente do submundo do crime organizado. O país está destruído e neste momento caminhamos para um golpe dentro do golpe, com risco de recrudescimento do novo regime e mais quebra das garantias constitucionais mínimas...
Do filme, gostei de uma verdade: é preciso impor uma filosofia de futilidade ao consumidor. Não é que as corporações mundiais conseguiram isso!
Estamos vivendo hoje o dia nobre do regime democrático: as eleições. Eu espero que os candidatos e partidos de esquerda e com programas a favor do povo e do bem público sejam os grandes vencedores.
Algo que não consigo deixar de pensar: será que serei alguma coisa diferente de bancário e sindicalista no amanhã?
Estou bem desanimado para acreditar que ainda serei professor universitário e um conhecedor de literatura, porque comecei muito tarde e não tenho muito tempo hábil para correr atrás do prejuízo.
Sei não. Acho que não serei mais nada além disso que está aí.
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Post Scriptum (26/2/20):
Poxa, que dizer doze anos depois? Os pressentimentos que tinha se realizaram, a respeito da não realização dos meus desejos de mudanças na vida pessoal e intelectual. Não fui nada! Não fui professor. Não fui nada mais que um sindicalista, um bancário. Segui dirigente até o último momento de minha vida nos quadros da ativa do Banco do Brasil. Meu último papel como representante dos bancários foi um mandato eletivo de diretor de saúde na Caixa de Assistência dos Funcionários do BB, a Cassi. Mesmo assim, isso não quer dizer que eu não era um bancário e um sindicalista. E assim terminei minha vida de trabalhador.
A respeito do título da postagem, que fala de lucidez e de corporações, que poderia dizer do contexto em que escrevo, o mais trágico da história do Brasil. As corporações norte-americanas e seus governos, aquelas que o filme aborda, organizaram um golpe de Estado no Brasil (2016) e após a destruição da frágil democracia brasileira chegou ao poder um demente escroto e sua família, gente do submundo do crime organizado. O país está destruído e neste momento caminhamos para um golpe dentro do golpe, com risco de recrudescimento do novo regime e mais quebra das garantias constitucionais mínimas...
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