domingo, 12 de novembro de 2017

Para onde caminha a humanidade?



(texto atualizado às 9h de 13/11/17)


Alvorecer de mais um dia. Não necessariamente novo...

Refeição Cultural

Às vezes perco até o ânimo para registrar minhas reflexões e opiniões a respeito da sociedade humana.

Me lembro então de pessoas como Edward Said (ler AQUI), Victor Klemperer (ver AQUI), Gramsci (ler AQUI) e tantas outras que em seus tempos de vida tinham a clara consciência de que era necessário escrever, questionar, denunciar e se posicionar em relação ao que ocorria no mundo.

Para onde estamos caminhando? Talvez para a catástrofe final da existência humana.

Ao longo dos últimos milhares de anos, produzimos guerras avassaladoras de humanos contra humanos. Guerras de humanos contra outras formas de vida que coabitavam o mesmo espaço a ser conquistado pelo grupo humano que chegava. A diferença ao longo dos séculos foi a capacidade tecnológica cada vez maior para a matança e extermínio do outro.

Chegamos nesta quadra da história a uma condição humana que me desespera: eu não vejo neste momento muita perspectiva de resgatar o humano das máquinas que passaram a dominar esse mesmo ser humano. A mente humana, a psique humana, a consciência humana, os valores humanos, desenvolvidos em milhares de anos, estão sendo subutilizados a um limite perigoso.

Quantas pessoas no mundo passam boa parte de seus dias em função de zilhões de produções de imagens e vídeos em retransmissões em suas bolhas - as redes sociais em que estão - observando cenas de animais domésticos, fotos e textos com assuntos irrelevantes perto dos grandes problemas do mundo humano?

Quantas pessoas estão dedicando parte de seus dias em função da busca de soluções para os grandes problemas coletivos da sociedade humana? Um número ínfimo de pessoas.

Não sei se a sociedade humana já esteve mais ameaçada do que nesses tempos que vivemos. Mesmo comparando os riscos de extermínio humano como vimos nas matanças das grandes guerras mundiais, levadas adiante por questões econômicas e políticas de uns poucos homens de poder e suas corporações ao conseguirem levar multidões ao ódio e extermínio do outro.

Vivemos no Brasil e em outros países do mundo o clima construído por líderes políticos e elites poderosas que levaram e estão levando seus povos à guerra, à morte e às destruições sociais.

Os golpistas e seus veículos de comunicação sabem do amortecimento no qual colocaram as massas humanas brasileiras, entretidas em seus aparelhos celulares dentro de suas bolhas vendo os milhões de vídeos compartilhados de gatinhos cachorros tombos gozações xingos bundas e peitos e cantos e mensagens e correntes e fotos e violências que levam ao medo etc.

Neste momento e no amanhã todos os milhões de seres humanos estarão fazendo o mesmo diuturnamente e cotidianamente.

Enquanto isso, a reação das massas vitimas de todas as reformas e sacanagens feitas pelos golpistas segue pífia. Reação esforçada, mas sem capacidade de reversão do quadro avassalador. 


Que tempos são esses? A moda é a injustiça, a iniquidade, a intolerância, a ignorância. O não é comigo

Não choca nem causa espanto, não coloca milhões de pessoas nas ruas, o fim dos direitos do trabalho, a imprensa golpista pedir a morte do maior líder popular que o país já teve (revista Istoé, nesta semana, e revista Veja, em 2016, em relação ao Presidente Lula). 

A imparcialidade da justiça não incomoda e até gera juízes popstar. Nada leva milhões à rua. A não ser que um grande manipulador de massas como a golpista Rede Globo, dos Marinho, esteja nas convocações.

Mas lembrem-se que o que os donos do poder estão fazendo no Brasil e com o Brasil e os brasileiros estão fazendo com todos nós e com o futuro de nossos filhos. Após doação da Floresta Amazônica, do petróleo brasileiro, do solo brasileiro, o Brasil não voltará a ser o mesmo.

Amanhã é mais um dia... quantos estaremos resistindo à destruição de nosso mundo? Eu só vejo sentido na minha existência social se ela não for pensada só para mim. 

Vou acordar e seguir fazendo a luta por um mundo melhor e contra esse mundo que me impuseram. Desistir não é uma opção.

William


Post Scriptum:

Acordei às 6h da manhã neste domingo e saí para uns instantes não-virtuais. Fui participar de uma corrida na AABB SP e tive a oportunidade de ver e conversar com amigos e conhecidos a respeito de várias coisas. Foi bom.
11º Circuito de Corrida e Caminhada da AABB SP.
Mais uma vez, a entidade está de parabéns pelo evento.
A corrida de 7,5k e a caminhada de 5k foram prazerosas.
A equipe da Central Cassi esteve presente no evento da AABB SP.
Foi muito legal! Agradeço o convite para saborear o excelente
churrasco feito pelo pessoal ao final da corrida.
 

Post Scriptum 2:

Recebi posteriormente a foto com o pessoal da AABB SP. A gestão da entidade tem feito muitos progressos na associação em prol da comunidade que utiliza as dependências do clube.

Pessoal da AABB SP.

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