O autor é Izaías Almada.
Poeminha pós moderno
Vou-me embora pra Miami
Lá sou amigo da grei
Lá tenho as dicas que eu quero
Dos golpes que aplicarei
Vou-me embora pra Miami
Aqui não sou nada feliz
Lá sou amigo da grei
Lá tenho as dicas que eu quero
Dos golpes que aplicarei
Vou-me embora pra Miami
Aqui não sou nada feliz
Lá é que é tudo loucura
Tem gente de tudo que é lado
De Caracas são muitos esquálidos
De Cuba vão muitos gusanos.
De Buenos Aires, São Paulo, La Paz
Tem malandro contumaz
Todos se julgam de elite
Com inveja da gringolandia
Se amarram num badulaque
Que aqui é o ‘must’ IMPORTADO
Lá não sou branco, nem negro
No passaporte sou ‘outros’
Me olham meio de lado…
Não faz mal, tudo é pecado.
E quando estiver estressado
Dou um pulinho em Orlando
Chamo o Pateta e a Minnie.
Pra que me contem histórias
Do tempo em que eu era menino
E não sabia da vida
Vou-me embora pra Miami
Lá eu encontro de tudo
É outra civilização
Tem celular e i-pad
De última geração
Tem arma, rifle automático
Tem cocaína à vontade
De preço bom e barato
Protegida pela CIA
E por um grande aparato…
Tem garota de programa
Para gente namoricar
E quando estiver com saudade
Triste de dar dor no peito
E no barzinho eu quiser
Falar mal do meu país
Falo e me sinto feliz…
Pois lá sou amigo do Bush
Do Aznar e do Berlusconi
Essa gente à La Corleoni
Com quem no passado aprendi…
Vou-me embora pra Miami
Lá sou amigo da grei
Tenho e dou assessoria.
Pra quem? Jamais contarei.
Izaías Almada é escritor, dramaturgo, autor – entre outros – do livro “Teatro de Arena: uma estética de resistência” (Boitempo) e “Venezuela povo e Forças Armadas” (Caros Amigos).
Fonte: http://www.rodrigovianna.com.br/colunas/reflexoes
Tem gente de tudo que é lado
De Caracas são muitos esquálidos
De Cuba vão muitos gusanos.
De Buenos Aires, São Paulo, La Paz
Tem malandro contumaz
Todos se julgam de elite
Com inveja da gringolandia
Se amarram num badulaque
Que aqui é o ‘must’ IMPORTADO
Lá não sou branco, nem negro
No passaporte sou ‘outros’
Me olham meio de lado…
Não faz mal, tudo é pecado.
E quando estiver estressado
Dou um pulinho em Orlando
Chamo o Pateta e a Minnie.
Pra que me contem histórias
Do tempo em que eu era menino
E não sabia da vida
Vou-me embora pra Miami
Lá eu encontro de tudo
É outra civilização
Tem celular e i-pad
De última geração
Tem arma, rifle automático
Tem cocaína à vontade
De preço bom e barato
Protegida pela CIA
E por um grande aparato…
Tem garota de programa
Para gente namoricar
E quando estiver com saudade
Triste de dar dor no peito
E no barzinho eu quiser
Falar mal do meu país
Falo e me sinto feliz…
Pois lá sou amigo do Bush
Do Aznar e do Berlusconi
Essa gente à La Corleoni
Com quem no passado aprendi…
Vou-me embora pra Miami
Lá sou amigo da grei
Tenho e dou assessoria.
Pra quem? Jamais contarei.
Izaías Almada é escritor, dramaturgo, autor – entre outros – do livro “Teatro de Arena: uma estética de resistência” (Boitempo) e “Venezuela povo e Forças Armadas” (Caros Amigos).
Fonte: http://www.rodrigovianna.com.br/colunas/reflexoes
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