segunda-feira, 2 de maio de 2016

Diário - 020516



Golpistas querem levar o Brasil e as
condições de vida dos trabalhadores
a um mundo que vi e vivi e que
não quero de volta para o povo.

Não serei complacente com golpistas e oportunistas


Segunda-feira, início do mês de maio. 

Brasília, Capital Federal da República do Brasil, país com mais de duzentos milhões de pessoas, país que vive um Golpe de Estado liderado por um sindicato de corruptos que tomou de assalto, com apoio dos donos dos meios de comunicação (P.I.G.), não a totalidade mas a maior parte do Congresso Nacional e setores dos órgãos da Justiça, duas das instituições formais da República.

Neste domingo, enquanto fazia uma corrida de 9k no Eixão de Brasília, refletia sobre muita coisa, sobre como devo me comportar em relação aos tempos duros que virão de ataques aos direitos dos trabalhadores, inclusive aqueles que represento. Refleti como devo me comportar com os setores do próprio movimento social, principalmente o da "esquerda" que apoia o golpe, que somaram forças com os golpistas, que se aliaram a coisas como Força Sindical ou a discursos odientos do tipo "fora sindicalistas" ou "fora todos", enganando e manipulando os trabalhadores que representamos, usando da mesma tática da direita fascista, o ódio e a intolerância contra o que nós somos, representamos e por virmos do berço da maior central sindical da América, a CUT, com um histórico fantástico de conquistas para a classe trabalhadora nas últimas décadas.

Hoje não sou mais do movimento sindical, mas tenho muito respeito pelo que os sindicatos significam na vida e na proteção dos direitos dos trabalhadores. Enfraquecer os sindicatos em benefício dos golpistas é tirar ao menos a possibilidade de resistência ao massacre que vem aí contra o povo e aqueles que vivem do trabalho.

Apesar de minha saúde ter decaído por causa do estresse ininterrupto para defender os direitos dos associados na Cassi desde junho de 2014 até o momento, o que me levou a ganhar um problema de pressão alta insistente, eu corri ontem de forma intensa testando meus limites de resistência naquele asfalto quente. E fiz um percurso que não havia feito ainda neste ano. Ainda tenho energia suficiente para defender os direitos dos trabalhadores ao menos na tarefa onde sou eleito e tenho mandato.

Nesta manhã de segunda, logo cedo, iniciei o trabalho da semana na Cassi, que é quase de 3 jornadas diárias pela quantidade de coisas sob nossa responsabilidade. Mas vamos vencer a semana defendendo os interesses dos associados como fazemos desde que chegamos eleitos à entidade de saúde dos trabalhadores do Banco do Brasil.


Trabalhadores brasileiros da ativa e aposentados sofrerão com a pauta que golpistas estão encaminhando neste momento

Está em andamento um ataque avassalador nos direitos sociais, incluindo os trabalhistas e previdenciários, e os direitos políticos dos trabalhadores que representamos. São em momentos duros como esse que atravessamos, que separamos o joio do trigo como diz a parábola bíblica.

No segmento que atuo, alguns grupos menores que sempre foram sectários nos movimentos sociais, sindicais e de representação dos trabalhadores da ativa e aposentados, apareceram surfando na onda golpista como "salvadores da pátria"; algumas pessoas se dizem "lideranças" e estão se aproveitando dos ataques que os segmentos progressistas estão sofrendo e passaram a empunhar as bandeiras dos empresários do P.I.G/Fiesp e dos partidos que organizaram o golpe contra a democracia e os trabalhadores que representamos.

Eu aviso aos oportunistas com os quais estarei lidando no próximo período que não terão em mim nenhuma complacência, somente minha urbanidade institucional, que é uma obrigação ser educado e respeitoso (mesmo quando não o são conosco). 

Aqueles que estão de forma oportunista se aliando ao golpismo contra o Governo Dilma Rousseff (PT), contra o movimento sindical cutista, contra os movimentos sociais, políticos, artísticos e intelectuais que defendem neste momento a democracia vitimada pela mesma quadrilha secular, enfim, os oportunistas do meio em que atuo e que se aliaram ou que se aproveitaram do momento para tirar vantagens eleitorais, não terão flores de minha parte, não posso com tanta hipocrisia.

Estarei nestes anos adiante extremamente vigilante para apontar qualquer coisa que julgue ser prejudicial aos trabalhadores que represento a tanto tempo.

William Mendes
Cidadão sem nenhuma simpatia a golpistas e oportunistas

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